I miss you

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Richard

Eu me odeio, me odeio profundamente por te-la magoado mais uma vez, cada célula do meu corpo anseia pelo toque dela, eu não posso impedi-la de viver a juventude dela, não posso deixar que ela arrisque tudo por mim, ela ainda tem tanto para viver e pessoas para conhecer seria tão egoísta da minha parte, tem dias que tenho observado ela com pessoas que tem a mesma faixa etária que ela, ela parece ficar tão mais feliz e tão mais ativa, isso eu nunca poderia lhe dar, e quando vi ela dançando e se divertindo com um garoto da sua idade tudo ficou claro pra mim, eu não podia fazer aquilo com ela.

Entrei em uma cafeteria e pedi um café bem forte e sem açúcar, bem amargo para que me desperte de todo esse pesadelo a garçonete me olhava com um olhar bastante preocupada, não a julgo, são 6 horas da manhã, eles acabaram de abrir e tem um cara com uma cara péssima pedindo um café extremamente forte e sem açúcar, estava tão entretido em meus próprios pensamentos que nem percebi a garçonete se aproximando.

-Moço, tá tudo bem? Você não parece muito legal.- perguntou preocupada

-Bom, se eu disser que está tudo bem estaria mentindo, mas não se preocupe, logo passa.- disse sincero.

A garçonete assentiu com um sorriso gentil antes de se afastar para cuidar de outras mesas. Enquanto eu tomava meu café, sentia o amargor da bebida misturando-se com a amargura que eu sentia por dentro. Cada gole parecia queimar, mas eu precisava me manter acordado, tanto para encarar o dia quanto para enfrentar meus próprios demônios interiores.
Saí da cafeteria e fui dar um volta no central park não tinha esperança de ve-la naquele dia, por hora iria evitar nosso encontro, tá recente demais.

Cheguei em casa e tudo parecia tão vazio e sem cor, entrei no banheiro liguei o chuveiro e deixei a banheira encher, entrei na banheira e tentei afastar meus pensamentos.

O meu celular toca e é um amigo que também é professor universitário mas leciona em outra instituição.

📞

-Fala Rick, onde você tá? Tá em casa?-
-Eu tô sim Michael, aconteceu alguma coisa?
-Não cara, que isso? É que daqui a pouco vai ter uma festa na casa da Raven, só com a galera da época do colégio, queria saber se você anima em ir.- por um minuto pensei em não ir, mas seria ideal pra me tirar dessa sofrência.
-Vou sim, me passa o endereço.- disse abrindo o closet.
- vou mandar a localização no whatsapp, até mais tarde.
-Até!

Após desligar o telefone, senti um pico de esperança surgir. Talvez essa festa fosse exatamente o que eu precisava para me distrair e me tirar desse ciclo de autopiedade. Resolvi me preparar com mais cuidado do que o normal, escolhendo uma roupa que me fizesse sentir confiante, mesmo que por dentro eu estivesse longe disso, peguei meu carro e coloquei o endereço no mapa, não me lembro de já ter estado nesse local. Chegando no local dei meu nome ao porteiro peguei o elevador que demorou um pouco para chegar ao térreo e apertei o último andar, eu não sabia ao certo a profissão de Raven mas ela é dona de uma abundante fortuna, toquei a campainha e fui recebido por uma Raven com o sorriso de orelha a orelha.

-Oi bonitão, fiquei feliz quando soube que vinha.- falou me abraçando e me dando um beijo quase perto da boca.

-É, fiquei na curiosidade pra saber como está todo mundo.- disse a afastando delicadamente.

-Bom sinta-se a vontade.- ela lança uma piscadela e abre passagem.

Ao entrar percebo vários rostos conhecidos inclusive o de Michael que foram quem me convidou para sair da minha lamúria, A atmosfera da festa era animada, com música alta e risadas preenchendo o espaço. Eu me senti um pouco fora de lugar no início, mas aos poucos fui me deixando envolver pelo clima descontraído. Conversando com velhos amigos até que resolvem fazer uma roda para "relembrar os velhos tempos".

A queridinha do professor Onde as histórias ganham vida. Descobre agora