Conselhos de mãe

132 10 3
                                    

A mulher  olhou mais uma vez para o radio relógio que se instalava – se no seu criado mudo, e no mesmo marcava 04h37min da manhã. Muito cedo. Ou Muito tarde. Tudo dependia do ponto de vista. Pitel não sabia se o tempo estava realmente frio ou se somente ela se sentia assim por dentro.

Depois de uma longa noite em claro, Pitel decidiu que assim que os primeiro raios solares atingissem o céu de Nova Iorque, ela iria começar a reparar seus erros. Um por Um. E por ordem de importância, Pitel decidiu que seus pais seriam os primeiros da lista.

**

Nova Iorque ainda dormia, quando Pitel resolveu levantar, banhar, preparar uma pequena mala, comer alguma coisa e sair do apartamento a procura de um taxi. O mesmo não demorou a surgir. E Pitel sorriu agradecida, de morar em uma cidade tão ativa.

******

Em questão de poucos minutos Pitel estava na frente da estação de trem da cidade. Se encaminhando para os balcões a fim de adquirir seu bilhete.

—_Bom dia. Gostaria de um bilhete para Lima, Ohio. – Pitel pediu. – Aqui está o dinheiro. – Pitel deu uma quantia que ela estimava ser o preço da passagem.

—_Bom dia. Só um instante. – A recepcionista bocejou. – Pronto, aqui está seu bilhete. – A recepcionista entregou para Pitel. – E aqui esta seu troco. – A mulher entregou seu troco. – Boa viagem.

—Obrigado, e bom trabalho para senhora. – Pitel agradeceu e se dirigiu ao trem.

******

O trem começou a se movimentar devagar. E Pitel soltou um suspiro angustiado. Ela não sabia o estava por vim. E nem as proporções dos estragos que ela fez aos seus pais. Mas, baseando – se em tudo que viveu desde a mudança de idade, ela pode afirmar que foram profundos. E ainda imersa nesses pensamentos, Pitel sentiu as pálpebras pesarem. Sentiu seus corpo sendo ninado pelos movimentos do trem. E tudo somado a várias noite mal dormidas. Logo ela adormeceu.

***

Pitel acordou assustada. O trem já havia parado, e as pessoas se dirigiam a saída. A cacheada coçou um pouco os olhos e olhou em direção a janela. E viu que já havia amanhecido. E que mesmo com um sol brilhante lá no céu, não sentia calor, já que ventava um pouco. Pitel esperou o amontoado de pessoas se dissiparem, até pegar sua mala e se dirigir a saída.

E ao tocar os pés em Lima, sentiu certo conforto. Sentiu que pelo menos naquela cidade, ela sabia por onde se dirigir, e não precisaria contar com as migalhas ou ter que descobrir sempre novos caminhos ou alguma novidade sobre sua vida, toda vez que quisesse fazer algo. Ali em Lima, ela se sentia em casa.

***

Depois de pagar o taxi, que lhe levou até a porta da casa de seus pais. Pitel ficou um tempo admirando aquela fachada. E foi inevitável não se lembrar dos momentos felizes que passou ali. Momentos no qual, estavam tão recentes na sua mente.

Pitel suspirou pesadamente e se dirigiu a entrada da casa, mais ao tocar a campainha diversas vezes, se recordou do recado de seus pais que dizia que os mesmos estavam em um cruzeiro.

De repente 30 (PITANDA)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora