Policromia.

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Antes de começar, essa oneshot é totalmente inspirada na AU "Acromatoforia" de @yowaitsu_ (Twitter)! O universo que ele criou é belíssimo e essa é minha AU preferida, recomendo muito dar uma checada <3

dito isto, não prometo fidelidade ao universo dele pois sou burrinha e esqueço fácil dos detalhes rsrs tb sou preguiçosa i é uma adaptação entoooncess 🤷🏼‍♀️

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(po.li.cro.mi.a) 1. multiplicidade de cores. 2. estado de um corpo em que há diferentes cores.

Almas gêmeas. Emma gostaria de ter ao menos uma.

Veja, não é como se ela fosse daquelas pessoas desesperadas por isto, mas seria legal, independente de qual tipo fosse. Ela ficaria feliz até com uma alma gêmea unilateral, ver um mundo que não fosse escalas de cinza parecia divertido. Porém, ela não buscava isso desesperadamente nem nada. Ela sabia que se fosse para acontecer, aconteceria. Era jovem, tinha todo o tempo do mundo e isso não era algo urgente. Talvez ela até já tivesse conhecido alguma alma gêmea platônica mas o momento ainda não havia chego! Quem poderia saber?

Almas gêmeas. Castiel tinha certeza que não tinha uma.

Vinte e dois anos e ele não via uma cor sequer, era isso, não havia nenhuma. Nem platônica, nem fraterna, nem familiar, animal, quem dirá romântica! Estava fadado a viver uma vida cinzenta e sem graça, sozinho, tocando no bar da esquina às terças.

Ok, ele estava sendo dramático. Sua banda conseguia tocar em festivais, do bar ele escapava. Mas ele realmente já havia aceitado o fato de que nunca veria as cores, ele fingia estar bem com isso, mas faria de tudo para encontrar sua alma gêmea.

Almas gêmeas. Jane não dava a mínima para elas.

Jane não se importava em ter ou não ter almas gêmeas, principalmente a romântica. Ela já tinha uma, sua avó, desde criança Jane enxergava a cor laranja graças a sua amada vovó, a mulher que a criou, amou e ama até hoje. Todas as outras almas gêmeas poderiam ir para o espaço, ela já estava satisfeita.

EMMA - VERMELHO

Como todos os dias da vida da loira, ela estava atrasada. Seu despertador não tocou, ela teve que correr até o prédio de dança tão rápido que quase escorregou umas sete vezes no caminho.

Tudo para descobrir que a aula tinha sido cancelada, que maravilha! Emma saiu de lá com tanto ódio que ninguém ousou falar com ela – o que sempre faziam, todos gostavam de Emma! Ela era muito simpática com todo mundo.

Bem, quase todo mundo.

Havia uma única pessoa em todo aquele campus que genuinamente fazia a loira querer cometer um homicídio.

Castiel Veilmont.

Desde o primeiro dia Emma o detestou. Estava perdida na universidade, pediu ajuda e ganhou uma cantada escrota em troca, era absurdo! Depois, um chiclete colado em sua cadeira, apelidos irritantes e seu nome sempre sendo dito errado, zoação, deboche e piadinhas. Era insuportável, eles nem cursavam a mesma coisa! Maldito sejam os cursos de Dança e Música por terem algumas aulas juntos, todos os anos.

Voltando, ao menos o cancelamento da aula lhe dava uma chance de ir tomar café na cantina. Sua barriga estava roncando, sua cabeça doendo graças a irritação, o céu ficando mais cinzento que o comum (se chovesse ela choraria, de verdade), ela tinha uns três trabalhos para terminar e apresentar e pouco tempo.

Certo, ela não poderia fazer aquilo se estivesse morta por causa da fome. Se dirigiu à cantina sonhando com uma torta de frango e se deparou com uma fila gigantesca, todo seu ânimo foi por água abaixo. Entrou na fila resmungando e praguejando todos (em português para ninguém entendê-la), o dia já estava horrível e mal eram dez horas.

Policromia [Castiel, Amor Doce] (oneshot)Where stories live. Discover now