Infância

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Amber:

   Eu havia acabado de chegar em casa, eu realmente estava muito preocupada com a Cat, ela não consegue ficar sozinha de jeito nenhum, desde que ela foi atacada da primeira vez, eu acho ela bem tristonha, ela já não faz as mesmas coisas que amava fazer, mesmo depois dos médicos a liberarem ela não sai, ela não se diverte e isso me deixa triste e preocupada, o que eu mais quero é que ela se liberte dessa tristeza profunda, eu torço para que ela possa ser feliz um dia e que ela possa encontrar a felicidade sem traumas. É claro que nós nunca vamos esquecer do que aconteceu, mas eu realmente quero que ela possa ser feliz algum dia. Ultimamente eu ando bem cansada, mas não é por cuidar da Caroline, até porque a gente passa a maior parte do tempo abraçadas assistindo filme. Mas me sinto cansada pelos meus problemas com meus pais.

   Meus pais andam brigando muito, e eles acabam descontando tudo em mim. Eles vivem brigando comigo por "eu só saber ficar perto da Caroline" acontece que perto dela eu me sinto bem, já perto perto deles eu me sinto péssima! Eu queria pedir conselhos para a Cat sobre isso, mas tenho medo dela ficar mais preocupada do que já está. A tia Gale conversou comigo, disse para eu ter muita paciência com a Cat e não ficar sempre a disposição dela porque se não ela nunca vai melhorar, mas eu não consigo, eu e a Cat sempre fomos melhores amigas, desde infância. A gente se conheceu no antigo condomínio que a gente morava, desde pequena ela sempre foi de muitos amigos, mas mesmo assim ela parecia solitária, ela tinha um olhar bem triste, e na verdade o problema dela não era com os amigos e sim com a própria família, ela me contou que nunca teve a atenção que realmente queria dos tios, eu fiquei bem triste por ela quando soube disso, ela já não tinha o amor da mãe nem do pai, as únicas pessoas que ela tinha eram os tios dela, que trabalhavam o dia inteiro, ela ficava com a babá, acho que o nome era Layla, o sobrenome eu não sei, a Layla era como uma segunda mãe para ela, todos os dias de tarde a Layla ia com a Cat no parque do condomínio e todos os dias eu também ia para brincar com ela. Eu não sei o que ouve com a Layla, mas um dia a Cat estava chorando sentada no balanço sozinha, eu perguntei o que havia acontecido e ela disse que a Layla tinha ido embora. Eu fiquei confusa, já que a Layla parecia estar feliz no emprego e parecia gostar muito da Cat, desde então eu passei ir todos os dias na casa dela depois da escola para não deixá-la sozinha, então é óbvio que eu não vou deixar a Cat sozinha agora. Eu nunca a deixei, por que deixaria agora? Desde pequena a Cat ama patinar, eu nunca fui muito fã de esportes mas eu faria de tudo pra ficar do lado dela. Ela me ensinou andar de patins e eu demorei uns três dias para aprender, ela sempre segurava minha mão para eu não cair, mesmo que não adiantava muito porque quando eu caia ela caia junto.

 Ela me ensinou andar de patins e eu demorei uns três dias para aprender, ela sempre segurava minha mão para eu não cair, mesmo que não adiantava muito porque quando eu caia ela caia junto

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Scream VII - O Horror Natalino Where stories live. Discover now