Capítulo 9

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P.O.V Louis Tomlinson

Durante aquele dia eu resolvi ficar pela floresta, não em forma lupina pois depois não teria outra roupa caso rasgasse a minha, e quando cheguei na casa de minha irmã, não contei o que havia acontecido na floresta, estava com medo dela não acreditar em mim.

Tudo o que eu falei foi que eu estava bem mas que não iria comer naquele momento, então apenas subi as escadas para o quarto que eu estava e tranquei a porta, não queria ser incomodado naquele instante. Peguei meu notebook e resolvi fazer o que eu não fazia a muito tempo, pesquisar as notícias sobre Harry. Digitei "Harry Styles" na pesquisa, mas o que eu estranhei foi que achei muito menos coisas do que quando eu tinha pesquisado a primeira vez mas resolvi relevar, tinham algumas coisas como Desmond Styles falando sobre a morte de seu filho ômega ou o quanto ele e sua esposa, Anne Styles estavam mal, mas em nenhuma das notícias estava a foto de Harry, ou nunca esteve e só percebi isso agora?

Sentia minhas mãos tremerem e a vontade de usar a mesma droga de sempre aumentando, e foi por causa disso que eu fechei meu notebook e decidi não pesquisar mais, se eu queria ir atrás de respostas amanhã eu precisaria estar sóbrio. Porém peguei o atestado de óbito em minhas mãos trêmulas e comecei a ler aquilo.

"Causa da morte: traumatismo craniano"

Passei meus olhos por todo aquele atestado algumas vezes e tive uma ideia que nunca tive desde que recebi aquele papel: ir atrás do médico que assinou aquilo. Zayn Malik. Talvez não fosse muito difícil o encontrar.

Eu sabia qual era aquele hospital então guardei o atestado de uma forma dobrada dentro de minha carteira e mandei mensagem para o meu motorista "estou na casa de Charlotte, preciso ir até o hospital St. Thomas". Desci as escadas de forma apressada e disse para minha irmã que eu tinha uma reunião e que eu já voltava e, para ela acreditar ainda mais nisso, meu motorista e também segurança chegou e logo entrei no carro.

— Sr. Tomlinson, você está doente? Posso levar você em um hospital mais perto — meu motorista disse com um tom sério.

— Eu já disse que você não precisa me chamar de Sr. Tomlinson — disse de uma forma leve — mas não, eu não estou doente, apenas preciso falar com um médico que provavelmente trabalha lá.

O caminho até o hospital foi silencioso, o motorista respeitou que eu não queria falar nada naquele momento e apenas me levou até o destino que era um pouco longe.

Chegando lá, eu não sabia o que fazer, os planos que estavam em minha cabeça deram um nó e apenas desci do carro e adentrei no hospital, caminhando um pouco perdido e nervoso até a recepção.

— Oi... hm... o-o... — eu respirei fundo antes de tentar falar — o doutor Zayn Malik ainda trabalha aqui? — perguntei para a mulher da recepção que me olhou com uma expressão levemente assustada, talvez por eu ser um cantor famoso que estava ali mas isso não importava no momento.

— Sim, ele trabalha. Eu já irei chamar ele. Você é Louis Tomlinson não é? Sou sua fã, desculpa.

— Está tudo bem querida, mas podemos conversar depois? Eu realmente preciso muito encontrar esse médico.

Ela logo assentiu com a cabeça e ligou, provavelmente para o consultório, e chamou pelo médico.

— Ele já está descendo.

Assenti com a cabeça e me afastei da mesa da recepção enquanto mastigava o canto de minha unha de forma ansiosa, o que eu perguntaria? Mostraria o atestado de 6 anos atrás? Ele ainda lembraria? Eu perguntaria se ele sabia da existência de um irmão gêmeo?

Meus pensamentos foram interrompidos por um homem com um topete e pelo aroma eu podia quase ter certeza que também era um alfa.

— Olá, sou Zayn Malik, a recepcionista falou que queria falar comigo — ele me estendeu sua mão e logo o cumprimentei — vamos para o meu escritório?

Apenas assenti com a cabeça sem falar nada e o segui, eu realmente estava nervoso para caralho. Não lembro ao certo mas escutei algo como "pode se sentar" mas não quis e logo retirei o atestado de óbito de minha carteira.

— Você se lembra dessa pessoa? Pode me dizer o que aconteceu nesse dia? Ou sei lá... Ele tem algum irmão gêmeo? Eu preciso de respostas.

Ele pegou o papel de forma cuidadosa e começou a ler ele, enquanto seus olhos passavam pelo papel, sua expressão foi mudando para algo que eu não conseguia decifrar.

— A primeira coisa que posso te dizer é que precisamos acionar a polícia agora mesmo. — a voz dele foi firme, o tom de voz era definitivamente de um alfa.

— Hm? Como assim? Por que?

— Porque não fui eu que escrevi isso, não é minha caligrafia e nem minha assinatura, apenas meu carimbo que não sei como foi parar aí.

Memories | l.s aboWhere stories live. Discover now