—O que eu tenho é muito grave?

—Não, só tem um bichinhos comendo seus pulmões.

—Donatello!

Falo repreendendo ele.

—É sério, papai?

Ele ri.

—Não filho, eu tô brincando, não é grave, você vai ficar bom rapidinho, você é forte, igual eu.

—Você disse que ele é forte igual a mim.

Falo.

—É, você é forte igual sua mãe.

Ele ri.

—Um pouquinho igual a mamãe e um pouquinho igual ao papai.

Fala ele.

—Isso, agora me conta, como foi lá com seus avós, você se divertiu?

Pergunta Donatello se sentando na cama ao lado dele.

—Muito, pai eu conheci as princesas, elas são tão fofinhas, e tem cabelo cor de fogo, elas colocaram várias xuxinhas coloridas no meu cabelo, eu fiz uma trança no cabelo delas e elas gostaram.

Eu e Don rimos da animação dele contando tudo.

—Ah, olha só, você até sabe fazer tranças.

—Eu ajudava a Laurinha a arrumar o cabelo pra ir pra escola antes dela ser adotada, ela tem a idade das gêmeas.

—Que legal, então você já é bem amigo das gêmeas, agora a gente que lute com vocês colocando a casa de cabeça pra baixo.

—Eu serei o irmão mais velho que coloca ordem.

Rimos.

—Você será um irmão mais velho incrível.

Fala Don.

—Por falar em irmão mais velho, eu vou ganhar um irmãozinho ou uma irmãzinha?

Eu e Don nos olhamos e sorrimos.

—Vai sim, mas só mais pra frente, por enquanto nós queremos mimar você bastante, tu já é quase um adolescente, queremos aproveitar muito, né amor?

Pergunta ele pra mim, Enrico abre um sorriso que vai de orelha a orelha.

—É sim querido, vamos aproveitar bastante esse garotinho aqui, e depois pensamos nisso, mas você quer mesmo uma irmã ou um irmão?

—Quero, não é muito legal ser filho único.

—Dependo do irmão, é melhor ser filho único querido, experiência própria.

—É, a mamãe teve uma experiência ruim com a bruxa, mas o papai tem uma relação linda com meus tios, a vovó contou que quando ela estava morando em outro país, o papai que ficou cuidando do tio Ben e a tia Betina, e olha que eles já são grandes.

—Isso é verdade, seu pai tem uma relação linda com os irmãos dele.

—Eu sempre cuidei dos seus tios, desde que eram muito novos, e graças a Deus temos uma relação muito boa mesmo, tem uma briguinha daqui outra dali, mas coisas de irmãos.

—Eu serei bem mais velho que meu irmãozinho, serei responsável por ele e não vou deixar ninguém intimidá-lo.

—Esse é meu garoto.

—Mas não precisa ter pressa tá mamãe?

Rimos.

—Tá bom, meu amor.

Falo passando a mão no cabelo dele, que dá um sorriso lindo.

—Pai, o computador que o tio Ben tem, é muito irado, ele me deixou jogar com ele.

—Você gostou, o papai compra um pra você.

—Eu achei bem legal, mas é muito caro, ao invés de comprar só um computador, podemos comprar vários e levar pro orfanato, vai ser bom para as crianças estudarem e fazerem os trabalhos da escola, tem apenas dois lá e eles são bem velhos e mal da pra usar.

Don me olha e sorri, morto de orgulho.

—Então, assim que sairmos daqui, vamos lá comprar os computadores e levar para orfanato, por isso você tem que fazer todos os exames, fazer o tratamento corretamente e ficar bom logo.

—Eu já tô bom já, olha, nem sinto nada.

Fala ele balançando o braço.

Rimos.

Nesse momento, alguém bate na porta, era o médico com um enfermeiro, o mesmo que tentou tirar Enrico a força do lado do pai, quando o vê, Enrico fica assustado e não era pra menos, ele já passou por tantas coisas e tantas pessoas ruins que já passaram pela vida dele, que o maltrataram, é natural que ele tenha trauma de pessoas que são agressivas com ele.

Donatello percebe na hora a mudança repentina do olhar de Enrico.

—Eu não quero esse homem aqui, nem que ele chegue perto do meu filho.

Fala ele para o médico.

—Perdão senhor Salvattore, eu não entendi.

Fala o médico.

—Eu não quero esse homem perto do meu filho.

—O enfermeiro Jones é um excelente profissional e...

—Eu não me importo, só não quero que ele cuide do meu filho.

—A culpa não é minha se você não tem controle sobre seu filho, ele me chutou.

—Você disse que eu parecia um animal e um garoto de rua.

Fala Enrico.

—Falou isso do meu filho?

Pergunta Don se levantando, parecia que ele nem se lembrava que estava com a barriga costurada, suas feições era de quem iria matar alguém a qualquer momento.

Uma coisa não dá pra negar, ele se transforma quando é pra defender alguém que ama.

—Ele gritava igual um animal mesmo.

—Senhor Jones, não piores as coisas.

Fala o doutor.

—Você não falou isso do meu filho, tá querendo morrer?

—Amor!

Falo olhando pra ele e depois olhando para Enrico que parecia orgulhoso do espetáculo que o pai estava dando.

Don olha pra ele e então suas feições se suavizam.

—Se não quiser ficar sem emprego pelo resto da sua vida medíocre, é melhor sair daqui e não cruzar mais meu caminho.

—Quem você pensa que é pra me ameaçar?

—Acredite, você não vai querer saber quem eu sou, se não sumir daqui, eu farei você se arrepender de ter xingado meu filho.

—Eu não tenho medo de você!

—Pois deveria, meu pai pode acabar com você.

Fala Enrico, eu e Don nos seguramos para não rir.

—Você...

—Senhor Jones, já chega por favor, volte para seu posto, eu faço o que tem que fazer aqui.

—Mas senhor...

—Vai, agora!

Ele nos dá um olhar mortal, que me dá calafrios, e então sai do quarto.

—Senhor Salvattore, me perdoe por isso, o senhor Jones é um excelente profissional, mas é meio explosivo.

—Ele não chegando perto do meu filho, fica tudo certo.

—Certo, irei designar uma enfermeira pra cuidar dele.

—Eu agradeço.

Donatello - Herdeiros Do Império Bianco-Salvattore Where stories live. Discover now