Lá chove todas as noites. Lá sempre é noite.
Não faz som algum, provavelmente porque a chuva é silenciosa e o som que ela faz de quando ela bate contra o solo e lá não tinha com o que ela se chocar. A chuva lá é como finos riscos que caem sem importância em um imenso vazio.
É apenas mais uma chuva no mês de abril.
Eu flutuo em meio ao nada, lembro de meu coração bater de forma acelerada, abro os olhos com esforço e vejo as gotas caírem sobre meu corpo, mas não sinto nada. Nem por dentro e nem por fora. Sinto que deveria estar caindo agora, caindo como todas as gotas que molham o meu cabelo azul e transborda minhas galochas de amora. O NADA também chora
VOCÊ ESTÁ LENDO
poesia fantasma
Poesiaos pensamentos mais poéticos de um fantasma Se for usar alguma poesia contida no livro por favor dar os devidos créditos! veja a vida com lentes poéticas e assim encontrará suas poesias autorais, plágio é crime, colabore!