-- A por favor, me deixa viver em paz! Você não tem nem uma vagabunda para comer por aí?  Kristin, estava ocupada demais?

 

Assim que termina de falar, cruza seus braços imediatamente e faz cara de emburrada.

 

-- Você parece uma criança mimada.

 

-- E você um sequestrador psicopata – Ela rebate no mesmo instante.

 

Suspiro forte -- Só não quero você lá Emery, conheço ele a um tempo, e sei como ele trata as meninas.

 

-- Igual a você Andrew? - Ela faz uma cara de espanto e logo após de deboche. — Acho que vocês dois, tem muitas coisas em comum.

 

-- Já disse, que ele não é homem para você e nunca será.

 

-- Já que você repetiu sua afirmação, irei repetir minha pergunta – Ela dá uma pausa silenciosa, ergue um sorriso de canto, pura malicia em seu rosto – E você é Andrew? Você se acha, homem o suficiente para mim?

 

Paraliso por um instante, sei que em seu tom soa ironia, mas seu rosto expressa algo diferente, mas não consigo identificar, então me aproximo a prensando na parede, com as mãos acima dos seus ombros escorando no concreto gelado, sinto seu cheiro, cheiro doce, mas não algo que seja enjoativo, algo leve e suave ao mesmo tempo, como pode esse cheiro vir dela, ela é respondona, bate de frente, nem de longe imaginaria um cheiro tão leve e suave, tão bom, parece ser único, não lembro do cheiro nela, ela mudou tanto que ainda me pergunto se tem alguma coisa da minha antiga Emery. 

 

Encosto meu nariz no seu, sinto ele gelado, ela me olha fixamente, sem piscar, e eu retribuo o olhar, nós dois em silencio, somente com o som das nossas respirações ofegantes, posso imaginar olhar essa cena de fora. Sinto o calor subindo, seus olhos verdes continuam sem se mover.

 

-- Talvez eu seja o homem para você, e vou te mostrar o quão suficiente posso ser

 

-- Nem fodendo, não se gabe demais Andrew Leister, está colocando muitas expectativas em si mesmo.– Ela responde, mas não se move.

 

-- Venho dias me perguntando o que está acontecendo comigo, porque estou agindo assim, mas acho que descobri qual é a resposta – Passo indicador em sua bochecha, sinto meu coração pulsar tão forte quanto meu pau dentro das calças, droga, eu nem beijei ela.

 

-- É você Emery, eu não sou assim, e você chegou e despertou algo em mim, talvez curiosidade, talvez desejo - Bom desejo acho que é meio obvio. – E eu preciso, matar essa vontade dentro de mim e sei que não sou o único que está querendo isso.

 

Espero alguma reação dela, um não ou algo do tipo, a liberaria na hora, mas em vez disse ela continua olhando nos meus olhos, vejo o caroço da sua garganta subir e descer, me aproximo mais e colo meus lábios nos seus, ainda esperando alguma reação negativa da sua parte, mas ela me surpreende, retribuindo, afundando mais ainda sua boca na minha, seus dedos sobem e passeiam pelo meu pescoço, posso sentir o arrepio percorrer meu corpo todo, ela estava tão sedenta por isso quanto eu.

Culpa do after - Pósteros Where stories live. Discover now