- Sim, senhor.
- Ótimo. A gente parte daqui a alguns dias.
- Vou precisar de identidade nova?
- Não. Seja tu mesmo.
- Está bem.
- Enquanto estiver comigo e aqui, não poderá sair por aí.
- Antes, posso pegar algumas coisas e me despedir dos meus irmãos?
- Pode.
- Obrigado... Vou para o quarto.
Vou moldar ele a minha imagem.
( ... )
É estranho eu sentir essa sensação ao ouvir a voz dela?
Eu estava com saudades dela. Com saudades de receber a sua visita, as suas comidas e o seu carinho.
Eu falava com o meu pai, até dizer que a Miss Amanda queria falar comigo.
Eu sei que ela é minha mãe, mas não consigo tratá-la dessa forma.
- Eu sei que ainda deve estar chateado com ela..._ ela diz do outro lado. - Mas, não faça nenhum mal à ela, por favor, menino De Luca. Deixa ela em paz e venha para casa.
- Está bem.
- Não me diga que está bem, prometa-me que virá para casa sem chatear a menina Maia... Ela já sofreu bastante.
- Eu não vou fazer nada... Prometo...
- Obrigada e por favor, venha para casa vivo...
- Preciso que prepare um outro quarto.
- Para quem?
- Um amigo.
- Está bem.
- Tenho de ir agora, adeus.
- Tenha cuidado.
Desligo o telemóvel e sento. A porta foi aberta e eu olhei para quem entrou.
Horus trash uma mochila.
- Obrigado._ ele diz ao Asaf.
- O que tem aí?_ pergunto.
- Algumas coisas que ganhei do meu pai e que acho importante. Quer ver?_ concordo com a cabeça.
Ele senta ao meu lado e coloca e abre a mochila.
- É uma t-shirt autografada pelo Lebron James._ ele me mostra a t-shirt desportiva.
- Quem raios é ele?_ ele me olha como se eu tivesse dito alguma blasfémia.
- Você não conhece o Lebron? Um dos melhores jogadores...
- Deixa-me adivinhar, de basquetebol.
- Exatamente. Esse é o meu troféu, ganhei há uns anos, tem algumas medalhas... _ peguei numa foto onde estava ele com o que penso serem os seus irmãos. - E isso..._ olho para o que mostrava. - Meu pai me deu quando eu fiz 7 anos.
- Um canivete?
- Ele ganhou do pai dele quando tinha 7 anos também.
- Interessante.
- É... _ começa a arrumar as suas coisas.
- Vou para o quarto.
Desvio o meu olhar dele e deito o meu corpo no sofá. Olhei para a TV e fiquei ouvindo as notícias.
Sinto-me ofendido por eles não terem pensado na possibilidade de eu escapar, quer dizer, sou o Greco De Luca, deveriam ter se precavido melhor.
O dinheiro fala muitas línguas, e até o mais honesto pode ser iludido pela ganância.
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INFILTRADO 2
RomanceApós se passar três anos desde que a identidade do detetive Nolan Holland foi descoberta, Maia De Luca regressa à cidade de Manhattan sem intenções de dar outra chance à ele. Nolan fará de tudo para reconquistar ela e não só ela, mas também o fruto...
Cap. Sessenta e Cinco
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