Relativo-presente Introdução

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    Toda história tem um começo, certo? E esse é o começo da minha. Bem, eu não poderia nem muito menos saberia como conduzi-lo pelo literal início de tudo...

    Quando eu saí da barriga da minha mãe e todas essas coisas sabe? Acho que nem ela saberia fazer isso, já que sempre foi super ocupada com seu trabalho e todas as malditas responsabilidades de um adulto. É que minha mãe infelizmente é coordenadora em que estudo.

     Isso não é nada legal, sério. Esse é o PIOR pesadelo que um filho pode ter. Mas eu realmente tento passar por baixo do radar dela, saca? Vamos lá, não sou o melhor filho do mundo, mas também não sou o pior.

     Para a minha total infelicidade, tenho um irmão de 12 anos que se acha super maduro e dono de si (só para variar né) e esse maldito projeto de gente acha que pode mandar em mim, pois troca informações com a minha mãe sobre qualquer mínima coisa que eu faça, eu odeio isso. Ele realmente acha que pode negociar e me manipular com as coisas que descobre.

      Um dia desses contou para minha mãe que eu estava olhando para a bunda de uma menina. Que relevância isso tem? Esse pivete tem alguma prova disso? Claro que não. Não é como se eu fosse completamente inocente nesse quesito, acho que faço isso praticamente todo dia, mas quem é ele pra me acusar?

      Bom, eu também tenho um pai. Ele é diplomata, chama-se João Alberto e incrivelmente consegue vencer nossa mãe na falta de tempo que tem para passar com os próprios filhos.

         Talvez minha mãe fosse muito exigente e por isso se casou com ele. Meu pai é lindo de morrer, tenho certeza que qualquer mulher/garota diria com toda certeza que qualquer diria com toda certeza que ele é lindo com todas as letras.

        Fico feliz por e muito lisonjeado de me parecer ligeiramente com ele, porém, não tenho o queixo sexy com um fundinho. Eu disse sexy? Eu preciso desesperadamente ser mais másculo nessas páginas.

Meu sonho era ser encapetado o suficiente para mudar de escola e sair debaixo da asa da manhã mãe.

      Mas eu tento tirar vantagem disso: tipo, que professor quer colocar para fora de sala um garoto que é filho de coordenadora? Eles vão me pôr para conversar com a minha mãe? Por conta desses inevitáveis detalhes, era e ainda é meio que impossível que eu seja expulso. Ninguém quer sujar as mãos com isso.

       Além de tudo isso, minha família é católica, meus pais são super não praticantes mas por alguma razão eles acham que eu e meu irmão Miguel devemos seguir o total contrário disso.

Nós temos que ir à catequese todos os dias. O meu irmão já foi até coroinha, o que é uma grande ironia: ele é com certeza um ajudante assíduo do demo.

Meu irmão é mais parecido com a mãe, o perfeito xerox dela. Os dois tem um tipo físico meio que em forma, mas não chegam a ser "magros capa da Vogue", são saudáveis tá ligado? Enfim, minha vida gira em torno disso e meus dois amigos: Bruna e Pedro.

     Eu os conheci através da igreja. Aliás, acho que foi a única coisa boa que a catequese me proporcionou. Não que eu não seja cristão, sou. Só não é justo toda a minha família ser distante de hábitos religiosos (vulgo meus pais) enquanto tenho de ir frequentemente.

      Nos últimos anos não me apaixonei por ninguém nem tenho um crush ou algo do tipo. Não sou insensível, apesar de já ter escutado isso de algumas pessoas. Com pessoas me refiro a garotas com quem não quis ter um relacionamento sério.

       Não sou um mulherengo ou um bad boy, só não encontrei uma menina/mulher que me ame e leve a sério de verdade. Meu signo é peixes e isso não importa de fato, eu não ligo para signos. Até já tentei entender um pouco antes, vi que peixes é sensível, o que não faz muito sentido para mim. Bem, quem se importa? Esse negócio de astrologia é uma baboseira.

     Se algum dia eu estiver afim de uma dessas minas loucas por signos, talvez eu me esforce um pouco para entender melhor sobre isso. Virando de fato um "manézão" sabe tudo de signos.

     Máximo respeito a quem acredita nisso, eu só acho que nunca foi cogitado a ideia de pessoas do sexo masculino terem o menor interesse em astrologia. É meio sem lógica, sabe? Como que estrelas que formam constelações que por acaso estão à anos luz de distância de mim, podem ter algum tipo de efeito na minha vida ou personalidade?

      Isso é tão sem lógica quanto razões trigonométricas (trigo mano, TRI-GO). Onde que um ângulo pode determinar o tamanho de um lado que nem sequer forma o tal ângulo em questão?

      Bom, eu parei para observar e ler os últimos parágrafos e percebo que eu pareço ser muito nervoso e irritado o tempo todo (o que não é verdade).

     De qualquer forma, não irei anular os últimos parágrafos e começar essa história de um jeito diferente. As coisas são como elas são e se eu iniciei assim é porque deveria ser assim "period"!

*Period: ponto final em inglês.

------ Nota do Autor ---------

Querido leitor, estou morrendo de preguiça de separar essa história em capítulos, tópicos ou o quer que seja. Portanto, apenas irei criar um novo "capítulo" assim que eu mudar muito de assunto entre um parágrafo e outro. Estamos combinados? Ótimo.

Não tenho como saber se você leitor concorda com isso, também não sei se isso fará a mínima diferença na sua vida. Porém, se você continua lendo isso aqui é porque de alguma forma concordou com essa maneira de guiar o curso da história.

Talvez você seja um curioso que não consegue parar de per porque vê um livro como uma grande fofoca impressa, encapada ou vendida. Ou seja, um leitor assíduo que lê tudo que passa na frente dos seus olhos e porventura esse livro surgiu na sua visão e cá nós estamos, não é mesmo?

Existem outras várias razões para você ler isso aqui, motivos estes que não faço ideia de quais sejam, mas se você já pegou o espírito da coisa, creio que saiba que são irrelevantes no momento. Vou parar de bater papo com você, queridíssimo, pois isso pode parecer como preguiça de dar continuidade a história, então continuemos.

--------- Fim da nota do autor ----------

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