✯ - 𝑭𝒖𝒃𝒖𝒌𝒊 𝑰𝒏𝒐𝒓𝒊
"Torne-se a lâmina mais resistente de todas."
- Kuwajima Jigoro
"O inverno vai de dezembro até fevereiro. Três meses de puro branco-neve, de frio e de fome. Mas, depois dessa dura e fria temporada, a primavera sempre vêm...
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𝕹𝖔 𝖈𝖆𝖕𝖎𝖙𝖚𝖑𝖔 𝖆𝖓𝖙𝖊𝖗𝖎𝖔𝖗...
Inori bateu de levinho no ombro de Tanjiro e ele olhou para ela. Inori indicou para que a seguisse e correu para a floresta. Tanjiro ergueu a irmã nos braços e se levantou também, correndo atrás de Inori. Os dois rapidamente sumiram na escuridão da floresta, deixando os dois Hashiras para se enfrentarem.
𝕹𝖔 𝖈𝖆𝖕𝖎𝖙𝖚𝖑𝖔 𝖆𝖙𝖚𝖆𝖑...
Inori segurou a xícara de chá e a levou até os lábios. O aroma perfumado do líquido preencheu suas narinas e ela fechou os olhos, quase sorrindo.
- Inori.
Inori abriu os olhos e olhou para a pessoa sentada à sua frente, analisando a cicatriz que cobria a metade superior de seu rosto.
- Sim, irmão? - Ela perguntou, sem expressão.
- Você estava prestando atenção no que eu dizia?
- Você estava falando sobre como eu deveria pedir desculpas à Shinobu por tê-la atacado no Monte Natagumo. - Inori deu um gole em seu chá. - Sim, eu o farei, mesmo que não sinta um pingo de pesar ou arrependimento pelo que fiz.
- Por favor, Inori. - Ele pronunciou as três sílabas do nome dela: i-no-ri, com a angústia mais terrível que ela já ouvira, e Inori não conseguiu evitar abaixar a cabeça como se estivesse envergonhada.
- ... Perdão, irmão - falou, e, dessa vez, as palavras foram verdadeiras. - Irei me desculpar com Shinobu mais tarde.
Os cantos dos lábios dele se curvaram para cima em um sorriso frágil. Inori tentou a todo custo não encará-lo enquanto colocava a xícara em cima da mesa e perguntava:
- Para onde aqueles quatro foram enviados?
- Para a Mansão Borboleta. - Ubuyashiki tateou à procura da xícara de chá que Amane havia deixado para ele em cima da mesa momentos antes. Inori, discreta e silenciosamente, empurrou a xícara com a ponta dos dedos para mais perto dele e a mão magra e pálida do homem agarrou a cerâmica verde.
- Obrigado, Inori - ele falou, sorrindo. Inori apenas virou o rosto para o lado e disse:
- Qual será minha próxima missão?
O sorriso dele não vacilou, mesmo diante da frieza dela.
- Você não deseja ver aqueles quatro antes de partir novamente?
- Só passei algum tempo com eles porque não tive escolha - disse Inori, séria. - O corvo nos mandou para o Monte Natagumo juntos, afinal de contas. Não tenho interesse em repetir a experiência.
Kagaya colocou a xícara na mesa e disse:
- Então, que tal passar algum tempo com sua família antes de ir embora de novo? Seus sobrinhos estão ansiosos para te ver.
