Capítulo 7

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Angela Fiorelli

Me assusto ao olhar minha situação no espelho..

Olheiras profundas e roxas como se eu nunca tivesse dormido em minha miserável vida.

Não dormi nem sequer um minuto na noite passada. Aquele pesadelo persiste em minha mente de uma forma que me faz querer arrancar cada fio de cabelo.

Ligo o chuveiro entrando em baixo em seguida. Meu corpo antes mole já está ereto por causa da água que está gelada por causa do tempo.

Lavo meus cabelos e meu corpo com um pouco de moleza ainda.

Ainda penso o do porque desse maldito pesadelo. Não entendo o porquê comigo e isso não faz sentido algum.

É como um quebra cabeça que não tem pistas e nunca vai ser montado peça por peça.

Encaro o azulejo quadriculado branco e azul molhado pela água, o suporte de sabonete está sem o sabonete que eu havia esquecido no quarto.

Me enrolo na toalha e vou em direção ao meu closet pegando meu uniforme.

O tecido branco quase transparente da blusa contém a logo azul da escola que se destaca nela. Os botões da cor azul em linha reta. A saia quadriculada, azul marinho e azul claro.

Ajeito a blusa em minha saia e pego o blazer que contém meu nome na frente dele, Ângela Fiorelli= líder de sala.

Cada pessoa tem seu nome e o que faz de importante naquela escola. Estranho? não sei. Nunca pensei o do porque disso mas acho que é pra identificar melhor - talvez -.

Ser líder de sala é um saco!. Ser a mãe da turma quando o professor sai, ir buscar e deixar papéis importantes, liderar trabalhos e salas. sempre ser a porra do exemplo.
[...]

Desço as escadas já com a mochila em minhas costas. Meu rosto inteiramente rebocado com maquiagem me faz parecer que sou bonita o suficiente para conquistar alguém. Mas como dizem.

Maquiagem engana.

— bom dia minha pequena - mamãe diz com seus olhos brilhando e com seus dentes a mostra em um belo sorriso.

Pulo todos os degraus da escada e agarro em seus braços como um bebê desejando ser alimentado imediatamente.
— mamãe que saudades! Como a senhora está linda! - digo a ela pegando em seus cabelos, os quais eu amava enrolar em meus dedos.

Os olhos dela brilham com as lágrimas recém formadas. sempre perfeita.

Ela estava com um de seus vestidos colado no corpo de alcinha preto, seus saltos pretos e longos brilhavam. Seus cabelos estavam mais pretos do que antes, os lábios rosados estão cobertos por um batom vermelho.

Sempre perfeita.

— a senhora sempre ta linda. - uma lágrima escorre em minha bochecha. A limpo rapidamente antes que manche a maquiagem.
— não chore minha anjel.
— é impossível! A saudade estava tão grande que me deu vontade de ir pra onde você estava.
— agora eu estou aqui tá bom? Vamos passar o tempo juntas. Mas está na hora de você ir pra escola tá bom!?

Balanço a cabeça freneticamente com um sorriso no rosto.

— mas antes pegue isso - ela me entrega um saquinho. Olho dentro e tinha rosquinhas lá dentro.

— nao devia dar isso a ela. Vai ficar gorda. Como ela vai se equilibrar nos passos ? - papai que até então eu não havia percebido estava sentado no sofá com seu mero e ridículo jornal.

Seus cabelos estavam bem alinhados para trás por causa do gel, sua roupa que usava sempre na empresa.

Lindo. Porém pode fazer da sua vida um pesadelo.

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