Alone Together

Capítulo 4: Young Volcanoes - part 2

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|Adrianna|  

- Fodasse Chad isso não é justo e aquela é a tua irmã, não é uma fedelha qualquer. E é normal que ela faça estas merdas, ou achas que uma míuda da idade dela que viu o irmão matar o pai e tem de esconder isso todos os dias consegue estar bem? Estás tu bem? – Grito ainda mais alto e ele abandona a cozinha batendo com a porta da entrada. As minhas mãos estão a tremer e salto quando sinto o telemóvel a vibrar em cima da mesa. O número é desconhecido e respirando fundo, atendo.

- O que é que foi agora caralho?

- Hum é o Niall... Olha eu só te queria perguntar se estás bem como saíste a corr...

- Poupa-te – interrompo-o – poupa o discursozinho do "estás bem" e de me quereres conhecer, para. Não tiveste tomates para me defenderes na aula e não adianta dizeres alguma coisa agora, apenas mete-te na tua vida e arranja outra rapariga menos problemática. Uma que beba menos porque não tem nada para esquecer e uma que tenha pais e um caralho de uma vida equilibrada porque deus sabe que eu não tenho. E dispenso absolutamente a merda da tua preocupação.

"In poisoned places

We are anti-venom

We're the beginning of the end"

Capítulo 4: Young Volcanoes - part 2

Desliguei o telemóvel sem lhe dar oportunidade de responder, mas duvido que o fizesse de qualquer das maneiras. Não tive tempo de me debater sobre aquele cobarde de merda uma vez que algo a partir-se no quarto de Paiton me levou a correr pelas escadas acima. Empurrei em pânico a porta para encontrar a minha menina pequena a preparar-se para dar ao espelho o mesmo destino que teve um candeeiro. Agarro imediatamente o seu pulso fazendo-a largar o objeto que se despedaçou aos nossos pés abraçando-a.

- Ele não tem o direito – Ela soluça no meu peito e eu assinto, guiando-nos para a cama. Ambas nos sentámos na sua cama e eu continuei a segurar-lhe as mãos. Engoli as memórias que estavam prestes a escapar e limpei as suas lágrimas.

- Eu vou falar com ele mas sabes que o Chad tem aquele temperamento. Não podes levar a peito.

- Como é que é suposto não levar a peito? Por amor de deus como se ele fosse um exemplo...

- Eu sei que não é, ele não tem razão nenhuma. Mas devemos-lhe respeito, tanto eu como tu.

- É só que cansa – ela soluça a meio e isso parte o que restava do meu coração em pedaços. Sussuro um "eu sei" enquanto a volto a segurar nos meus braços. Ela não merece ter um irmão que grite com ela, ela merece dois pais equilibrados para a ouvirem e apoiarem em tudo. Eles merecem ter dinheiro para cada um praticar um desporto. Eles merecem tudo o que eu tive durante algum tempo.

Com mais 15 minutos de soluços e frases sem sentido Paiton fica calma, pede para eu a deixar sozinha e assim o faço. Chad ainda não voltou quando desço as escadas mas Heather está no sofá agarrada a um livro.

- Temos de a ajudar – Heather vira-se de repente – pô-la num psicólogo, qualquer coisa, não podemos deixar que ela acabe como nós.

- Já tinha pensado nisso... Acho que a Scar tem uma amiga psicóloga, falo com ela logo.

Quando volto para o meu quarto para trocar de roupa, a campainha toca. Heather levanta-se mas faço-lhe sinal para voltar ao seu mundo alternativo.

Qual é a minha surpresa quando Niall aparece à minha porta. Que lata.

- O que é que estás a fazer aqui?

- Bem quero uma resposta à minha pergunta. E já agora informação que me ajude a compreender os teus problemas de bebida, falta de pais e vida desequilibrada porque não podes descarregar essa informação toda e esperar que eu fique em casa à espera de uma explicação.