Prólogo

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México, 2024, 2 anos atrás.

Em um bar no México, tocando músicas clássicas mexicanas, Eddie Brock, que veio de outro universo, está sentado olhando para um papel com uma caneta preta na mão, confuso.

- Ah... beleza. - disse Eddie, com uma camisa de praia e um boné escrito "México". - Tá, tá, beleza eu já entendi. Quer dizer que esse lugar aqui tem um monte de... gente com poder?

O barista assentiu, enxugando uma taça de vidro.

- Ele já tá falando isso a horas. - reclamou o simbionte Venom na cabeça de Eddie, irritado.

Um tempo atrás, no universo deles, o simbionte veio do espaço e chegou na Terra. Ele tem Eddie Brock como hospedeiro e juntos, os dois são o Venom. No universo deles, pelo menos. O simbionte fala com Eddie em sua mente.

- Tá, me explica de novo. Me desculpa, eu sou idiota. - disse Eddie ao barista. - Tinha um que era bilionário com uma armadura de lata que voava, né?

O barista assentiu, fazendo o sinal da Santa Cruz, demonstrando respeito.

- Hmm... beleza. - continou Eddie, forçando um sorriso. - E também tinha um homem verde muito irritado.

- Hulk. - corrigiu o barista.

- Hulk? - murmurou Eddie, impressionado.

- Deve ser um cara irritado que te rasga a toa! - gritou Venom na cabeça de Eddie.

- É? Porque... É mesmo? Vem cá, explica de novo sobre esse alien roxo que adora joias. - disse Eddie, fazendo um gesto irônico sobre as joias com os dedos. - Por que eu vou te falar amigo... alien não curte joia não, hein!

- Eddie! - gritou Venom com sua voz rouca de novo, ofendido. - Não começa!

- Não, alien não gosta de joia. - continou Eddie pro barista, batendo na mesa, consideravelmente bêbado. - Alien gosta de comer cérebro! É isso que eles fazem, entendeu?

- Senhor, ele fez a minha família sumir. - disse o barista, falando do Blip. - Por cinco anos.

- Aham... Cinco anos? Quanto tempo, hein? - murmurou Eddie. - É, eu devia... eu devia ir pra Nova York falar com esse tal de... Homem-Aranha.

O barista concordou, confuso.

- Eddie! - gritou Venom, forçando Eddie a se levantar de forma desajeitada, como se estivesse indo em bora. - A gente tá bêbado!

Podia se ouvir o estômago de Eddie roncando e Venom e Eddie falando como se quisessem vomitar.

Eddie abriu os braços sem controle.

- Vamos nadar pelados! - gritou Venom.

- Eu acho melhor não nadar pelado não. - disse Eddie, tentando manter controle sobre seu corpo.

- Senhor, tem que pagar a conta. - disse o barista, irritado.

De repente, um barulho mágico surgiu e as mãos de Eddie começaram a emitir uma luz laranja, como se as mãos dele estivessem desaparecendo. Logo depois, todo o seu corpo.

- O que tá acontecendo? - reclamou Venom, gritando desesperado. - Não, não, a gente acabou de chegar, não, Eddie!

Eddie Brock desapareceu. O bar estava vazio agora, apenas com o barista lá.

- Ele se mandou. - reclamou ele, irritado, recolhendo copos. - Sem pagar a conta, sem gorjeta, nada!

Na mesa do bar, um pedaço gosmento e preto do simbionte se movia sem que o barista percebesse.

Um pedaço do simbionte de outro universo havia sido deixado para trás por Eddie Brock, e ele agora estava a solta.

Spider-ManosWhere stories live. Discover now