CAPÍTULO DEZESSETE

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Depois de dois filmes horríveis, fiquei para dormir na casa dos Cullen. Rosalie sabe ser convincente quando quer, não que eu tenha me resignado muito.

Ok, quase nada.

Tá! Nadinha.

Rio internamente pensando nisso enquanto subimos as escadas até o quarto dela.

Eu não havia prestado atenção, mas tem um quadro enorme com vários chapéus de formatura com cores diferentes.
Ao mesmo tempo que eu achei criativo, não deixava de ser estranho.

Não é estranho, estranho, só estranho.

É a primeira vez em seu quarto e ele tem muito a ver com ela. As paredes com dois tons de amarelo, uma estande cheia de livros, uma mesa com um notebook e alguns posters de bandas bem antigas, dois quadros com paisagens bonitas de alguma floresta e claro, não podem faltar posters de carros. Poderia ser um quarto de adolescente com tantos posters, mas é tão ela.
O que mais me impressionou foi uma cama grande de frente a janela enorme, que dava pra uma vista da floresta a fora.

Estar aqui me dá uma sensação boa.

Eu queria estar perto da Rosalie o máximo de tempo que eu pudesse. Isso pode até parecer dependência mas não era algo destrutivo, era só estar por perto.
Eu queria toca-la sempre que pudesse, beija-la, conversar sobre qualquer coisa.
E eu poderia passar 5 minutos longe dela mas já sentia falta.

Insano.

- Você está prestando atenção amor?
- O quê?
Ela olhava não acreditando que eu não havia escutado nenhuma palavra.
Estamos deitadas abraçadas e ela me contava sobre carros? Filmes?
- O que estava pensando? Deve ser muito interessante para que não se concentre no que eu digo.
- Desculpe, Estava pensando em você.
- Certo e o que estava pensando sobre mim? - Ela me pergunta não parecendo chateada por eu ter me perdido.
- Que estar perto não é suficiente com você.
Ela iria dizer alguma coisa mas fica em silêncio apenas sorrindo docemente para mim.
Fecho os olhos sentindo que irei morrer apenas com seu sorriso.
- Descobri que seu aniversário está chegando. - Ela diz com certo entusiasmo. Faço uma careta.
- Não é grande coisa.
- É claro que sim, Só fazemos 18 uma vez. Espere um segundo. –
Se levantando, Rose vai até a mesa abrindo uma gaveta tirando algo de lá. Rapidamente ela se deita ao meu lado novamente estendendo uma caixinha. – quero lhe dar isso.
- não precisava.
- Quero que se sinta especial.
É difícil não me sentir emotiva com isso. Abro a caixa e a pulseira de flores é tão linda.

Tão delicada.

Isso me faz lembrar do sonho que tive acordando Vampira. A pulseira em meu pulso, a mesma pulseira.

- Obrigada. – Digo em um sussurro.
- deixa que eu ponho pra você.
- Ok...
Sua mão fria toca a minha tirando a pulseira da minha mão, ergo o punho esquerdo e ela a coloca.
Rose beija minha mão fazendo cócegas.
- O que é esta cicatriz? – seus dedos tocam na pequena protuberância no dorso da minha mão. Eu esqueço muitas vezes que a tenho.
- Eu me cortei com uma faca.
- E como foi isso? Você não parece do tipo desastrada.
- Na verdade, foi Bella que me cortou sem querer. – explico a ela e seu rosto se fecha.
- Só podia ser.
- Não pense nisso, Nós sabemos o quanto Bella pode ser um ímã para desastres.
- E machucou você. – Ela cruza os braços séria e acho sua reação muito fofa.
- Não pense nisso, foi há bastante tempo. Nem doe.

Ponho as mãos nos seus braços pra que desmanche essa pose mas tem o efeito contrário.
Rose carrancuda é muito lindo de se ver.
- Quero socar aquela humana.
Dou uma gargalhada com sua atitude toda raivosa. Me sento na sua cama admirando-a.
Rosalie se aproxima ficando com um joelho encima da cama e muito próximo do seu rosto no meu.
- Você é muito bonita Ross. – digo lhe dando meu melhor sorriso, eu ganho o privilégio de ver seus olhos mudando de cor, ficando vários tons mais escuros.
- Quero beija-la.
- Então me beije Na-mo-ra-da. – Digo a última palavra silábicamente.
Rose nos empurra na cama fazendo um barulho contra a parede. Eu iria rir, mas Rose engole meu sorriso com sua boca macia e fria.

AMOR E MORDIDAS - ROSALIE HALE - POLIAMOR Onde histórias criam vida. Descubra agora