— Olha... — Sirius disse intensamente. — Eu não me importo com o que você faz. Eu só espero que você me veja em seu futuro. Eu irei aonde você escolher - eu só - eu não posso ver meu futuro sem você.

Hermione só pôde olhar com uma surpresa estupefata. O homem diante dela era muito diferente do bruxo impetuoso que ela conheceu nas primeiras semanas aqui. 

— Prometa-me que não vai desaparecer. Não sem mim. — ele implorou.

— Eu prometo. — ela sussurrou.        

— Hermione!

— Sim, Lily?

Hermione saiu da biblioteca, ouvindo a dona da Mansão chamá-la. Ela desceu a grande escadaria da sala bem iluminada e com piso de mármore perolado, encontrando a fonte da voz na sala de chá.

— Ah! Mary, oi! — Hermione cumprimentou a recém-chegada.

— Eu queria saber se poderia incomodá-la para cuidar de Neville e Harry por algumas horas? Preciso começar nosso estoque de poções com Mary e Severus.

— Claro! — Hermione sorriu. — Onde está James?

O rosto de Lily escureceu. — Em uma missão de reconhecimento com Sirius e Remus.

— Eu pensei que Remus só fizesse trabalho diplomático - não trabalho de Auror?

— Com tudo acelerando, Moody concordou que os Aurores poderiam usar uma varinha extra agora.

— Ele sempre foi bom com a varinha. — Hermione lembrou com carinho.

— Ah, sim, seu precioso Professor Lupin. — Lily brincou alegremente.

Professor Lupin? — Mary interveio curiosamente.

Lily congelou, percebendo seu deslize tarde demais. Mas Hermione riu suavemente. — Sempre insisti que Remus seria um ótimo professor. Ele pode não ser um Auror, mas é muito informado sobre magia defensiva.

— Ah. — Mary assentiu em aceitação. — Faz sentido, ele era um dos melhores alunos quando estávamos em Hogwarts, certo, Lily?

— Certo. — Lily riu de alívio.   

As duas bruxas desaparataram, deixando Hermione caçando as crianças, que Lily disse ter deixado aos cuidados de sua elfa doméstica, Polly. Caminhando pelos magníficos corredores da residência dos Potter, ela não pôde deixar de pensar em como ela já era diferente da garota que caiu no tempo alguns meses atrás. Quando os Potter apresentaram Polly pela primeira vez, sua irritação aumentou imediatamente. Ela não achava que os Potter de todas as famílias teriam um elfo doméstico. O julgamento e a condenação foram interrompidos abruptamente quando a pequena criatura deu uma olhada em James antes de começar a bater nele com o pano de prato que carregava.

— Mau Mestre Potter! Como você pôde nos deixar aqui sozinhos, sem família?

— Polly! Polly! — James gritou, tentando se esquivar dos golpes pequenos, mas violentos. — Desculpe! —

— Oi, Polly. — Lily interrompeu com um sorriso pequeno, mas divertido.

— Senhorita Lily! — Polly havia corrido em direção à bruxa com os braços abertos para abraçá-la quando congelou ao ver Neville e Harry agarrados às suas pernas, observando com curiosidade o elfo animado. — Crianças? Achei que você só teve um filho?

— Nossa família é um pouco maior do que planejamos. — James passou os dedos pelos cabelos, confuso. — Isso não será um problema, não é?

Polly fungou da maneira mais majestosa que Hermione já tinha visto em um elfo doméstico. — Suponho que devo perdoá-lo por deixar Polly sozinha por tanto tempo. Agora ela não tem um, mas dois  filhos para cuidar! — os olhos de Polly suavizaram-se com adoração em Harry e Neville.

✓ | PROMISE TO THE PAST, marauders eraWhere stories live. Discover now