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Me avisem se virem algum erro!

Harry

Cheguei ao grande prédio sentindo minha barriga revirar. Talvez não seja uma boa ideia vomitar agora.

Assim que entrei, fui até a recepcionista e disse a ela que estava aqui para ver o Sr.Tomlinson e eles não demoraram muito para me dizer para entrar em uma sala.

Estou tão nervoso, não deveria ter vindo...

A grande porta se abriu e entrei na enorme sala, havia um homem parado ao lado da sala quase vazia e um homem bem vestido estava sentado à mesa, lendo alguns jornais.

- Você deve ser Harry Styles. - O homem sentado disse com sua voz profunda.

Me sinto ridículo aqui parado, no meio da sala, segurando a manga da blusa de manga longa.

- Sim. Cheguei pelo e-mail que me enviaram.

- Ótimo, então você já deve ter lido os requisitos. Você pode tirar a roupa agora. - Ele finalmente olhou para mim e eu arregalei os olhos.

- Oi?

- Não me apresentei? Meu nome é Louis William Tomlinson. Você pode tirá-las agora.

- Tire minhas roupas? Mas agora?

-Se você não tem coragem de tirar a roupa perto de duas pessoas, não é bom o suficiente para o cargo. - A forma como ele me trata com desdém me deixa ainda mais desconfortável.

Droga, eu preciso do dinheiro...

Levantei minha blusa e a deixei cair no chão assim que só meu corpo saiu.

- As calças também. - Ele encostou-se na cadeira e apenas esperou.

Devo estar como uma pimenta agora, por que isso aconteceu de repente?

- Agora vire.

- Deus... - murmurei baixinho e virei as costas. Pelo menos ainda estou de cueca.

- Ótimo, eu estava procurando alguém que me deixasse com tesão o suficiente para eu foder. Você receberá as instruções em alguns dias.

Coloquei minhas roupas rapidamente enquanto o ouvia falar.

Espere, o que?

- Se você estiver em um relacionamento, o termina dentro de uma semana. Meia atentamente todas as linhas do contrato e saiba que se você não concordar com alguma coisa, estamos sujeitos a alterações.

- Tudo bem...

- Vejo você em breve.

O homem que estava parado antes foi até a porta e a abriu.

Isso é tudo?

O que eu faço agora?

- Então eu só tenho que esperar?

- Não fui claro o suficiente? - Ele ergueu uma sobrancelha.

- Sim, foi... até breve.

Eu me virei e saí da enorme sala.

Não pode ser tão ruim assim, certo?

Não vai demorar nem tanto, só preciso ter dinheiro para pagar a dívida e fazer faculdade, depois disso tudo acaba. Isso passará rapidamente.

Há três dias recebi um email desta empresa, a princípio pensei que fosse referente à entrevista que fiz, mas não foi nada disso. No e-mail perguntaram se eu tinha interesse em ter um patrocinador. Bom, o nome já diz tudo, mas ele basicamente me daria tudo que eu quero e em troca eu teria que fingir que tenho um relacionamento com o filho do governador.

Pelo que entendi, tenho que agir como o namorado dele na frente e fora das câmeras também. Eu não sabia que o filho do governador era tão famoso, nem sabia que o governador tinha um filho, até então. Não posso contar para ninguém que isso é um contrato, parece que nem o próprio governador sabe disso, na verdade é coisa só do senhor Raeken.

Tenho que satisfazer seus desejos e em troca ele me paga. Eu nunca aceitaria tal coisa se meu pai não estivesse cheio de dúvidas, já que ele é viciado em jogos e se envolveu com agiotas; não conseguia pagar o dinheiro que pediu emprestado e os caras estão nos perseguindo há meses. O problema é que meu pai não tem limites, mesmo atolado em dívidas ele fica pedindo e pedindo mais dinheiro e nos afundando cada vez mais, isso só está arruinando ainda mais a nossa família.

Fui demitido do emprego em um restaurante onde era garçom. Não ganhava muito, mas poderia dar um dinheirinho aos agiotas para pelo menos continuar vivo, já que meu pai nem isso consegue.

Já perdi a conta de quantas vezes cheguei em casa e meu pai foi jogado no chão todo machucado ao ser pego, mês passado quebraram o braço dele. Eu já apanhei das besteiras do meu pai também, uma vez que tentaram fazer algo horrível comigo... mas prefiro não pensar nisso, foi muito difícil ter que lidar com isso, então prefiro esquecer .

Meu pai não é o melhor pai do mundo, na verdade ele nem merece que eu pague suas dívidas, mas quero poder acabar logo com isso, e quando terminar vou me mudar para bem longe daqui e viver em paz.

Cheguei em casa e a porta estava aberta, já imagino o motivo disso.

E aqui vamos nós de novo...

- Você voltou, viadinho. - Jonson, o agiota que papai deve, disse ele, me empurrando com força contra a parede.

- O que você está fazendo aqui? Eu não te dei dinheiro na semana passada? - perguntei, sentindo seu hálito nojento muito próximo do meu rosto.

- Mas seu pai me pediu mais dinheiro, acho que ele deveria se tratar, ele é tão viciado...

- Você quer dinheiro? Eu te pagarei. Agora deixe-me ir.

- Eu quero isso agora! - Ele me pressionou com mais força. - A menos que você queira pagar de outra forma...

- E-eu vou pegar seu dinheiro, você precisa me dar mais alguns dias.

Ele me assusta, mas não posso demonstrar...

- Quero meu dinheiro agora, seu merdinha.

Sinto sua mão em contato com meu rosto e meu rosto queimando. Ele me deu um tapa na cara.

Isso dói.

Isso machuca muito.

- Da próxima vez que eu voltar, quero que você fique com meu dinheiro, senão você vai se arrepender. - Outra bofetada, dessa vez mais forte. - Não vou sentir pena como da última vez, irei até o fim.

Ele me bateu mais uma vez, dessa vez foi um soco.

Ele me joga no chão e eu o vejo desaparecer com seus capangas para fora da casa. Tento conter o choro, mas não consigo.

Isso dói.

Dói por fora e por dentro também.

Eu só quero que isso acabe, nem é minha culpa...

Levanto-me enxugando as lágrimas e sentindo o sangue escorrendo do meu nariz. Só espero que não tenha quebrado.

- Onde você esteve? - ouço meu pai perguntar assim que entro no meu quarto.

Eu olho para ele e ele está machucado assim como eu.

- Você pegou dinheiro daqueles caras de novo? Você realmente não aprende, não é?

- Foi só um pouquinho, você sabe que eles exageram. Onde você foi?

- Saia do meu quarto, pai... por favor. - Digo muito cansado de tudo isso.

- Vieram me ameaçar e eu vim ver se você tinha dinheiro, mas não encontrei nada.

- Apenas saia daqui... por favor.

- Está bem, está bem. - Ele levanta as mãos em sinal de rendição. - Você vai fazer o jantar hoje?

- Eu vou ver. - Segui ele até a porta e fechei assim que ele saiu.

Espero que isso acabe logo.

Submisso. - L.S!Onde as histórias ganham vida. Descobre agora