Angústias do meu ser

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Na angústia eu me descobri
Na angústia avaliei o meu ser
Onde eu havia me escondido?
Amar-me não me é permitido
Se não posso saber quem sou eu.
De novo me reinventei
Para vestir minhas fantasias
Se não posso ser quem realmente sou
Não passo de uma fraude, uma alma vazia.
Seria uma lua, ou uma água cristalina?
Não, ambas são transparentes
Lindas e resplandecentes
E eu sou vaga em demasia.
A noite não me surpreende
Se sorrio, já não sou eu
Mas um personagem que almejei a vida inteira
Torna-me sorridente com destreza
E não apenas querer
Mas poder ser
Sem sonhar, nem coagir
Apenas agir.
Serei um livro aberto, ou uma página em branco?
Suposições ou afirmações ?
Quero chegar tão longe
Sem que me prendam os pés
Vou alcançar o céu
E rabiscar meus papéis
Papéis do livro de uma vida vazia
Desenhar minha alma e levá-la tão longe
Onde eu não iria.
Serei eu mesma, e jamais de novo uma fantasia.

-Nataly Nunes

Diário D' Alma Where stories live. Discover now