Aquele da continuação da entrega das apólices de Catarina

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Notas: Esse capítulo é dedicado a Brendavanin foi aniversário dela semana passada e queria ter postado no dia, veio atrasado, mas veio!

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Tudo era muito carregado de tradição, ele tinha que esperar Edmundo e Bianca se declararem um para o outro, tinha que esperar o brinde com a champanhe, tinha que esperar a entrega do anel de noivado, tinha que esperar a valsa dos noivos, tinha que conversar alegremente com os outros convidados, mas só pensava nela. Catarina não tirava os olhos de si, desde a hora que ele entrou na casa do seu Batista, desde o momento em que se declarou para ela na frente de todos, inclusive de Marcela.

“...Porque eu fingi o tempo todo… eu fingi o tempo todo… Catarina eu nunca que quis ir embora com Marcela, e nunca que quis ficar tanto tempo longe… tanto tempo longe d’ocê minha onça…”

Catarina conversava com Bianca, mas desde o momento que ouviu a declaração dele de como planejou ir atrás das apólices não conseguia desgrudar seus olhos dele, eram como imãs se atraindo pelo metal, ela não conseguia fugir, não conseguia fingir, não conseguia disfarçar. Se lembrou da fala dele, podia recitá-la perfeitamente em seus pensamentos: ele nunca quis ir embora com Marcela, não quis ficar tanto tempo longe dela e a chamou de minha onça. Nessa hora Catarina sentiu seu coração falhar uma batida, seus olhos se encheram de lágrimas e ela engoliu em seco, não queria demonstrar que tinha se abalado com sua fala, mesmo seu corpo lhe mostrando reações contrárias ao que ela queria demonstrar.

“...mas é que era tanta dificuldade na fazenda e eu pensei que agora memo que havia de nascer um filho meu…”

“Filho meu você quer dizer…

“Nosso, nosso filho, eu pensei que eu preciso memo é de dar o melhor pra ele… e esse dinheiro que foi roubado era dele por direito porque o que eu quero memo é dar pra ele tudo o que eu não tive… por isso eu fui atrais de Marcela…”

Mesmo longe fisicamente dele no momento, as palavras de seu discurso dito minutos antes ecoavam na cabeça de Catarina feito uma melodia. Ele pensou no filho deles, pensou em dar o melhor para ele, por isso fingiu. Ao contrário de Petruchio, Catarina não conseguia fingir, ela não mentia seus sentimentos, ela não mentia para si mesma. Como não olhá-lo ao longe se as últimas palavras entravam dentro de si lhe fazendo perder o ar?

“Porque tudo o que eu fiz, tudo, foi por amor…”

Amor? Seria essa uma prova de amor?

— Bianca me diz, por que deixou Petruchio entrar em sua festa de noivado para conseguir minhas apólices? O que ele te falou?

Catarina estava hipnotizada por ele, mas não era boba e ainda queria pensar com a razão e não com a emoção. Bianca sorriu de lado e negou com a cabeça.

— Petruchio me explicou seu plano, ele sabia que Marcela estava por trás de alguma forma desse roubo das apólices, descobriu inclusive que ela tentou te roubar no dia que elas sumiram, no dia em que ela se casou.

Catarina se lembrava bem daquele dia, foi o dia mais triste e mais feliz de sua vida ao mesmo tempo.

— Mas mesmo depois de semanas, não havia saído do lugar em relação a mais pistas e pensou que só reunindo todos que estavam no casamento poderia conseguir alguma coisa, então ele me pediu para ser na festa de noivado.

— E o que ele queria com ela? O que fez com ela nesse tempo todo?

— Catarina, será que ainda não entendeu? Ele queria lhe devolver seu dinheiro, ainda não percebeu?

Curioso fenômeno Kde žijí příběhy. Začni objevovat