tempo

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Agora entendo como as árvores se sentem, tão seguras que nunca iriam cair, tão seguras que nunca se renderiam ao tempo, que sempre poderiam dar tudo delas mesmas sem se machucar.

Com um conhecimento de dezenas de anos, ou centenas de anos, vendo tudo ir e vir, nascer e morrer.

Com tantos acontecimentos repetidos, adoecemos aos poucos, ou não adoecemos, mas algo ou alguém nos faz adoecer, com o passar dos dias, aprendemos a nos tornar mais resistentes.

Resistentes contra a resistência que o tempo tem em nós machucar.

Das mais diversas formas, das mais diversas maneiras, e nas mais variadas temporadas de nossa vida, ele nos machuca, até amadurecermos e aprendermos a nós virar.

Com o tempo passando, nos desgastamos, desgastamos o suficientes, para nós tornar grandes baobás, gigantes em idade e tamanho, sólidos e seguros, seguros de que nunca iram cair.

Até que o tempo, nos manda um passarinho, insistente, corajoso e com muito tempo a se dar.

Mas como antes, com tantos tempos passando por nós, indo e vindo, desejamos que o tempo não existisse, que ele fosse embora, já que anteriormente, nos desgastou muito.

Ao recusar um passarinho com um tempo genuíno, por causa dos conhecimentos passados adquiridos de outros tempos ruins.

Perdemos um tempo bom... Marcante... Intenso... Que tinha chances de ser maravilhoso e único e o último tempo...

Porque o tempo, algo tão estranho, intenso, mas passageiro, nos machuca tanto? Ao ponto de não querermos mais ter tempo para crescer...

Acho que o tempo, é como uma motosserra, pode tanto servir para podar os galhos ruins, quanto te derrubar, para nunca mais se levantar...

É algo tão estranho... Como algo tão bom... Tão genuíno... Pode ser tão letal?

Espero nunca cruzar com o tempo, pois, se eu o encontrar, irei ser derrubado... Que isso nunca aconteça, até o meu fim pré - destinado.

Para amantes de poemasTempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang