Rachel

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Rachel POV


Sentada no meu carro, aguardando o início de algo desafiante, sei que virão mais situações como esta. O tempo passa lentamente, preparando-me para o que está por vir. Seis meses. Seis meses de tormento apenas porque tenho um pequeno problema.

Na verdade, nem sequer considero isso um problema; é apenas algo que aprecio muito fazer. Talvez mais do que a maioria das pessoas.

Sexo.

Apesar de não estar a fazer isto por vontade própria, mas sim pelo meu irmão David, vou tentar não estragar tudo. Olhei para o relógio. Estava na hora. Suspirei intensamente e decidi sair do carro. À minha frente estava um edifício ligeiramente deteriorado pelo tempo, completamente pintado de branco. A primeira impressão ocorreu ao chegar à receção, onde um rapaz  loiro e extremamente atraente me saudou com um sorriso radiante, exibindo todos os seus dentes.

Recepcionista:  Bom dia. Posso ajudá-la?

"Pode, pode dobrar-me sobre este balcão e foder-me até eu desmaiar" - pensei para mim mesma e sorri mentalmente.

Rachel: "Hum... Sim, quero saber onde é sessão de terapia de grupo,"

Recepcionista - "Compulsão sexual?"- perguntou ele, franzindo o sobrolho.

"Ótimo, tinhas de dizer isso em voz alta?"

Recepcionista - "Sala 20."

"Ok, obrigada." - respondi, oferecendo-lhe o meu melhor sorriso.

Rapidamente pensamentos promíscuos  inundaram a minha mente. "Não me importava de saltar para cima dele... ou em cima dele... dependendo da posição."

Afastei-me e percorri os corredores até localizar a sala. Um conjunto de indivíduos estava a entrar, à semelhança de um grupo de crianças que entra em fila indiana numa sala de aula. Aguardei que todos entrassem e dirigi-me até ao fundo. A sala era simples, não muito espaçosa, com cerca de 10 cadeiras ou mais, todas dispostas em círculo, de modo a que todos os "pacientes" pudessem ter uma visão ampla uns dos outros. E também do terapeuta. Ao entrar, eles já estavam sentados, e optei por ocupar a cadeira vaga ao lado de uma mulher loira, com um estilo à Beverly Hills.

A terapeuta dirigiu-se a todos, apresentando-se, "Olá a todos, o meu nome é Dra. Karen, e vou acompanhar-vos nesta jornada de seis meses. Vai ser preciso muita força de vontade e cooperação, mas os resultados vão aparecer. Bem, a primeira coisa a fazer quando se tem um problema é admitir que o tem! Quero que cada um, individualmente, diga o seu nome e admita o seu problema, embora todos estejam aqui pela mesma razão. Vamos começar! - concluiu ela com entusiasmo.

"Quero ir-me embora daqui" - foi a primeira coisa que me veio à cabeça, a segunda foi... Não me lembro exatamente, porque os meus pensamentos pararam assim que os olhos observaram um rapaz que estava no grupo mesmo à minha frente. Ele e os seus bíceps, tríceps e tudo o mais...

"Não me importava nada que me tocasses e depois descesses, subisses e descesses outra vez..."

Fechei os olhos e dei uma bofetada mental a mim própria por ter estes pensamentos a meio da terapia.
"Controla-te!".

Tinha chegado a minha vez e toda a gente estava concentrada em mim."Olá a todos, o meu nome é Rachel Evans e .... Sou viciada em sexo" - disse hesitante.De seguida pude ouvir o som uníssono do grupo a dar-me as boas-vindas com "Olá, Rachel".

"TOC TOC" 


Alguém bate à porta e eu viro-me para ela, assim como o resto do grupo.

"Posso?"- perguntou o rapaz que tinha enfiado a cabeça pela fresta da porta e que estava à espera da autorização da terapeuta para se juntar a nós. Ela acenou com a cabeça e ele rapidamente se sentou na cadeira livre ao meu lado.

"Bem, já que acabaste de chegar, porque é que não te apresentas ao grupo? "- perguntou a Dra. Karen gentilmente ao rapaz.

"Oh, claro! Bem, olá a todos, o meu nome é Harry Styles e sou completamente viciado em sexo " - afirmou, terminando com um sorriso malvado.

"Uau! Deve estar mesmo orgulhoso. Bom para ele... Ele disse Harry Styles? Parece-me que já ouvi esse nome algures"

Reparei como os olhos dela percorriam a sala, analisando todas as participantes femininas presentes. E como elas retribuíam os olhares predatórios. Parecia uma verdadeira selva.Finalmente, o seu olhar pousou em mim, concentrando-se no meu decote e movendo-se para baixo enquanto mostrava um sorriso maliciosamente sedutor.

Sim, ele era de facto fascinante e nada a desperdiçar. Aquele cabelo selvagem deu-me vontade de puxar enquanto me fodia profundamente e aqueles lábios que deixei inchados depois de os morder ferozmente, meu Deus, tão suculentos! Não importava nada que eu os usasse aqui em baixo.

Oh, meu Deus! Não posso acreditar... Estou a ficar molhada a meio da sessão" - pensei e comecei a sentir um ligeiro rubor na cara devido à vergonha que sentia naquele momento.

Enquanto eu estava absorta nos meus pensamentos perversos, a Dra. Karen tinha pedido a cada pessoa, individualmente, para contar ao grupo um pouco mais sobre si própria. Eu estava a tentar prestar atenção à resposta dos meus colegas, quando senti alguém ao meu lado a sussurrar para mim.

"Olá, está tudo bem? Pareces nervosa." - perguntou o jovem de cabelo encaracolado.


"Não, idiota, não estou nervosa. Estou molhada. Por tua causa."
- pensei.

Sim, está tudo ótimo! - disse eu, escondendo a minha angústia
"Boa! Pensei que a minha presença te deixava desconfortável. Espero que não fiques assim logo à noite quando estiveres em cima de mim, a montar-me "  sussurrou, a sua voz áspera e sensual.

Os meus olhos arregalaram-se assim que as suas palavras entraram no meu cérebro a grande velocidade. Não tive tempo para reagir. Só queria que este tormento acabasse depressa.

"O que é que este idiota pensa que está a fazer?"

"Estás doido? Eu vim aqui para reduzir o meu desejo, não para ter mais!" - sussurrei de volta, imediatamente.

"Eu vim para conhecer mulheres assim como tu, ansiosas para que lhe saltem em cima." - argumentou o idiota.

Fiz-lhe um olhar de confusão e acabei por o ignorar.
"Deixei-te assim tão molhada que nem consegues olhar para mim? " - insistiu
Ele simplesmente não desistia. Eu tinha chegado ao meu limite. Precisava de sair dali ou algo ia dar para o torto.

A Dra. Karen estava a falar, mas eu nem quis saber e interrompi-a com a desculpa de que precisava de ir à casa de banho. Ela deu-me autorização e eu saí apressadamente da sala sem sequer olhar para o tal Styles. A verdade é que, noutro lugar e noutras condições, eu teria feito sexo com ele sem pensar duas vezes. Mas prometi ao meu irmão que me ia entregar a esta porcaria de terapia e mudar a minha vida. Nem sempre foi fácil lidar com isto. Nunca tive uma relação que durasse mais de um mês. Traí todos os meus namorados. E, na verdade, não me arrependo completamente, porque o sexo era excelente. Todas as vezes. 

Entrei na primeira casa de banho que encontrei e fechei-me num dos pequenos cubículos.

Tenho de me acalmar, mas ele é tão sexy e a ideia de o montar esta noite não era assim tão má... O que  é que estou para aqui a dizer? Eu adorava montá-lo toda a noite. Que viesse por trás, pela frente, por todos os lados e que aquela língua me lambesse o corpo todo de uma ponta à outra, sem parar.

Não resisti e fiz o impensável. O desejo era muito intenso que baixei as calças e comecei a acariciar-me por cima das minhas cuecas de renda preta, enquanto inclinava ligeiramente a cabeça para trás e soltava pequenos gemidos, quase silenciosos. Continuei e, desta vez, meti um dedo dentro de mim e depois outro, e outro... Deslizei-os para dentro e para fora, cada vez mais depressa, enquanto na minha cabeça se formavam imagens daquele tipo desbocado e de mim, nus, envolvidos num sexo quente e selvagem, sem vergonha.

À medida que aumentava a velocidade da minha ação, mais me aproximava do clímax. Tentei manter-me o mais silenciosa possível, mas era muito difícil. Até que, finalmente, uma onda de sensações inexplicáveis me fez tremer, atingindo o meu corpo e tive de me apoiar na parede mais próxima para não cair. Respirei fundo enquanto puxava as calças para cima e ajeitava a minha roupa e cabelo. Saí do cubículo e, antes de me dirigir à porta da casa de banho, certifiquei-me de que nada em mim me denunciava.

Quando cheguei ao corredor, reparei que a sessão de hoje já tinha terminado e decidi dar meia volta e sair dali, mas não antes de dar de caras com alguém.

"Olá, de novo! Estás a fugir de mim? "  Harry questionou, o seu resto a centímetros do meu, os seus olhos verdes brilhantes e atentos.
"Não tenho nenhuma razão para fugir de ti! Apenas fui à casa de banho. E agora vou-me embora. Adeus! - respondi

"Olha para essa cara... parece que acabaste de ter um orgasmo." - soltou e eu imediatamente encarei-o, os meus olhos esbugalhados de surpresa.


Harry não demorou dois segundo a aproximar-se ligeiramente da minha orelha. "Masturbaste-te a pensar em mim, não foi?" - perguntou ele, o seu tom de voz rouco e com um toque de malícia. "Simplesmente não conseguiste aguentar..."

"Desculpa, Harry, já é tarde, tenho mesmo de ir."  - declarei, esperando que ele me deixasse ir sem proferir mais alguma palavra.

"Espera..." - ele pediu

"O que é que queres agora?" - perguntei, arrependendo-me imediatamente.

"Se eu não tiver de entreter  alguma modelo hoje à noite," disse ele, os seus olhos desafiando os meus.  "Certamente vou estar a pensar em ti e nesse corpo delicioso".
Não tive muito tempo para processar toda a informação. Harry  aproveitou a minha confusão para pegar na minha mão e começou a escrever um número na palma com a caneta que tinha tirado do seu bolso das calças.

"Liga-me. Nem que seja para phone sex." - disse sedutoramente, afastando-se de mim e dirigindo-se para o fundo do corredor.

Olhei atentamente para os dígitos gravados na minha pele. "Deveria de apagar isto... Ou não?"Enquanto a dúvida se instalava, decidi que era altura de sair dali, por hoje. 


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⏰ Last updated: Jan 06 ⏰

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