getou conecta kisha a mahito

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, uma semana antes do natal. Dez anos atrás

Aquilo que Getou estava dando a Kisha não era treinamento, era tortura.

O dia deles começava às cinco da tarde, se era final de semana ou feriado, às seis da manhã. O aquecimento da menina era exorcizar as maldições que residiam no cemitério, Getou havia dado a ela uma arma imbuída em energia amaldiçoada, ele era um mestre muito bondoso, estava querendo ajudar a menina. O problema é que a arma em questão era uma faca de serra.

Ela já chegava no templo arfando, no primeiro dia Getou ficou impressionado, não esperava que ela fosse sobreviver, depois da terceira semana ele mesmo foi colocando maldições no cemitério. Depois disso ele m̶u̶t̶i̶l̶a̶v̶a̶ ̶e̶ ̶d̶e̶s̶t̶r̶u̶í̶a̶ trabalhava a resistência corporal dela, vamos dizer assim.

— Você não pode ser uma boa feiticeira se não souber lidar com algo trivial como o calor. – Ele disse numa certa tarde, estava fazendo 37 graus e Kisha lutava contra maldições usando três agasalhos.

— Você não vai querer chorar na frente de um inimigo, né? – Já passado um tempo, ele resolveu machucar ela por conta própria. Lutava contra Kisha usando pouca força mas ainda era o suficiente para derrubar ela. Ele não tinha problema algum em quebrar os ossos dela, ela sabia se curar depois. — E você está usando espadas demais não acha?

— É que eu tô copiando o Zoro. — Ela disse com uma espada na boca, abafando sua fala. — É mais maneiro usar três espadas.

— Zoro?

— De One Piece. — Ele revirou os olhos com a explicação, chutando a barriga dela.

— Maneiro é só outra palavra pra idiota e você é mais inteligente do que isso.

Ele fazia de tudo, cortava, machucava, queimava, até mesmo arrastou ela nas escadarias que subiam o templo, ele só se dava por satisfeito quando ela não conseguia se manter em pé ou quando todas suas roupas estavam tingidas de sangue.

Mas aquele dia foi diferente.

— Você se atrasou. – Ele pontuou.

— Sinto muito sensei! – Ela se curvou. – Eu esqueci de pegar protetor solar e voltei pra casa no meio do caminho.

Ele riu, às vezes odiava como não conseguia quebrar essa animação dela, outra hora achava esse traço cativante.

— Você parece animada. Bem, vamos indo. – Ele iniciou a caminhada.

— Que horas vai passar o ônibus?

— Ônibus?

— O senhor disse que íamos a praia, vamos pegar um ônibus, certo?

Ele riu outra vez, eles foram para parte de trás do templo, havia uma porta comum ali, Kisha achava que dava em algum porão ou banheiro dos fundos.

— Você sabe qual o ápice do jujutsu? – Ele perguntou a ela, tocando na maçaneta.

— Eu li num livro uma vez. – Ela tentou se lembrar. – É aquela coisa de criar um mundo é... explosão? Não, calma. É expansão de domínio, não é?

— É, expansão de domínio. Ter todas suas técnicas aumentadas ao extremo é incrível mas sabe qual é a melhor parte?

— Qual, mestre Suguru?

— Sua expansão de domínio pode ser o que você quiser. — Abriu a porta. — Chegamos à praia.

Do outro lado da porta de madeira carcomida, uma linda praia apareceu, Kisha mal pôde acreditar naquilo. Feitiçaria jujutsu era algo realmente fora do normal.

#𝟎𝟑 conections╰☼╮𝐉𝐔𝐉𝐔𝐓𝐒𝐔 𝐊𝐀𝐈𝐒𝐄𝐍Where stories live. Discover now