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— Tá vestida? — Edward deu dois toques na porta do quarto de Evy.

Era feriado. Um dia depois de Evy ter lesionado o tornozelo.

— Edward? Entra — Evy convidou largando o livro que tinha em mãos e colocando ao lado da cama.

— Eu perguntei se você tá vestida palhaça — Edward brincou entrando com a mão nos olhos.

Evy riu.

— Depende do ponto de vista — brincou de volta — tô vestida sim idiota.

— ¿Estás bien, hermosa? — Edward perguntou sentando na ponta da cama — fiquei preocupado. Você ficou de me ligar e não ligou. Tentei te ligar mas não passava. O que aconteceu?

— Tava sem bateria — Evy deu de ombros — Edward?

— Hum?

— O que aconteceu de verdade? — O amigo encarou-a confuso — a Ashley realmente me empurrou sem querer? Eu sinto que tem mais algo aí e que você sabe exatamente o que aconteceu.

Edward pigarreou. "Como eu conto pra ela?" — Se perguntou — "Como eu conto que o garoto por quem ela está apaixonada está envolvido nisso?".

— Sim. Pelo que eu vi foi sem querer. Eu não sei de mais nada — Edward mentiu. E ele sabia mentir. Infelizmente, ele aprendeu a mentir cedo de mais. Aprendeu a mentir sobre seus sentimentos, aprendeu a mentir sobre o que sabia... Cedo de mais.

— Se você diz — Evy deu de ombros, confiando no amigo e deitou a cabeça no colo dele — eu confio em você.

***

— Oi gatona — Andrew parou ao lado de Evy enquanto ela arrumava seus matérias para sair da sala.

A menina ignorou-o. Odiava ser chamada assim. Achava o apelido extremamente superficial. Era só isso que era? Gata?

— Desculpa Evy — O rapaz segurou o pulso dela antes que ela saísse — voce pode me ouvir?

Evelyn relutou um pouco. Mas analisar o olhos pedintes de Andrew fe-la recuar. Queria saber o que ele queria.

— Fala — ela pediu, forçando desinteresse.

— Tenho saudades de quando a gente costumava conversar.

Enquanto Andrew colocava seu plano em prática, Evy tentava não se comover com o olhar "arrependido" do rapaz.

— Era só isso? — Evy forçou uma revirada de olhos.

— Não. Desculpa. — pigarreou — eu... Eu preciso da sua ajuda.

Se tinha algo em que Andrew era profissional, era nisso. Fingimento. Ele conseguia mesmo fingir quando queria.

— Você só me procura quando precisa — Evy sorriu sarcástica - o que você quer? Fala logo!

— Eu preciso de algumas lições de física. E você sempre foi ótima nisso. Preciso mesmo da sua ajuda, se não não vou poder continuar no time de basquete.

— E porquê eu te ajudaria? — Evy soltou o pulso das mãos do ex amigo.

— Em nome de todos os nossos anos de amizade Evy. Por favor. Você sabe o quanto o basquete é importante pra mim. Eu te imploro Principessa — Andrew implorou, usando de arma o apelido que costumava usar quando eram amigos.

Um Skate, Um Sorvete e Um SorrisoOpowieści tętniące życiem. Odkryj je teraz