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🦋Dylan🦋

*Segunda feira 14:30*

Saio da casa do fodido do Erick.

"É impressionante que aquele bêbado maldito não tem dinheiro pra cuidar das contas, mas tem dinheiro para gastar com as putinhas dele. Eu juro, estou a centímetros de meter bala na cara desse desgraçado."

Pego a minha moto e vou dar uma volta nessa cidadezinha de merda para esvaziar a minha mente e acalmar meus nervos. É impressionante que esse desgraçado consegue ser um bosta em menos de 30 segundos de interação.

Depois de um tempo dirigindo pela cidade, estacionei a minha moto em um lugar calmo perto de uma quadra de basquete onde tinha alguns meninos da minha idade jogando. Ainda em cima da moto, tiro o capacete e o coloco em cima do meu colo, cruzo os braços e fico os olhando jogar.

Sinceramente, eles não eram ruins, mas também não eram bons; a grande maioria tinha uma péssima postura e jogadas bem amadoras. Fico mais um tempo observando eles jogarem, porém minha mente não estava ali, por mais que eu tentasse, ela insistia em focar em outra coisa.

"Que bosta, eu vou ter que arrumar um emprego para ajudar a minha irmã a pagar as contas, porém é um pouco difícil eu arrumar um emprego sendo que todos dessa cidade de bosta ligam a imagem de bêbado, viciado, otário, tarado do Erick a mim. Ainda bem que minha irmã guardava dinheiro a muito tempo e conseguiu comprar uma casa para a gente morar, o único ponto negativo é que eu ainda tenho que manter contato com esse imbecil por conta do conselho tutelar, tomar no cu também viu, espero que eles entrem dentro do cu do outro e vão tudo pra puta que pariu"

Rapidamente sou tirado dos meus pensamentos quando sinto alguma coisa bater no meu pé,  olho para baixo e vejo que era uma bola de basquete. Desço da moto e passo meu braço dentro do capacete o fazendo ficar pendurado, pego a bola e vou em direção a quadra.

Antes mesmo de eu conseguir chegar perto da quadra, um menino alto, moreno e com cabelos cacheados vem em minha direção com um grande sorriso no rosto.

— Valeu aí, mano. - Pega a bola de minhas mãos. — Aí, eu reparei que você estava vendo a gente jogar, quer vir jogar também? - Pergunta com a voz alegre.

Eu olho para ele e depois para os outros meninos que estavam na quadra.

— Pode ser. — Volto para a minha moto e pego a chave.

Com isso o menino dá um sorriso e me puxa pelo braço me levando até a quadra, assim que entramos na quadra eu coloco meu capacete perto da arquibancada e minha chave dentro dele e volto pro lado do cacheado.

Assim que chego perto dele, os meninos que estavam em volta pararam de conversar e me olharam com caras desconfiadas. Um menino de cabelos loiros e com um nariz empinado vem andando até mim parando em minha frente. E meu deus, ele é muito baixinho comparado comigo e com o moreno ao meu lado.

— Quem é ele, Mackenzie?

— Ele estava ali sozinho olhando a gente jogar e como no meu time está faltando uma pessoa, resolvi chamar ele pra jogar com a gente.

Assim que o cacheado termina de falar o loiro me olha de cima a baixo com uma sobrancelha arqueada.

— Qual é Mackenzie, ele nem vai conseguir acompanhar o nosso ritmo. - Me olha com um ar de superioridade.

"Era só o que me faltava, um dos sete anões querendo se achar pra cima de mim, eu mereço viu."

— Pra um cara que joga basquete igual a uma criança de 5 anos você está se achando demais.

A Dama e o Vagabundo Where stories live. Discover now