Epic Jingle Bells

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Inspiração: Jingle Bells.

O manto branco dominava a paisagem além da muralha, onde o gelo se acumulava em dunas cintilantes de neve. Enquanto a noite se apossava do céu, um mosaico de estrelas começava a brilhar, tecendo uma tapeçaria luminosa acima. Entre elas, uma estrela em particular era o foco de todos os olhares. Conhecida como 'A Grande Estrela', sua aparição anual marcava um tempo de expectativa. Ela não era apenas um farol de esperança, simbolizando a renovação dos misteriosos poderes que a cidade Polar coletava, mas também um sinal que atraía aqueles com intenções sombrias.

Krampus era o nome dado a essas criaturas sinistras, cuja aparência lembrava uma bizarra fusão de rena, urso-polar, lobo-do-ártico e humano. Dotados de chifres retorcidos, olhos ardentes e uma pelagem que mesclava tons de branco gelo e cinza escuro, moviam-se com uma agilidade surpreendente para seres de seu tamanho. Durante aquela noite específica, chamada de Natal, eles emergiam de seus esconderijos profundos e assombravam a cidade Polar. Por gerações buscava-se compreender o propósito desses seres enigmáticos. Seria o poder da Grande Estrela o catalisador de sua aparição? Essa hipótese ganhava força, considerando que tal poder era coletado pela cidade e constituía sua principal fonte de energia.

"'A estrela!' alguém gritou, apontando para o céu. De fato, uma imensa massa de energia começava a cruzar os céus, assemelhando-se a um cometa, mas distinguindo-se dele pela sua intensa luz e pela cauda que derramava uma cascata cintilante sobre as colinas. Os sinos das quatro imponentes torres que demarcavam a muralha começaram a soar, um aviso duplo: o avistamento da estrela e, infelizmente, também dos Krampus. Emergindo da neve, em número incontável, as criaturas se aproximavam pela cadeia de colinas geladas, tendo a cidade Polar como seu alvo iminente.

Era o momento em que homens vestidos com seus uniformes vermelhos e brancos adentravam seus trenós, puxados por cavalos de porte forte. Esses homens, conhecidos como Noéis, começavam a realizar seu ritual de riso. Um após o outro, soltavam sonoros 'Ho Ho Ho', como uma forma de afugentar os medos e também demonstrar coragem diante do que estavam prestes a fazer: lutar contra os Krampus e salvar a cidade Polar.

As grandes portas da entrada principal se escancararam, e os trenós começaram a deslizar sobre a neve. Ao longo dos campos, seus ocupantes mantinham o ânimo, alguns ainda rindo pelo caminho. Outros, mais sérios, cantavam enquanto empunhavam suas espadas cintilantes, banhadas pelo poder da Grande Estrela.

Com a chegada da alvorada, após uma noite de coragem e desafios, a cidade Polar testemunhou a retirada dos Krampus, desvanecendo-se nas sombras da manhã nascente. Os Noéis, exaustos mas vitoriosos, reuniram-se no centro da cidade, suas vozes unindo-se em um canto triunfante. Enquanto a Grande Estrela desaparecia no horizonte, dando lugar aos primeiros raios do sol, um coro uníssono de 'Feliz Natal' ressoou por toda a cidade, celebrando não apenas a vitória sobre as trevas, mas também a renovação da esperança e a magia inquebrantável do espírito natalino.

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