thirty

352 34 4
                                    

¤ — KEHLANI.

Annie estava deitada nua, bem em cima de mim. Repito; Annie. Nua. Em cima de mim. Eu!

Minha consciência não pesou em momento algum, pelo contrário, ontem depois daquele whisky com o tio Will surgiu uma coragem em mim que não via há anos. Eu simplesmente arranjei um buquê de lírios no NATAL e vim atrás dessa mulher que faz morada na minha cabeça há semanas. Inclusive, vou começar a cobrar aluguel.

Não pensei de forma alguma que chegaríamos a esse ponto, pra mim, Annie me daria um tapa na cara assim que eu tentasse me aproximar dela. Mas ela simplesmente não fez. Apesar de ter sido firme a todo momento em sua decisão de não querer mais me ver (o que só me deu mais tesão), Annie quis tudo tanto quanto eu. E foi incrível.

Já transei com tantas mulheres, mas fazer o que fiz com Annie...eu nunca tive isso! Foi diferente, não só putaria mas posso dizer que houve muito sentimento, sentimentos que eu ainda não sabia distinguir. Consigo ouvir ela gemendo meu nome bem no pé do meu ouvido, pedindo por mais, minhas estocadas, o suor, nós duas gozando juntas...Transamos a madrugada toda do dia 25 e eu sei, porque já estava claro lá fora e meu relógio de pulso apitou dizendo que já eram 8h.

Senhor, eu sei que estou sendo infiel ao meu amigo, mas não me mande pro inferno.

— Você queria mesmo ser a primeira a me dar lírios? —indaga, fazendo automaticamente meus pensamentos calarem a boca.

— Sim. —respondo, acariciando suas costas— Eu sempre quis, só não tinha coragem.

— Mas para a Ava você teve, e bastante. —alfineta.

Deus que mulher ciumenta! — E eu me amarro...

— Com você tem todo um peso. —dou de ombros— Com ela não tinha importância.

— É? E por que então você fez?

Droga! Tinha hora que ela conseguia me pegar no pulo...Procurei palavras abrindo e fechando a boca várias vezes.

— Foi o que eu pensei. —Annie completa, voltando a deitar em meu peito.

— Estamos em paz, ok? Não estrague isso, ciumenta. —soltei sem argumentos, vendo ela rir.

Annie era tão linda, seu sorriso era lindo, seu jeito, corp...ou ou ou, que viadagem é essa? É a mulher do seu melhor amigo, acorda!

— Sério, Kehlani. —suspira— O que está rolando?

— Nós estamos nos recuperando do sexo. —ironizo, ganhando um tapa— Ai!

— Entre nós, idiota!

Ela não conseguia se segurar, sempre acabava rindo das minhas palhaçadas. E é isso o que eu gostava em nós.

Suspirei, pensando numa resposta. Já que na real, eu não queria que ela fosse minha confusão e;

— Eu vou contar pro Ash. —digo, um pouco mais séria— Talvez isso me custe nossa amizade, mas é o certo a se fazer.

— Tem certeza? —questiona e eu assinto, olhando— Ou podemos fingir que foi um delírio e você não volta mais.

Sei que Annie estava preocupada com nossa amizade, mas porra? Fingir que foi um delírio? — Eu finjo que é um delírio quando falo sozinha! Isso não foi um delírio.

— Que foi?

Ela questiona, após eu ter soltado um risinho com meus pensamentos.

— Você não acha que já tentei? —pergunto— Tentei fingir que foi delírio quando você me beijou, mas agora isso, —aponto pra nós duas— foi totalmente diferente. E você sabe.

— Está bem. —solta, depois do nosso pequeno silêncio — Eu só não quero estragar nada.

— Você não está estragando, Annie. Para com isso, amor.

Annie levantou a cabeça para me olhar, com um sorrisinho.

Amor? —disse, tentando imitar minha voz.

— Cala a boca.

Ela riu, voltando a pôr seu corpo em cima de mim, olhando dentro dos meus olhos. E eu pude observar cada detalhe do seu rostinho, a pinta perto da boca, os olhos verdes.

Droga...

— Kehlani. —chama.

— Hm?

Annie continuava com aquele olhar malicioso, como quem fosse aprontar a qualquer momento. Ela se afastou de mim e, ainda por baixo da coberta, senti sua respiração passar sobre meu abdômen e chegar ao meu membro. Annie o segurou (quando eu já tinha conseguido me acalmar), e deixou beijinhos em sua cabeça, por toda a extensão do meu pênis e eu revirei os olhos de tanto tesão novamente.

Logo ele estava todo em sua boca, uma de minhas mãos estavam em sua nuca a guiando e entre as pausas que eu dava pra fechar os olhos, conseguia vê-la nitidamente me observando, checando o quão gostoso aquilo estava e como ela me tinha na palma da mão.

— Não faz isso comigo, Annie...—gemi, enquanto recebia o famoso "parafuso".

— Não faço. —murmura, antes de me beijar.

Annie abraçou meu pescoço e eu troquei  de posição, ficando por cima. Nosso beijo sempre me envolvia, eu apertava seu corpo contra o meu e ela erguia o quadril na esperança de prensar meu membro em sua intimidade.

Já estava me dando calor, quando perdi a necessidade de provocar ela e a penetrei. Nós gememos de satisfação juntas e eu voltei à beijá-la.

Eu sou sua, Kehlani. —geme, me fazendo derreter— Eu sou completamente sua.

Puta que pariu...

ur best friend ¤ kehlani (G!P)Where stories live. Discover now