Destinados A Amar

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No restante do meu dia, nada me fazia esquecer aquele homem otário, insolente, convencido e sexy, que me deixou pirada no elevador, e pode acreditar que eu tentei, tentei e tentei muito, mas não resultou, no computador que eu deveria estar trabalhando, eu me vi pesquisando e babando nas fotos semi nuas dele, analisando o abdômen definido, as tatuagens dele, o v que se perdia em meio a sua calça e no fim, inevitavelmente, eu pensava no quão bem dotado ele seria para ser tão convencido assim, mas depois de horas vendo as fotos, lendo as teorias das fãs dele e tentando me convencer de que aquela perfeição era só Photoshop, era de se esperar que eu estivesse satisfeita, mas nãoooo, agora até eu estava preocupada comigo mesma, eu não estava acreditando que eu saí do trabalho e fiquei assistindo aos filmes em que ele aparecia ou protagonizava, que eu estava ocupada captando detalhes daquele ser humano e me iludindo com a actuação dele, até que finalmente tomei um pouco de juízo, e parei de ver tudo aquilo. Só podia ser carência.

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Um som começou a soar, e mesmo sonolenta, me forcei a tatear sob a comoda para achar meu despertador. O achei, e não era ele, o que significa que minha missão não estava concluída, por isso ainda sem abrir os olhos, procurei o meu celular e o achei, atendendo o mesmo sem ver quem ligava.

– Val, ... Vestidos... Se podíamos... E eu disse sim... Foi buscar... Tem problema?_ foi a única coisa que entendi após perceber que era Tina na chamada.

– não_ respondi meio grogue, mas parece que foi o suficiente e ela me deixou terminar com meu sono.

No horário certo, meu despertador tocou e eu me levantei, era 07h AM, fiz minha higiene pessoal, arrumei a casa, tomei um banho e finalmente fui trabalhar. Diferente do dia anterior, eu não estava perambulando pelas páginas de fãs de certa pessoa, mas sim estava trabalhando, me foquei em corrigir os designers novos para mandar ao departamento de marketing, analisar as vendas do período, enfim, eu finalmente tinha voltado ao normal.

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13:19
Após ser anunciada, Tina entra em minha sala e sorri_ vamos, temos que ir_ cruza seus braços.

– para onde?_ eu estava confusa.

– precisamos pegar os vestidos, depois ir ao salão, e ainda voltar a tempo de nos arrumarmos_ fala óbvia e então me levanto_ vamos, vamos, vamos_ ela me apressa e acabo rindo dela, já que sempre fui eu quem a apressou, bom, agora é a minha vez.

Enquanto ela dirige, falamos de assuntos aleatórios, então noto que ela estava dirigindo na direção oposta ao do atelier onde fomos fazer os vestidos.

– tá indo na direção errada_ alerto.

– como assim?_ pelos segundos que me olha, percebo sua expressão confusa.

– o atelier da Sarah, é pela outra saída_ aponto para trás.

– ah, não, nós não estamos indo para lá, eu falei para você na chamada_ explica.

– Tina, eu não lembro de nada que você disse naquela chamada, eu até achei que eu tivesse sonhado com sua ligação, e se não fosse pelo registro de chamadas, eu continuaria achando_ confesso e ela ri.

– eu sei que você não escutou, porque se tivesse escutado, não diria que não tem problema o Matt ir pegar nossos vestidos_ falou gargalhando.

– o que?_ a olho incrédula_ não é possível, só não reclamo mais porque eu não teria acordado para ir lá pegar_ ri junto dela e voltamos ao nosso papo aleatório sobre um seriado que estávamos assistindo.

Quando chegamos a casa do Matt, ela tocou a campainha e ele veio abrir descamisado, que filho da mãe, eu sei que é a casa dele mas precisava disso?

– eu não sabia que você vinha com uma praga, se soubesse teria me preparado para exterminá-la_ dá passagem para nós entrarmos.