O começo da minha tarde estava sendo ocupado por diversas pessoas, além de ter que me virar para ficar de olho em Arthur e Miguel correndo pelo o quintal, tinha que da atenção a companhia de Camila e Lavínia.

— Gente, que tal vocês irem na minha casa amanhã pra gente aproveitar a piscina? Só nós do grupo. — Lavínia sugeriu com um sorriso enquanto aproveitava um pouco do sol — Meus pais não vão estarão em casa e vai ser melhor.

Eu baixei a saia do meu vestido branco que continha babados em baixo e justo no tronco, não havia alças, apenas um tomara que caia. Estava vestida finalmente como me vestia no Maranhão, simples e sem estar enrolada em várias peças por conta do frio.

— Eu acho uma ótima idéia, só nós seis — falou Camila com um tom animador — Não é, Anny?

— Claro — respondi baixo.

Uma música familiar então tocou alto, estava vindo da cozinha e quando espiei pela janela, minha tia Beck estava ouvindo Luiz Gonzaga enquanto lavava as louças, ela parecia muito animada e nostálgica com a música. Todos os olhares se voltaram para ela.

— Que tipo de música é essa? — questionou Lavínia com o cenho franzindo.

— Forró — respondi me levantando.

— Forró? — ela arqueou a sobrancelha.

— Um patrimônio cultural eu diria, as músicas dele são maravilhosas. Chega até deu vontade de dançar. — Falei dando alguns passos.

— Me ensina? — Lavínia questionou me olhando e eu parei os pequenos passos, a encarando por longos segundos. Alternei meu olhar pra Camila que balançava a cabeça positivamente para mim, insistindo a dar uma chance.

— Ah, pode ser — Falei meio sem jeito e estendendo a mão pra ela — Não é muito difícil, é basicamente dois passos pra cá e dois passos pra lá — Passei a mão na cintura dela que parecia um pouco rígida no início e agarrei sua mão entre os meus dedos.

Não foi difícil para ela acompanhar os passos enquanto eu ensinava, na verdade, foi até divertido ensinar a alguém a dançar forró, ainda mais se esse alguém era Lavínia, algo que nunca pensaria em sequer imaginar que isso iria acontecer um dia.

— Deixa eu dançar com você também — Arthur apareceu atrás de mim com um sorriso no rosto, porém os dentes e seus lábios estavam sujos de chocolate.

— Claro, meu amor. — Peguei sua pequena mão e começamos a dançar de modo desengonçado.

Quando menos me dei conta, tava todo mundo dançando, meus tios dançando agarrados e até mesmo Flora estava rodando Miguel para dançar.

Quando menos me dei conta, tava todo mundo dançando, meus tios dançando agarrados e até mesmo Flora estava rodando Miguel para dançar

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Querido desconhecidoWhere stories live. Discover now