Após a Kingsman descobrir uma organização perigosa com projetos misteriosos, Eggsy recebe uma nova parceira para suas missões: Mia, uma nova agente Kingsman mal-humorada e dificilmente aberta para novas amizades, porém, por outro lado, uma lutadora...
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A missão era simples, Eggsy pensou. A única coisa que precisava fazer era se infiltrar em uma festa de gala com uma identidade falsa lhe entregue por Merlin, bajular o riquinho esnobe anfitrião da tal festa e encontrar os arquivos suspeitos em seu notebook. Não era difícil, ele havia feito missões semelhantes pelo menos umas trinta vezes durante seu tempo na Kingsman.
A conversa, para se dizer no mínimo, era extremamente entediante. Ele tentava ao máximo fingir interesse nos assuntos cansativos de pessoas ricas em que seu anfitrião e mais dois acompanhantes empresários dele haviam lhe metido. Essas eram com certeza umas das piores partes de ser um agente secreto: manter a fachada.
- Então o Lance... Lembram do Lance? - Um dos empresários tagarelava sacudindo uma taça de champagne em uma das mãos. Ele não os deu tempo para responder e então continuou: - Ele abriu uma nova filial no Japão. Tóquio, acreditam nisso?
Eggsy assentiu com a cabeça com um sorriso forçado nos lábios enquanto os outros acompanhantes comentavam sobre o assunto. Ele deu alguns passos para trás, afastando-se da conversa que continuava agitada, e falou o mais baixo possível para que ninguém ao redor o ouvisse:
- Merlin, já encontrou o computador dele? - Perguntou, correndo os olhos pelo salão movimentado.
- Estou quase lá, Galahad. Estou quase lá! - A voz de seu chefe ecoou da armação dos óculos até seu ouvido. Então, um bufo escapou pela sua boca e apertou os lábios em uma linha fina.
- Qual é, Merlin? Eu já tô de saco cheio dessa gente! - O agente reclamou baixinho, exasperado. Ele bebericou a bebida em sua taça e deu alguns passos de volta à conversa do anfitrião. - Se eu tiver que ouvir mais uma história de como esses babaquinhas abriram a própria empresa deles, acho que prefiro levar um tiro. - Murmurou, e ao perceber o olhar curioso que o empresário ao seu lado lhe lançava, forçou um sorriso falso nos lábios.
- Apenas faça o que faz de melhor: fale. Você é com certeza o agente mais tagarela da Kingsman inteira. - A zombaria estava mais do que presente nas palavras de Merlin, e Eggsy foi obrigado a segurar o xingamento que estava bem na ponta de sua língua, pronto para retrucar o chefe. - Acalme-se, Eggsy. Encontrei seu presentinho. - Merlin falou pelo comunicador, e Eggsy teve certeza que um sorriso satisfeito residia nos lábios do homem no outro lado da linha. - Quarto 67. Terceiro andar.
Eggsy anotou mentalmente as informações e engoliu o resto do martini de sua taça, voltou sua atenção à conversa do anfitrião com um sorriso falsamente simpático nos lábios.
- Com licença, senhores. - Chamou a atenção dos três homens para si. - Infelizmente, eu não vou poder ouvir o resto da história. Já deu a minha hora. - Com um sorriso de alívio mais real do que gostaria, ele não lhes deu tempo para que respondessem e deu de costas, a caminho de sua missão.
Quarto 67, Terceiro andar. Ele repetia consigo mesmo, enquanto suas passadas ficavam cada vez mais aceleradas e subia os degraus da escadaria.
Não demorou muito tempo para que encontrasse o cômodo que buscava. Fitou a porta grande e luxuosa com o cenho levemente franzido, não demorando para que seus olhos pousassem em um teclado numérico ao lado da maçaneta. Como já imaginava, ele precisaria de uma senha.
