Chap 66

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LUIZA'S POV

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LUIZA'S POV

Apesar de estar apreensiva, eu tinha ficado muito feliz que Valentina veio me acompanhar para me levar a sessão de terapia hoje, esse gesto de apoio e interesse dela foi extremamente importante.

Fui o caminho todo agarradinha nela e sentindo o cheiro gostoso que só ela tem. Valentina estava mais tagarela do que o normal, até fez graça com a moto, achei que íamos cair mas ela certamente sabia conduzir essa coisa. Assim que chegamos ela me desejou uma boa sessão e me deu um beijo, foi rápido mas muito carinhoso. O toque do lábio dela no meu sempre vai ter um efeito surreal em mim.

Entrei no prédio, chamei o elevador e fui diretamente para a sala. Doutora Milena sempre me esperava as segundas-feiras, e caso precisasse marcar ou desmarcar consulta, tínhamos o contato uma da outra. Nós havíamos criado um relacionamento muito legal, obviamente entendendo os limites já que ela é uma profissional, eu nunca ultrapassei nenhuma sessão ou a incomodei fora do consultório, mas vez ou outra chegamos a trocar algumas mensagens referente a algumas atividades na qual ela me passava.

- Boa noite, Lu. Pode entrar e fique a vontade.

Era um ritual, ela abria a porta com um sorriso simpático no rosto, dizia essas palavras e me acompanhava para dentro da sala. Ela se sentou na poltrona e dessa vez ao invés de me sentar no sofá a frente, decidi me deitar e notei que Milena escreveu algo em seu caderno.

- Sem observação a cor nova e o papel de parede da sala? - Questiona pacientemente.

- Doutora, eu sou previsível? - Falei encarando o teto, realmente o papel de parede que antes era estrelado, agora está em formatos de nuvens.

- Não sei, você é? - Suspiro e o silêncio paira no local por alguns segundos - Você é naturalmente observadora e rotineira.

- Observadora não - Nego com a cabeça - Com certeza deixei algo passar. Lembra que eu te falei que a minha namorada disse que se sentia incomodada com uma amiga?

- Sim, recentemente.

- Eu acabei tomando uma decisão errada e despertei um lado da Valentina que nunca tinha visto, tentei ser paciente, mas falhei. A questão é que essa amiga agiu estranho comigo no sábado.

- Ela agiu estranho somente no sábado ou ela vem fazendo isso a algum tempo e só depois do acontecido com a Valentina é que você conseguiu captar?

- A segunda opção - Digo derrotada - Me pergunto porquê Valentina não pediu que eu me afastasse dela.

- Lu, pelo que eu sei referente a tudo que você me falou e mostrou, sua amiga estava tentando uma aproximação errônea, ela parecia ignorar totalmente o fato de que você namora.

- Nossa, e porque você só me disse isso agora? - Ela ri.

- Você que precisava entender, só estou reafirmando.

- Entendi, eu estava em negação, mas por quê?

- Ela te deu atenção ou algo que talvez Valentina não fez?

- Não, claro que não. O problema está em mim. Pensei que seria bom sair um pouco da rotina conhecendo uma amizade nova.

- Você negligenciou os seus dois lados e provou das consequências.

- Isso causou um transtorno enorme. Depois do que aconteceu eu voltei a ter dúvidas sobre meu relacionamento ser a distância, mas ao mesmo tempo não quero terminar. Eu sou dependente emocional da Valentina?

- Não ela faz outra anotação - O seu medo constante é devido aos seus relacionamentos passados. Por mais que atualmente haja conflitos, vocês parecem se entender e buscam melhorar. Vamos lá trabalhar essa cabecinha - Ela fecha o caderno colocando sobre a pequena mesa ao lado.

- E la vamos nós - Falo fazendo-a rir.

- Isso mesmo. O que aconteceu no seu último relacionamento quando você teve uma crise de ciúmes?

- Eu fui chamada de louca e depois ameaçada de ser deixada para trás. Escutei um sonoro "melhore ou ninguém vai ter querer desse jeito" - Fecho os olhos ao me lembrar do ocorrido.

Hoje é um daqueles dias que eu vou sair da terapia emocionalmente frágil, sei que é importante falar sobre isso, mas sempre fico triste quando acontece.

- Alguma vez sua atual te disse isso?

- Nunca, pelo contrário, ela sempre faz com que eu me sinta digna de todo o amor do mundo e aí vem a questão: eu posso dar a ela tudo o que ela precisa?

- Os erros que as pessoas do seu passado depositaram em você, não devem ser repassados. Vamos trabalhar mais para que você se desprenda disso. Valentina te escuta, apoia e acolhe. Amor é importante, mas não é suficiente. Vocês tem uma base e podem se firmar diariamente em cima dela para que possam ter um relacionamento duradouro.

- E como eu faço para deixar essa droga de passado lá? - Falo já me sentindo exausta mentalmente.

- Com muitos exercícios de auto cuidado. Seus traumas de anos não irão desaparecer em dias ou meses. Abrace o seu processo - Fala de forma doce.

- Um dia de cada vez então.

- E o que temos para hoje é uma atividade. Sei que você ama - Me sento no sofá e dou risada de sua fala, ela sabe que eu não amo nenhum pouco fazer isso.

Milena explicou tudo que eu precisa fazer como "lição de casa" e isso envolvia muito a conversa que eu queria ter com Valentina. Ela me orientou a falar sobre coisas que eu escutei e ainda tenho receio de escutar novamente. Eu deveria falar também sobre o meu medo em relação a mudança e como eu achava que isso poderia nos afetar. Apesar de detestar, estou disposta a seguir as orientações a risca, faria isso nem que fosse necessário falar por cinco horas seguidas com Valentina.

 Apesar de detestar, estou disposta a seguir as orientações a risca, faria isso nem que fosse necessário falar por cinco horas seguidas com Valentina

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