Talvez um dia

Um dia

Como explicar uma relação tão perturbada ?
Como explicar tanta dor e sofrimento de anos?
Minha vida era perfeita até eu me encontrar com Bley, ele era 5 anos mas velho e por a minha infelicidade, seu pai era o melhor amigo do meu pai.
Minha paz chegou ao fim quando eu tinha 5 anos, toda vez que ele ia em minha casa ele me empurrava e me fazia comer todas as besteira que ele colocava.
Os anos se passaram e as maldades dele piora, eu tinha 10 anos e ele 15 ele quando me empurrou da escada e eu quebrei meu braço, ninguém acreditou quando eu falei que havia sido Bley e ele zombou da minha cara quando estava no hospital. É assim foi indo até eu completar meus 14 anos, ele estava com 19 foi o ano que eu tive paz novamente. O ano em que ele foi embora da cidade, eu fiquei tão feliz que fiz uma festa pequena com os meus amigos sem falar a ninguém por que estava tão feliz.
Anos se passaram e eu estava com os meus 23 anos, estava em um dia feliz mas também estava em um dia triste, teria que me despedi de meus amigos e dos meus pais para continuar minha faculdade em outra cidade. Estava no segundo período de medicina.
Ao chegar na faculdade uma moça muito simpática me informou que os veteranos sempre tinham que ajudar aos novatos, alguns já estavam em pós doutorado então sabiam de tudo. Mas por azar, ou sorte. escuto uma pessoa me chamando e ao me virar vejo quem era.
Bley.
Bley era o veterano que a moça estava falando, eu não podia  acreditar que o garoto que transformou quase 10 anos da minha vida um inferno estava na mesma cidade que eu, na mesma faculdade e ainda no mesmo curso.
- não quero sua ajuda.
- Ah é você ( ele revira os olhos e me olha com desdém quando percebe de quem estava em sua frente ) o que você tá fazendo aqui? Não me diga que é a nova 
O interrompo
- sim eu sou. Mas nem se preocupa a faculdade é grande espero nunca mas me esbarrar com você.!

Não ligando com a sua cara de ódio por ter me visto , saio do local e vou direto em minha sala. Passa-se duas semanas e eu estava pegando toda a prática da faculdade, das aulas e salas já havia feito uma amizade também.
-Eu estou tão feliz mãe (falo em uma vídeo chamada )
-que bom minha princesa, a mamãe promete que vai te ver no natal OK?? Não se esqueça de comprar verduras viu? E tome bastante água. Ahh e leve casado aonde você for!!
-ta bem mãezinha
desligo a vídeo chamada e saio de casa indo a faculdade, ao chegar na portaria vejo minhas amigas porém por a minha infelicidade vejo também Bley entrando resolvo o ignorar e seguir meu caminho junto as garotas.  Enquanto andava pelo corredor  sinto alguém me puxando pelo pulso, olho para trás e vejo que era Bley
- o que você quer?
- Espere um minuto, você já estar bem grandinha, não vejo mas graça de ficar zoando com você.
- Tá e?
- Eu queria que você me desse uma chance para me redimir
- Não.
- Não? Qual foi não seja assim
- Não seja assim? Você.. olha não vale nem a pena eu me estressar com você. Apenas não quero, e quero que continuamos a fingir que não nos conhecemos.
- Tá já que você não quer.. mas eu sei que você iria adorar a ir no parque que tem aqui.. batatinha frita, sorvete e pipoca eu sei que você ama
- Eu não tenho mas 14 anos Bley.
- Eu sei.. eu percebi (Bley me olha de cima a baixo e percebo a malícia que havia em sua fala)
- Credo vai se tratar !!

Me retiro de onde estávamos, e seguir até a minha sala. Na hora da saída resolvo pegar meu celular antes de ir ao estacionamento e vejo a seguinte mensagem

    - oi princesa. É o seu amiguinho.. você sabe quem eu sou. Estou lhe esperando no estacionamento.

Desligo o telefone e começo a apressar meus passos na tentativa de não me encontrar com ele, mas ao chegar perto do meu carro vejo que minha corrida foi em vão já que ele estava lá encostado no meu carro olhando para um poste que iluminava bem pouco mal dava para ver seu rosto, mas seus olhos pretos como carvão eram marcantes demais para uma pequena luz não focar neles.
- o que você quer hein? Você é insuportável!!
- Pra que essa agressividade? Você quer ?(ele estava se referindo do cigarro que estava na boca dele )
- Eu não fumo.
- Até onde eu lhe conheço você fuma sim
- Eu deixei.

Ele suspira lento e forte e sai de perto do meu carro, ele se aproxima de meu corpo e o sinto me puxando para um abraço
- o que você?(ele me interrompe )
- Shiu.. eu queria me desculpar por tudo,eu fui muito imaturo me desculpa eu não deveria ter deixado o ciúme me dominar por tanto tempo.. de verdade me perdoe.
- Não acredito em você.
- Vai porfavor Dahlia me dar uma chance

Não aguentava mas a sua insistência e sua humilhação por uma chance nova,então faço que sim com a cabeça e ele compreende o sinal, ele havia me chamado para irmos a um restaurante na sexta feira dessa semana. Não estava com a certeza se isso seria bom ou não, mas acabo por aceitar.
Passou os benditos três dias, chegou a tão temida sexta feira.. será que irei morrer hoje? Para não correr o risco de morrer feia coloco uma roupa bonita e confortável e faço minha maquiagem de sempre. Finalizei meu pequeno cabelo que bate até o ombro, ter cabelos ondulados é o meu verdadeiro surto diário. Estava terminando de passar meu gloss e escuto Bley batendo na porta.