2- Novo rei e adeus.

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   Minha mãe nunca foi a melhor mãe do mundo, e eu por muito tempo nem a considerava como mãe

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   Minha mãe nunca foi a melhor mãe do mundo, e eu por muito tempo nem a considerava como mãe. E não foi porque ela me maltratava ou algo assim, até porque ela não fez isso, mas isso aconteceu pela falta de convivência. eu e meus irmãos fomos criados por babás até 16 anos, que foi quando minha mãe achou que já estávamos prontos o suficiente para a vida adulta. Mas eu sempre amei ela, e eu sabia que ela me amava também.

  Minha mãe conviveu mais com Edward, por ele ser primogênito e homem, mas também não foi muito.

  Na minha infância, eu a vi somente algumas vezes, ou quando ela ia me ver quando eu estava doente, quando eu ia mostrar o que as criadas haviam me ensinado ou quando havia acontecido algo e toda a família real britânica deveria comparecer, como alguns eventos. mas eu nunca senti aquele sentimento de que algo estava faltando.

   Beatriz já foi outra história, nossa mãe sempre estava ocupada após o nascimento dela, e Bea sempre se chateou muito com isso, ela também sempre corria atrás de nossa mãe. E eu não consigo imaginar como ela está depois de ser informada sobre está notícia.

   Edward, sempre sonhou com o cargo de rei, mas eu sei que ele também está deprimido com a morte de nossa mãe. Assim como eu. Ela pode não ter passado muito tempo comigo, mas eu amava minha mãe, e eu não sei como será daqui pra frente.

   Ela já estava doente, e a causa oficial da morte foi um derrame cerebral.

  Agora será o funeral da rainha, será um funeral simples somente com a família e alguns conhecidos da alta nobreza. Mas como sei que muita gente vai estar na frente do cemitério real, coloco meu véu no rosto.

   Eu e Bea vamos de carro, e Edward vai de carruagem pois após o funeral será sua coroação.

  Beatriz está muito abalada, e eu não queria estar aqui. Não sei como reconforta-la, não sei como me reconfortar. Eu não queria estar aqui, gostaria de fingir que minha mãe está em seus aposentos olhando suas antigas pinturas, ou tocando piano. Eu não quero olhar para um caixão onde a mulher que me deu a luz estará sem vida.

  Eu sinto necessidade de colocar tudo para fora com minhas lágrimas, mas estou em público, e se eu chorar, Beatriz também irá. Eu não quero ver minha irmã caçula chorar. Seguro sua mão com força querendo passar a mensagem que está tudo bem.

  O cemitério é coberto de grades, quando olho para elas vejo uma silhueta muito familiar. Era o Tom. Eu estava com medo dele me reconhecer por conta que o véu era fino, então virei o rosto.

  O funeral já havia começado e eu não queria ter que me despedir da minha mãe, mas eu não poderia causar desordem em público. As pessoas que estavam lá fora ficaram em silêncio por respeito aos entes da rainha. Soren também está aqui empenhando o papel de meu noivo, e eu gostaria que ele não estivesse aqui, mas Edward fez questão que ele estivesse aqui, e eu não quero contrariar meu irmão.

  Após um tempo olhando somente para o chão, o coveiro anunciou que iria fechar o caixão e enterra-lo. Só assim então, eu olhei para minha mãe, mas não consegui segurar o choro. Fui rápida em parar antes que alguém percebe-se.

  Assim que o funeral acabou fomos direto para a coroação. Edward fez o juramento de coroação e foi ungido nas mãos, peito e cabeça com óleo sagrado pelo arcebispo.

  Fico feliz por ele estar realizando seu sonho de infância, e espero que seu reinado dure bastante. Agora meu irmão deveria se casar e conceder herdeiros para a coroa.

  Quando chego aos meus aposentos troco de roupa e faço uma maquiagem leve. Preciso tomar um ar.

  Vou novamente para o bar do Thomas, preciso de alguém para conversar, Andrew estava visitando sua família em Burford. Então eu iria passar um tempo com meu "amigo".

— Tom?–Falo procurando ele. O bar estava meio cheio.

— Cath?– Ele fala aparecendo atrás de mim segurando algumas bebidas. — Sente em algum lugar, eu já vou atrás de você!

   Eu faço o que ele pediu e espero ele por uns 10 minutos até que ele se senta ao meu lado.

— Quer suco de laranja ou você quer bebida?– Ele pergunta sorrindo.

— Acho que hoje pode ser diferente. Algo novo.– Ele me trouxe uma cerveja.

— Você ficou sabendo que agora temos um novo rei?

   Bebo da cerveja:— Horrível! –
Mas mesmo assim bebo cada gole que estava naquele copo.

— Se é ruim por que bebe?– Eu bebo um pouco mais.— Desse jeito vai ficar bêbada.

— Hoje eu posso...– O que eu sabia que era claramente uma mentira. Eu deveria estar no palácio, e se alguém me ver bebendo na rua terei sérios problemas.
Já estava sentindo uma tontura, até porque sou muito fraca para bebida e não tenho costume com cerveja.

— Cath, acho melhor você beber uma água. E me diga onde você mora para que eu possa te levar embora...– Foi a última coisa que eu ouvi antes de apagar por completo.

Royals - Tom HollandOnde as histórias ganham vida. Descobre agora