Não me deixe

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Agoniada, estressada e nervosa. Era assim que Luísa se sentia. Andando de um lado para outro.

— Eu preciso fazer algo. Isso está me matando — ela diz passando a mão pelos cabelos.

Todos os sentimentos de anos atrás retornaram com força. Dessa vez, ela não podia mentir, não podia fugir. Esse sentimento que ela tinha guardado voltou e, voltou muito mais forte que antes.

Aquele há quem ela havia julgado tanto, foi quem mais a ajudou nos últimos meses. Ele estava lá. Estava sempre sendo seu porto seguro. Sempre há respeitando e dando todo o espaço que ela necessitava.

Ela sabia o que sentia. Sabia. Tinha certeza! Mas porque era tão difícil? Ela queria ele. Queria beijá-lo. Queria se jogar em seus braços, beijar cada sentimentro do rosto dele, queria, o queria como louca.

Criando um pouco coragem, ela diz a se mesma — Chega! É agora ou nunca.

Ela pega a chave do carro e sai em direção à porta. Assim que ela sai pela porta, ela avista o carro de César.

O carro estava um pouco afastado da casa da mulher. Ela se aproxima e fica na calçada observando, um pouco de longe, o homem descendo, com uma sacola na mão.

Seu coração bateu mais forte e o ar faltou em seu pulmão. Ela espremeu os lábios tentando conter o nervosismo.

— Luísa? Vai sair? — ele questionou se aproximando

— Eu… eu ia na sua casa, falar com você.

— Ah, pode falar. — diz entregando a sacola para a mulher.

— Eu...

Ah, coragem… cadê você? Por favor!

Respirou fundo, juntando todas as forças para confessar esse sentimento antigo.

— Me desculpe falar assim de repente… mas…

Coragem Luísa, Coragem!

— Eu estou apaixonada por você — ela fala sem rodeios.

— Luísa, você já está muito grandinha para está fazendo esse tipo de brincadeira — ele fala desconfortável.

— Eu não estou brincando — afirmou.

— Luísa, por favor! É melhor para por aqui. Não quero me machucar de novo.

— Eu quero ficar com você... — deu um passo à frente.

— Você já brincou com os meus sentimentos, uma vez. O que me garante que você não vai brincar comigo de novo? — diz a interrompendo.

— Me perdoe, eu estava confusa — ela suplica

— Entenda, que mesmo que eu queira te perdoar. Eu não posso e não quero. Você me machucou, Luísa. Me deixou no chão, arrasado e agora me pede uma chance? — respirando fundo, ele continua:

— Eu não tenho forças para odiar você.
Mas, não vou permitir que meu coração seja novamente pisoteado por você, não vou me iludir novamente... — disse com lágrimas nos olhos.

— Por favor! Me perdoe, me perdoe, por não ter entendido os meus sentimentos antes.

— Por mais que eu tente… não consigo acreditar nas suas palavras. Não me implore, eu não posso e não quero mais amar você. Você traiu o meu amor.

— Eu vou te esquecer. Nem que seja a última coisa que eu faça — lágrimas escoria pele face do homem. — É tarde demais para falar que você se arrepende — ele afirma. — Eu não quero e não vou mais sofrer.

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