Indigno

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O vento me toca
Com a aspereza de quem sabe,
Sabe que hoje não sou mais nada
Que me olho e vejo apenas pele, carne,ossada

Oco a procura de um perdão
Correndo e correndo em vão

Continuo vivendo com medo
O vento sempre atento,
Do fato de eu me esconder,
Sabendo que eu não vou esquecer

E não posso me perdoar
Não posso sequer continuar
Sabendo que pude fazer o que fiz
Aceitando que não tenho o direito de ser feliz,
Aceitando a minha execução
Porque não mereço redenção.

Mereço o ódio!
A mágoa!
E a decepção...

Porque é o que sou
E isso?
É tudo o que me restou.

Rayssa S.S



Alma Vazia, Apenas PoesiaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora