Cap. 19

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Na manhã seguinte, Poncho dava ré com seu carro, quando escultou um grito, e um barulho, ele travou o carro e desceu correndo.

Poncho: Meu Deus! - falou ao ver o menino do aeroporto caído no chão, segurando um braço e chorando baixo.

Xxxx: MAMÁÁÁÁ - Poncho se arrepiou, com o som estridente daquela voz infantil. - ¿Qué hiciste ahora miguel? - A menina parou do lado do menino caído, e falou com as mãos na cintura olhando.

Poncho: Cadê sua mãe? - olhou os dois.

Xxxx: Oi me chamo Mia! Na verdade Maria, porém Papá me chamava assim - a menina disse sorrindo.

Xxxx: MÍAAAA.. - a mesma mulher do aeroporto.

Mia: Lá vem a Mamá.. - sorriu.

Mamá: Qué paso? - olhou eles.

Poncho: Eu dei ré, mas eu não vi ele. -disse desesperado.

Mamá: Miguel! Vamos! - levantou o menino.

Poncho: Vamos para o hospital! - olhou.

Mamá:  Eu levo ele, e te mando a conta! - encarou ele.

Poncho: Oii? - encarou a mulher.

Mamá: Eu levo ele, e te mando a conta! - disse levando o menino, Poncho ficou desacreditado.

Mia: Não liga não, Miguel é quieto e nunca sabemos onde ele está, vive se metendo - ela sorriu, levantando a bicicleta do irmão. - Tchau! - correu com a bicicleta e pulou encima dela com tudo e saiu pedalando atrás da mulher e do menino, Poncho ainda olhava a cena incrédulo.

Alguns dias depois, era final de tarde, quando ele chegou do serviço e viu o menino que estava com uma tipóia, e a menina sentada no meio fio.

Poncho: Tá tudo bem? - ele disse ao sair do carro.

Mia: Miguel quer te falar algo. - ela disse olhando o irmão.

Miguel: Des...cu...pa - disse olhando para o chão.

Poncho: Eii tá tudo bem, eu não vi você, e pode ser que você também não tenha me visto - abaixou na altura do menino e colocou uma mão no ombro dele, ele olhou a extensão do braço de Poncho e sorriu, o abraçando, Mia que olhava a cena, levantou rapidamente assustada.

Mia: O que você tá fazendo? - olhou os dois.

Poncho: Eu.. - disse vendo o menino agarrado nele, sem entender.

Mia: O Miguel não abraça ninguém.. - olhou ele, logo o irmão soltou Poncho e saiu correndo seguido da irmã, Poncho sorriu vendo os dois correndo e entrou em casa.

Isa: O que foi aquilo? - olhou o marido.

Poncho: Esses dias eu dei ré, e atropelei o garoto, e hoje ele veio pedir desculpas talvez por não ter visto o carro - sorriu.

Isa: É bom você ter relação com crianças, quem sabe não decide reverter a vasectomia e tenhamos um filho. - sorriu.

Poncho: Não Isa esse assunto não! Eu fiz e não vou reverter, você casou sabendo dessa minha decisão. - disse subindo as escadas.

Isa: Adoção? - olhou ele.

Poncho: Talvez Isa! - disse sem olhar para ela.

Campanhia..

Mia: Oi! Ah oi moço tudo bem? - disse ao abrir a porta.

Poncho: Oi Mia, sua mãe está? - olhou ela.

Mia: Mamá! - gritou com a voz estridente, e logo a mulher se aproximou.

Mamá: Sim! - encarou Poncho.

Poncho: É que a senhora ficou de mandar a conta do hospital, e eu fiquei esperando, como não veio eu vim saber quanto deu, como vamos proceder com isso - disse para ela.

Xxxx: Você acha que vamos nos humilhar com uma conta de hospital? - uma voz feminina firme, mas com tom de ameaça, veio das escadas, era ela, Poncho tinha certeza, descalça, short jeans uma blusa de alça fina, os cabelos soltos e óculos.

Poncho: Anahí! - os dois se encararam.

Any: Mamá! Obrigada, eu converso com este senhor - a mulher entrou e Any deu passagem para ele, que entrou e os dois foram para dentro de uma porta do lado da entrada, um pequeno escritório.

Poncho: Por onde andou? Você tá diferente! - disse encarando ela.

Mia: Mãe! É injusto eu ter que ajudar mamá com Miguel, eu sou uma criança. - disse brava da porta.

Any: Filha, a mamãe está com visita, você pode...

Mia: Me desculpa! Mas mesmo assim é injusto. - fechou a porta e saiu, Any sorria olhando a porta.

Poncho: Você não abortou! - olhou ela.

Any: Sim! - ela cruzou os braços encostou na mesa e o encarou.

Poncho: Eles tem o que? Seis, sete anos? - falou ofegante.

Any: Isso! - ela disse tranquila.

Poncho: Então são meus... - foi interrompido.

Any: Eiii..  são seus nada! Eles são meus! Eu aceitei o fato de estar grávida aos 17 anos! - encarou ele.

Poncho: Anahí, eu acreditei que você havia tirado! - disse colado nela.

Any: E eu acreditei que você era bonzinho Alfonso! - sorriu.

Poncho: Eu quero reconhecer o DNA! - encarou ela.

Any: Para que? Confundir a cabeça das crianças? Chegar e falar oi eu sou o pai que deixou a mãe de vocês, por conta de umas fotos ridículas. - encarou ele brava.

Poncho: Você teria acreditado nas fotos. - debochou.

Any: Não Alfonso, sabendo quem era meu ex, e minha irmã, eu teria acreditado em você, quem me prometeu amor, carinho, cuidado e confiança! Você quer saber quanto ficou o hospital, certo? - virou e pegou um papel. - Aqui está, deposite! - entregou e ele pegou olhando o papel.

Poncho: Eu vou atrás dos meus direitos! Porque eu sei que tenho, e se eles forem meus eu vou exigir os meus direitos e o tempo perdido! - falou bravo, e sentiu a mão dela se aproximar e ele segurou no punho dela.

Any: Eu odeio você! - disse entre dentes.

Poncho: E eu mais ainda! - disse muito perto dela.

Irmãos em GuerraWhere stories live. Discover now