18° Capítulo

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Chegamos à mesa em que papai e mamãe estavam, percebi que Jonathan já havia chegado com sua acompanhante. Agora não havia nenhum lugar a mesa para sentarmos. Imaginei que isto seria obra da mamãe. 

- Sophy está é a Patrícia. Ela é daqui e acompanhante do seu irmão.

Ela se levantou e sorriu.

 - Prazer Princesa. - Patrícia estava com um vestido que ia até seu joelho, a cor era rosa e cheio de babados, seu cabelo loiro era grande e estava com as pontas cacheadas. Tinha olhos azuis e bochechas rosadas dando atenção a sua pele branca. Seu salto era de mesma cor que o vestido e seu sorriso era falso e eu tinha certeza disto. 

Jonathan estava com seu terno que eu havia pegado na loja e estava arrogante naquela roupa, como eu era sua irmã eu não enxergava sua boniteza, mas outras garotas me matariam se eu dissesse isto em voz alta. Seu cabelo loiro estava penteado para o lado, na verdade ele mal havia penteado o cabelo, só havia passado a mão para ajeitá-lo, conhecia bem esta arte.

 - Por favor, Sophy, prazer. -Alexander me cutucou e então percebi que iria dizer algo, mas eu intervir. – Mãe isto foi idéia sua né?

Ela sorriu e então jogou um beijo para mim. 

- Boa parte do plano sim.

 - Okay. Tchau.

Puxei Alexander até chegar lá do outro lado oposto onde minha família estava. Praticamente um lugar isolado. 

- Pode me contar agora? -Olhei para ele e balancei a cabeça negativamente. – Se você não contar eu vou ai te agarrar e levá-la para a pista e depois te beijar. 

- Nem sonhando você vai fazer isto.

- Então...

Ele começou a sorrir e então pegou a minha mão. 

- Posso contar quase nada. 

- Não importa. -Suspirei e ele segurou minha mão mais forte. 

- Acho que estou ficando louca. Estou ouvindo coisas estranhas e vendo coisas além do normal. 

- Desde quando nossas vidas são normais? 

- Sim, mais isto é diferente. Quando eu disse daqueles quadros não foi à toa, foi por que escutei alguém falando algo dentro da minha mente, e então as duas mulheres do quadros mudaram as cores de seus cabelos e olhos, e ainda mais, era EU naqueles quadros. Depois no labirinto eu sabia as entradas e saídas de lá, sabia o caminho certo e os caminhos errados por isso eu consegui chegar ao centro depois de anos sem que outro alguém conseguisse e sair de lá sem problemas. Tive várias imagens passando na minha mente sobre eu pequena e adulta, mas em época diferente e cabelos brancos e olhos cinza claros. Avisaram-me também que alguém iria conversar comigo sobre o que esta acontecendo. 

Alexander estava boquiaberto depois das palavras sendo disparadas de uma só vez.

Depois de alguns minutos só me olhando, ele resolveu falar algo. 

- Quem lhe avisou? E por que não me contou isto antes? 

- A Sofia. Eu pensaria que você me acharia louca e espalhasse para todos. - Ele deu um sorrisinho torto e então se aproximou de mim, ficando a pouquíssimos centímetros de distância. 

- Eu não faria isso com a pessoa que eu amo. -Arregalei os olhos e engasguei com a saliva, ficando ainda mais vermelha do que já estava. Então um garçom apareceu com um copo d'água e Alexander pegou o copo me entregando. Tentei respirar normalmente para que eu pudesse beber a água em paz. – Não achei que teria essa reação Princesa. 

- Sério? – cof, cof. – Não me diga.

Ele começou a rir, mas sabia que o que ele disse estava falando sério. 

- E a brincadeira acabou. Eu estava falando sério, Princesa, eu realmente me sinto desta maneira, não consigo mais fica longe de você, e não sou só eu. E agora iremos dançar.

 - Oi? - O fedelho levantou e depois veio ao meu lado esperando que eu colocasse minha mão em cima da sua.

 - Me daria à honra desta dança? É uma valsa. 

- Hm, acho que não, sabe não me dou muito bem com vestido salto e dança ao mesmo tempo. 

- Qual é! Vamos lá. - Ele se ajoelhou e segurou minha mão sorrindo.

- Sophy Fray, você irá dançar comigo ou então eu começarei a gritar sobre o que eu sinto por você e depois te levarei para o quarto. 

- OKAY! Eu danço com você. -O fedelho sorriu vitorioso, então se levantou e me puxou para a pista de dança onde eu parcialmente não me encaixava. A dança era valsa do imperador. – Você sabe dançar a valsa do imperador? 

- É este o nome? Bem, que seja. Seu pai ensinou para o meu irmão e ele me ensinou por que claro, tipo, eu iria dançar com você. Pensei que você, na verdade, do jeito que você é, eu pensava que você não iria dançar por não saber, mas eu estava errado. 

Olhei para o lado e sem querer fiz biquinho. 

- Não tenho culpa por não alcançar as expectativas de ninguém. 

- Mas a minha você alcançou. Linda. – Ele apertou de leve a minha mão que estava envolvida pela dele. – Divertida. – Depois me puxou pela cintura para ficar mais perto dele, praticamente colada em seu corpo, agindo como se eu pudesse quebrar, mas nunca perdeu a postura e o sorriso perfeito. – Única. Você é meu paraíso proibido Sophy. -Ele estava se aproximando do meu rosto e então suspirou. – E acho que não ficarei mais tempo sem conseguir te beijar. -Alexander estava muito perto, mas enquanto ele foi falando aquelas palavras devagarzinho ele foi me imobilizando. Muito esperto da parte deste sem noção. 

- Princesa Sophy. - Alexander parou e então aliviou um pouco a mão em minha cintura e depois relaxou os ombros. Samy estava do nosso lado com seus cabelos soltos e lindamente cacheados de forma natural, em seus olhos não trazia nenhuma maquiagem se quer só o que mudava era seu vestido azul claro que combinava perfeitamente com suas curvas e volumes. Tinha um decote de gola V e o vestido parecia ser leve como uma pluma. 

- Samy. -Sorri e fui abraçá-la e que bom que eu fui retribuída senão pegaria pesado para o meu lado. Alexander voltou a pegar minha mão me puxando para seu lado. – Que bom vê-la. 

- Para mim também Sophy. - Ela sorriu e então olhei para Alexander dizendo que ele tinha que fazer algo. 

- Prazer Princesa Samy. - Ela olhou para o fedelho e então sorriu. E como da primeira vez que me viu, Samy fez uma reverência.

- Prazer o meu. Sophy é este com quem irá se casar agora? -Corei e olhei para o chão, já Alexander sorriu timidamente e olhou para o lado e então ela olhou para nossas mãos dadas e foi ai que eu livrei minha mão da dele, mas de nada adiantou por que ele ficou me puxando cada vez que me soltava dele. – Que ótimo que não será com meu irmão.

Ela pulou de alegria e abraçou-nós dois, e eu fiquei surpresa, tão surpresa que naquela hora estava procurando meu queixo que eu havia perdido.

 - É... O que? – Alexander ainda estava tentando assimilar aquele argumento, mas mesmo assim perguntou.

Samy sorriu e girou na ponta do pé.

- Depois contarei. Podemos ir para outro jardim? 

- Tem mais jardins? – Perguntei ansiosa e o fedelho olhou para mim sorrindo, Samy assentiu com a cabeça e nos carregou para outro lugar além de onde estávamos ou por onde havíamos passado. 

The Wolf (REVISÃO)Where stories live. Discover now