capítulo dois

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Agora que o verão terminou, os dias pareciam mais longos e cansativos e isso acontecia porque as aulas voltaram.

Os corredores estavam cheios de alunos animados e histéricos, isso até poderia ser considerado normal se não fosse oito da manhã. Entre essas pessoas também se incluí Magali, que não calou a boca desde o momento em que saiu de casa e chegou no colégio.

— Você parece um zumbi com essa cara. — Magali comentou colocando as mãos na cintura enquanto te olhava, você suspirou pesado.

— São oito da manhã. — você respondeu como se fosse óbvio.

— Suas olheiras estão fundas, deixa que eu resolvo isso.

Você franziu seu cenho, Magali tirou um corretivo de emergência que era utilizado especialmente para casos em que você parecia uma morta-viva —, e passou com delicadeza na sua pele. Magali estalou a língua assim que terminou e guardou o corretivo.

— Obrigada, você é a melhor. — você disse alegremente, Magali sorriu divertida pelo elogio.

Assim que o sinal tocou, você se despediu de Magali e entrou na sua sala se sentando na sua mesa, não demorou muito para que os outros alunos também chegassem junto com o professor que deu início às aulas.

— Vou passar um trabalho em dupla para vocês. — o professor pontoou olhando um caderno, muitos alunos protestaram contra essa ideia.

— Trabalhos, já?!

— As aulas só começaram semana passada, professor!

O professor suspirou pesado enquanto os alunos protestavam cada vez mais alto, ele segurou o livro e bateu na mesa para que todos se calassem e pudesse esclarecer cada dúvida.

— Oiçam primeiro. — ele pontoou num tom sério, os alunos ficaram em silêncio e ele limpou a garganta, prosseguindo — Estou dando um trabalho com antecedência para que vocês possam se organizar corretamente até à data de entrega que será daqui a dois meses e assim quando chegar o dia, vocês não reclamam.

Os alunos suspiram e concordaram com a cabeça, o professor limpou a garganta antes de comunicar mais informações sobre o trabalho.

— Ah, sou eu que vou escolher as duplas. — mais protestos infelizes dos alunos e outro baque na mesa feito pelo professor.

Enquanto o professor apresentava cada dupla, as pessoas com quem você se dava bem foram diminuindo gradualmente enquanto o seu desespero aumentava significativamente.

— Atsumu e (Nome).

Quando o seu nome saiu da boca do professor junto com o de Atsumu, sua reação foi bastante expressiva e talvez a de Atsumu também já que Osamu e Suna soltaram uma gargalhada assim que olharam para vocês dois.

Por mais que você quisesse protestar sobre essa escolha, era impossível fazer aquele professor mudar de ideias sobre algo que já foi decidido, mas sempre existem pessoas que não conseguem ficar caladas.

— Professor! — Atsumu protestou infeliz e você fez uma careta, afinal o sentimento de infelicidade era mútuo.

— Não vou mudar as duplas, Atsumu. — o professor respondeu simplista, Atsumu bufou e cruzou os braços.

— Não quero trabalhar com ela. — Atsumu disse num tom irritado, você abriu sua boca em choque pela confissão de Atsumu.

— Hã? E você acha que eu quero trabalhar com você? — você rebateu no mesmo tom que ele usou, o professor suspirou pesado.

— Todos querem. — Atsumu respondeu dando de ombros, você estalou a língua e abriu um sorriso maléfico.

— Até mesmo quando você fica com medo de cachorros? — você sussurrou para que só Atsumu pudesse ouvir.

𝐋𝐔𝐂𝐊𝐘, miya atsumuWhere stories live. Discover now