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Acordei bem cedo e já me arrumei para descer até o mercado

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Acordei bem cedo e já me arrumei para descer até o mercado. Precisava apenas comprar um pacote de absorventes, mas acabei comprando legumes, pães, bolo, suco, frutas e um estoque de cozinha.

Meu carrinho estava lotado e fiz questão de comprar os ingredientes da minha receita favorita, os muffins de amora, e em seguida procurar o caixa que estava mais vazio.

— A garota da cafeteria! Oi! — Ouço uma voz chamando minha atenção e só então me dou conta de onde vinha, o rapaz que foi supostamente o "primo do Dennis" no dia em que conheci a Bloom.

— Elsa, prazer. Não nos apresentamos naquele dia — O rapaz de cabelo castanho, maxilar travado e nariz romano estende a mão para me cumprimentar.

— Nico Visart — Aperto sua destra e em seguida o nome se acende na minha mente como uma lâmpada.

— Você é ator, não é? Outro dia estava acompanhando um grupo que disse que seria um dos diretores mais jovens do set em que gravariam. Faço artes cênicas, quase terminando o curso. — As sobrancelhas arqueiam em surpresa e em seguida ele começa a rir.

— Acho que fui pego — Levanta ambas as mãos em rendição e depois me entrega seu cartão — Aqui, meu primo que por acaso se chama Dennis, mas não trabalha na policia, entrou esse ano no curso de artes cênicas, ele me falou sobre você, fui convidado pra participar do próximo ensaio, meio que estou de caça talentos em Nova York.

— O que não vai faltar aqui são talentos — Afirmo e ele concorda imediatamente.

— Disso eu tenho certeza! — Diz com convicção e por algum motivo me sinto incluída, aquilo me da um relampejo de alegria.

Ao mesmo tempo um pouco de receio. Como mesmo uma pessoa com dificuldade com o público quer ser atriz? 

Quando chega minha vez de passar as mercadorias, me despeço do Nico e pago as compras. Depois, tento ligar para a Bloom do meu carro antes de dirigir de volta para o prédio, mas ela não atende.

Na verdade a chamada nem é efetuada.

Desligo a tela do celular e deixo o aparelho no banco do carona, em seguida ligando o carro para dirigir rumo ao prédio.

{...}

Quando chego na portaria do prédio com as compras, tenho algumas ligações da minha irmã Anna. Ela vai se casar em alguns meses com Apollo e está simplesmente ficando maluca com a preparação.

Sempre foi mais sentimental que eu nesses sentidos.

Quando estou para apertar o botão do elevador, vejo um rapaz alto com semblante apreensivo andando de um lado pra o outro na porta do elevador, ele segura um buquê de flores e faz com que eu franza o cenho.

Era Um Adeus Naquele Inverno Where stories live. Discover now