𝖈𝖗𝖆𝖛𝖊 (𝖛𝖎𝖓𝖙𝖊 𝖊 𝖔𝖎𝖙𝖔)

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– 𝖉𝖗𝖆𝖈𝖔 𝖒𝖆𝖋𝖔𝖞 –

Minha mão permaneceu na mão de Delilah enquanto ela estava deitada na cama do hospital, com os olhos fechados.

É claro que, a cada segundo que eu recolocava minha mão na dela, ela era empurrada para longe de Cedrico.

Eu deveria ter percebido isso desde o início, deveria ter entendido por que ela não me deixava ver sua mente. Porque ela não estava em seu juízo perfeito. Ela foi compelida. Por quem, eu não sei, mas me irrita o fato de eu estar tão cego pela mágoa que não vi isso. Não vi que ela estava tentando me dizer o tempo todo que realmente não se lembrava de ter beijado outra pessoa. Ela beijou outra pessoa, mas não foi culpa dela.

E agora, ela está em uma condição horrível por minha causa. Mas eu não sabia – aos meus olhos, ela beijou outra pessoa bem na minha frente depois de me dizer que não me queria mais. Foi como se alguém tivesse enfiado uma faca em meu coração e, embora isso não tenha me causado danos físicos, causou mentalmente. Ver ela beijar Oliver, depois de me dizer que não me queria mais.

Eu deveria ter percebido que algo estava acontecendo quando ela continuou chorando sem uma única emoção em seu rosto.

Eu deveria ter percebido quando ouvi Cedrico dizer que havia sangue em seus pulsos.

Porque olhar para a marca agora estava fazendo meu coração afundar cada vez mais.

— Tire sua mão. Tire sua mão de cima dela — a voz de Cedrico me tirou do meu transe, seu corpo se recostou no assento com os braços cruzados.

Eu bufei. — Não vou tirar.

Ele resmungou, afastando minha mão da dela. — Você não merece tocar nela. Tudo o que precisa fazer é explicar por que diabos ela estava chorando no corredor – de novo.

— Eu–

— Malfoy — ele me encarou. — Você precisa se recompor. Você fica com a Maddie, mente para ela e eu – eu entendo por que você mentiu para ela, eu entendo. Mas depois você a ignora completamente e, para mim, se você realmente a amasse, teria tentado obter respostas.

Meus olhos queriam rolar, queriam encará-lo com mais força do que nunca. Mas não o fiz porque sabia que ele estava certo. Eu deveria ter me esforçado mais – deveria ter visto muito mais do que vi só porque estava cego pela mágoa. Ninguém nunca havia brincado com meu coração antes, porque era sempre eu que fazia isso, mas Delilah era sempre a única que conseguia.

E eu odiava isso – odiava o quanto ela conseguia fazer meu coração cair.

Meus olhos se encheram de lágrimas, mas eu as empurrei para baixo antes que Cedrico pudesse ver alguma coisa. — Eu sei. — Foi a única coisa que eu disse, porque o que mais eu deveria dizer?

— Se você sabe, então conserte isso, porra — ele se levantou de seu assento, ainda olhando para mim. — Mas é melhor você contar a verdade a ela.

A verdade.

A verdade a mataria completamente. A verdade seria o fato de que, no início, eu me afastei intencionalmente dela, além do sexo, porque achava que era um monstro. Eu sou um monstro e, mesmo sabendo o que sou, ela ainda ficou ao meu lado.

Eu não a mereço – nem um pouco.

Minha mão deslizou para a dela novamente e deitei minha cabeça em sua cama. Esperar era um inferno – eu não dormia, não conseguia dormir. Então, eu estava apenas sentado aqui, e não me incomodei em me mover porque sabia que a culpa era minha. Era minha culpa o fato de ela estar aqui.

Mais 30 minutos se passaram e, no momento em que sua mão começou a se mover, eu me levantei. Seus olhos ainda não estavam abertos, mas ela tirou a mão da minha para esfregar os olhos, com um leve gemido saindo de seus lábios que alertou a Madame Pomfrey.

— Ah, que bom. Ela está acordada — ela se aproximou com uma garrafa na mão, no formato de uma gárgula. Ela despejou um pouco em um pequeno copo de vidro, o líquido roxo se agitou até ser levado à boca de Delilah enquanto ela se sentava. — Você vai precisar beber isso, querida.

Ela franziu o nariz ao fazer isso, e eu não pude evitar a admiração que sentia por ela. Ela era realmente linda, tudo nela fazia meu coração querer dar uma cambalhota. Fazia meu peito se contrair de felicidade.

— Tenho que perguntar — Madame Pomfrey tirou o copo da boca. — Há alguma amiga que eu possa chamar, uma garota, para te acompanhar até o dormitório e ajudar a se arrumar.

A maneira como ela balançou a cabeça levemente com olhos cansados fez meu coração afundar ainda mais. — Não, senhora. Ninguém.
Limpei minha garganta. — Pansy Parkinson. Você pode pegar a Pansy Parkinson.

A Madame Pomfrey se afastou e Delilah olhou para mim como se eu fosse alguém que ela nunca tivesse conhecido. Seus olhos não tinham aquele brilho quando ela olhava para mim, e ela não sorria de alegria.

E a culpa é minha.

Ela agarrou os lençóis, olhando para seu colo. — Por que você está aqui, Malfoy?

Ai. Ignorei a pontada em meu peito. — Porque devemos conversar, Delilah.

Seus olhos pareceram se suavizar com o primeiro nome que usei. — Eu não quero conversar. Você não entendeu? — Ela olhou para mim, com o lábio inferior trêmulo. — Tentei tanto lhe dizer que não fiz nada – mas você me ignorou. Por semanas, Draco. E Astória foi tão – tão má comigo e você deixou isso acontecer. Não quero conversar, você teve sua chance.

Antes que eu pudesse responder, passos se aproximaram e uma Pansy muito irritada entrou, de braços cruzados. — Se você acha

— Parkinson — eu me levantei, caminhando em direção a ela, e já sabia que ela queria bater na Delilah. Todo mundo queria. Porque eles conhecem meu lado – mas não conhecem o dela. — Vou explicar tudo em um minuto, só – por favor. Leve-a para o dormitório dela em segurança, sem comentários grosseiros, ela não merece isso.

— Não merece?! — Pansy gritou aos sussurros, e eu cobri sua boca, olhando para ela.

— Você acha mesmo que eu estaria aqui se ela tivesse feito isso? — Eu lhe perguntei, e ela balançou a cabeça. — Tudo o que você precisa saber é que ela foi coagida. Pansy, ela estava dizendo a verdade quando disse que não se lembrava.

Tirei minha mão de sua boca, o rosto de Pansy caiu quando ela olhou ao redor do meu corpo. Estava claro como o dia que Pansy queria ser amiga de Delilah. Eu sabia que, no dia em que Astória empurrou os braços de Delilah para fora de sua cabeça na sala de aula, Pansy queria se levantar e dar um tapa em Astória.

Para ser sincero, eu também queria.

Lentamente, Pansy começou a caminhar em direção a Delilah, com os olhos ainda arregalados, provavelmente pelo choque. Saí da ala hospitalar, deixando as duas sozinhas, enquanto voltava para o Grande Salão. A essa altura, já era hora do jantar e eu precisava falar com Blaise.É claro que, quando eu estava prestes a entrar, Astória decidiu me impedir, vindo em minha direção. — Onde você foi, Dray?

Minha cabeça dói por sua causa.

— Verificar a Delilah, Astória — eu a encarei, vendo seu rosto cair. — Sei que você adora cuspir mentiras, mas, pelo menos uma vez, por que não pode calar a boca? Eu não quero você. Nunca quis.

Eu não quero a Astória, porque amo a Delilah.

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| 𝕮𝖗𝖆𝖛𝖊 | 𝐃.𝐌. (𝟏𝟖+)Onde histórias criam vida. Descubra agora