𝕮 | Eles são vampiros, criaturas da noite que ocultam sua sede por sangue.
No último ano de Hogwarts, Delilah Hart tem apenas uma coisas que não a deixa em paz: o segredo sombrio que seus amigos a escodem. Delilah tenta manter seus sentimentos...
Pessoal, eu amo vocês, amo mesmo. Adoro quando vocês me mandam mensagens para saber como está minha saúde mental. Mas, por favor, por favor, não me digam simplesmente: "Coma, não é tão difícil assim, basta manter uma dieta". Realmente não é tão fácil assim comer. Não é.
Aviso de gatilho: autoagressão.
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– 𝖉𝖊𝖑𝖎𝖑𝖆𝖍 𝖍𝖆𝖗𝖙 –
— Você ainda mentiu para mim, Cedrico. Todo mundo mentiu — eu disse a ele com severidade, colocando outra maçã na boca e lançando um olhar fulminante. — Por que você não me contou?
Cedrico suspirou, sentando em seu assento no Grande Salão. — Digamos que há basicamente uma Lei dos vampiros... — Eu me afastei, sem ouvir a ele, observando as portas do grande salão se abrirem.
Meu coração se despedaçou.
Draco estava me ignorando há semanas. Durante as férias de Natal e durante o Ano Novo – nem sequer recebi uma carta de Feliz Natal. Eu estava muito confusa, ele não falava comigo quando eu tentava falar com ele. E eu não entendia o que tinha feito. Há quatro semanas, havia uma lacuna em minha memória em um dia. Acordei no meio da biblioteca e não me lembrava de nada, exceto de andar pelo corredor e falar com alguém.
Mas não conseguia me lembrar de quem.
E a notícia do desaparecimento de Oliver Wood estava em toda a escola. Mas eu não me importava com isso, só me importava com o fato de todos estarem me ignorando. Theodore, Pansy, Blaise. Até mesmo Maddie. Theodore e Draco pareciam ter feito as pazes e fiquei com o coração partido por não estar ao lado dele.
Então, fiquei apenas observando Draco entrar no Grande Salão, se abaixando e pegando a camisa para enxugar o suor na testa. Ele tinha acabado de voltar de um jogo de Quadribol com Theodore e Blaise, e nem uma vez sequer olhou para mim.
Em vez disso, quando ele se sentou, Astória Greengrass pegou o suéter dele e o vestiu.
Meus olhos lacrimejaram.
— Delilah? Você está me ouvindo? — A voz de Cedrico me tirou dos meus pensamentos e, antes que eu percebesse, sua mão estava agarrada ao meu ombro, me lançando um olhar fulminante enquanto olhava para o meu lábio. — Lilah, você está sangrando, porra.
Percebi que estava mordendo o lábio, e o sangue escorria pelo meu lábio. Acho que mordi com muita força para tentar parar de chorar. — Ela colocou o suéter dele – ela colocou o suéter dele... — Olhei para Cedrico com lágrimas nos olhos, e seus olhos se suavizaram. — Eu tenho que sair daqui.
Levantei do banco, limpando meu lábio na manga e andando um pouco mais rápido. A sensação das pessoas me encarando me deixava desconfortável, mas abri as portas e corri dali até a torre da Corvinal.