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Eu não sabia para onde estava indo, apenas seguia o que meu instinto me dizia. Era como se algo estivesse me guiando, mas eu não sabia o que. Quando me cansei, me escorei em uma árvore e sentei no chão, meus olhos estavam um pouco pesados. Senti um formigamento estranho na minha coxa, logo abaixo do bolso onde eu havia guardado o pingente, quando o segurei em minhas mãos, os desenhos se moviam mais rápido.
Analisei melhor o pingente e vi que os desenhos se assemelhavam a rostos, por instinto, segurei a correntinha e a coloquei em meu pescoço. Uma sensação reconfortante encheu meu corpo por um milissegundo. E então ouvi um barulho, algo se movia por entre as árvores, entrei em estado de alerta. Apesar de ser noite, eu enxergava bem, a falta de iluminação não me incomodava.
- Vamos garoto, se prepare - ouvi um sussurro por toda a minha volta, uma voz que não possuía um tom constante.
Me levantei assustado. Outro barulho nas árvores, dessa vez mais alto. Segurei o pingente com força, por algum motivo aquilo me confortou. Estava prestes a olhar o que estava escondido atrás das árvores, mas antes que eu pudesse me mover, algo saltou em minha direção, uma ave, me lembrava um gavião, que se jogou em minha direção, com as patas em direção ao meu rosto.
Gritei com o susto, e me defendi com meu antebraço a jogando longe, mas suas garras arranharam meu braço, o que fez gemer de dor.
- A tempos não encontro um filhote dos deuses, - uma voz fina e rouca disse da direção do gavião - terei um belo jantar essa noite.
Soltou um riso abafado. Pulei de susto quando olhei novamente para a ave. Aquilo definitivamente não era um gavião. Era uma figura humanoide, coberto por penas azuladas, a posição de seus braços e pernas lembravam as asas e patas de um pássaro, ambos com garras finas e pontiagudas, o rosto era de uma mulher, um rosto fino e magro, no lugar dos cabelos havia uma penugem branca. Se ficasse em pé, provavelmente teria pouco menos do que minha altura. Seu olhar era de fome, a criatura soltou uma espécie de rosnado, e começou a se levantar, logo voltando a vir em minha direção.
Meu cérebro me mandou sair correndo, mas algo dentro de mim pediu que eu ficasse e puxasse o pingente em meu pescoço, e assim eu fiz. Puxei-o com tanta força e rapidez que a corrente se arrebentou, dos pedaços dela que caíam no chão, saíam sussurros assustados. E nas minhas mãos eu não tinha mais um pingente, estava segurando o cabo de uma espada. De início estranhei o pesso e quase a derrubei, mas parecia que algo me dizia exatamente como me portar e como segurá-la, a lâmina devia rer no mínimo 40 centímetros, toda a arma era feita de um emtal gelada e negro, os mesmos desenhos estranhos do pingente estavam na lâmina.
Um grito a minha frente me chamou de volta a realidade, a criatura a minha frente começou a voar em círculo, o que me assustou mais ainda, não parecia ser leve o suficiente para voar, estava à uns 30 metros do chão, então ela gritou, lembrava um grito de águia, - ou qualquer coisa parecida, pássaros nunca foram o meu forte - e despencou de novo em minha direção.
- Direita, garoto - a voz estranha que parecia vir de todo o ambiente avisou, e assim o fiz.
Pulei para a direita e a criatura passou perto de chegar ao chão, mas antes de cair, levantou voo outra vez. Em menos de um segundo, a criatura já se jogava novamente em minha direção com as garras em direção ao meu rosto, sem pensar muito, golpeei com a espada e acertei uma de suas garras, a arrancando fora - eu não sabia como havia feito isso.
A criatura gritou alto e me atacou em um reflexo tão rápido que me deixou atordoado, acertou minha perna, que agora sangrava. Ela levantou voo e eu caí com o impacto de seu golpe. Tudo começou a rodar, mas logo uma pequena fenda se abriu no chão à minha frente, de dentro dela surgiu uma mão esquelética, que se apoiou na terra, e algo começou a emergir da terra. Um esqueleto completamente armadurado e armado com um tipo de lança com duas pontas, não tinha pele, somente ossos, a cabeça era uma caveira que estava virada para mim. Em questão de segundos, se virou ficando de costas para mim, e no exato momento em que a criatura voadora se jogou outra vez em minha direção, o esqueleto a fincou em sua lança a jogando longe, ela gritou. Os ossos que compunham seu corpo estalavam enquanto ele andava na direção dela, que quando decidiu revidar e atacá-lo, sofreu uma sequência de golpes do esqueleto.
A criatura gritava, e começava a sangrar, quando enfim explodiu em chamas, quando enfim explodiu em uma nuvem de poeira escura. O esqueleto andou em minha direção, seus ossos estalavam, até ele enfim parar em minha frente, as cavidades oculares focadas em minha, dentro delas podia ver uma sombra azulada, além disso, apenas uma sensação de... morte. Seus ossos estalavam quando ele se ajoelhou, com a lança em sobre a palma de suas mão, como um cavaleiro medieval fazia nos filmes, ele baixou a cabeça, e se dissipou, tornando se primeiro uma pilha de ossos, que foi engolida por um buraco que surgiu logo abaixo dele. O esqueleto não deixou vestígios e eu fiquei ali sentado no chão e com dor, sem saber o que fazer.
Tentei me levantar apoiando minha mão no chão, mas não tive forças pra isso. Olhei para meu corpo, meu braço sangrava, minha perna também, minha calça e blusa haviam rasgado. Tentei levantar outra vez, mas não consegui. Me escorei em uma árvore e fiquei ali, deitado. A árvore fazia uma pequena sombra sobre mim, o que era irrelevante, pois era madrugada, estava tão cansado que nem notei o fato de que meu corpo parecia fazer parte daquela sombra.

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E assim termina mais um pedacinho dessa história! Espero que você tenha se divertido tanto quanto eu. Mas não se preocupe, ainda tem muita coisa boa vindo por aí. Quer saber no que isso aqui vai dar? Então fique ligado nos próximos capítulos e não perca nenhum detalhe.

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Então é isso, pessoal. Muito obrigado pela sua atenção e até a próxima.
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