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— Wednesday Addams —

Eu e Enid nos separaramos e começamos a procurar por todos os bairros perto de casa. Liguei para algumas amigas de Marília e nenhuma delas sabiam onde minha filha estava.

— Enid eu não sei mais aonde procurar... Acha que ela tenha ido para longe? -perguntei após ela ter me ligado. Sinclair tinha ido para o outro lado da cidade praticamente. — Não acho que ela teria coragem de ir tão longe, volte para cá.

— Wed, ela é corajosa, vou ir na delegacia mais perto daqui.

— Me espere. Quero ir junto. -falei e desliguei a ligação. — Onde você se meteu, Marília... -pensei alto olhando para o céu. Eu precisava de uma pista.

Voltei para a casa de Enid pegando seu carro quando eu já estava perto do lugar onde ela estava meu celular começou a tocar. Era minha mãe.

Respirei fundo e coprimi o choro eu não poderia falar que Lila tinha desaparecido, não assim.

— Oi mãe. -atendi séria.

— Wednesday não precisa se preocupar, ela está aqui comigo. A Marília chegou aqui faz um tempo, mas já dormiu no seu antigo quarto.

— O que? A Marilia está aí? -parei o carro bruscamente. —Ai meu Deus, que bom! -falei começando a chorar. — Como ela está?

— Sim está, ela conversou comigo, Addams... Você magoou sua filha, ela não quer falar com você. Não agora, claro.

— M-mas eu pre-preciso buscar ela, e-ela precisa ir para casa. -falei entre soluços.

— E vai, amanhã. Deixe ela um pouco aqui só apareça aqui amanhã, se vir agora só irão brigar mais!

— Ok mãe, pelo menos posso dormir descansada... -suspirei aliviada. — Até amanhã, mãe.

— Até... E juízo, Wednesday! -desligou.

Fui ao encontro de Enid na delegacia por sorte ela estava sentada em um banco.

— Enid! Ela está segura! -corri até ela a abraçando.

— A Marília? Encontrou ela?

— Sim, ela foi para a casa da minha mãe.

— Graças a Deus, vamos lá busca-la.

— Não, ela precisa ficar lá pensando. Errei com ela, amanhã irei conversar com ela.

— Ok... Então, quer que eu te leve para casa? -assenti e caminhanmos de volta para o carro.

Ela me largou em casa e foi para a sua eu pensei que hoje não iria conseguir dormir sem saber onde Marília estava. Mas felizmente posso dormir sabendo que ela está segura e que amanhã conversaremos sem brigar.

No outro dia acordei cedo, tomei banho, comi algumas frutas de café da manhã e fiquei no meu quarto. Tentava achar as palavras certas para conversar com ela. Bom, para as nossas atitudes temos que ter argumentos, certo? Mesmo eles estando errados temos argumentos.

Estacionei na frente da casa da minha mãe e pensei várias vezes sobre sair dali e fingir que isso nunca aconteceu, mas eu não poderia fazer isso...

— Oi mãe. -sorri quando a mesma que abriu a porta.

— Oi Wed... Marília está se arrumando no quarto. Acho melhor ir até lá. -minha mãe estava com um semblante sério tenho certeza que depois eu ouviria um sermão.

Andei pela casa até chegar na porta do quarto bati algumas vezes e Lila respondeu com um "estou arrumando meu cabelo, vó". Abri a porta e a mesma virou seu rosto dando de cara comigo.

— Oi. - Marília falou me olhando pelo reflexo do espelho.

— Podemos conversar agora? -perguntei me sentando na cama olhando-a.

— Não sei o que tem a dizer, mas farei um esforço para ouvir. -deu de ombros ainda sem olhar para mim.

— Sinto muito ter feito isso com vocês. Eu sei que uma traição realmente não tem perdão, mas ainda irei conversar com a sua mãe. Não sei o que se passava pela minha cabeça naquele tempo, ou na verdade sei. Eu me sentia horrível, achava que não era o suficiente para ninguém tive uma recaída e então, preferi procurar segurança em outros braços...

— Minha mãe não era seu porto seguro? A família não é o nosso porto seguro? -se virou de frente para mim.

— Sua mãe i já me viu de tantos jeitos, acho que se me visse do jeito que eu me via. Ele me abandonaria. Foi isso que eu pensei naquele tempo. -comecei a limpar meu rosto para não chorar.

— Por que você tem a dificuldade de compartilhar suas coisas com alguém? Se tivesse falado ela teria apoiado você. -Lila falou com a voz embargada.

— Essa sou eu, Sweetsong. Mas vou tentar conversar mais com você... ok? -comecei a chorar, acho que agora estamos nos acertando.

— Ok. Só espero que isso termine agora. Não quero passar de novo, pelo o que você já passou.

— Como assim? -a questionei sem entender sua fala.

— A vovó me contou sobre já ter fugido de casa por causa dela e do vovô.

— Ah, Lila. Me desculpe. -me levantei e a abracei. — Pena que é tarde demais, eu perdi sua mãe. Ela está muito triste comigo.

— Não... Você não perdeu ela.

— Perdi sim, vi a mistura de dor e ódio em seus olhos quando contei para ela. Enid mudou comigo e dessa vez é para valer. -funguei meu nariz.

— Não mama, não é assim. Ela ainda é apaixonada por você, todo mundo vê isso. -Lila sorriu com lágrimas nos olhos.

— Acha mesmo? -ri fraco limpando seus olhos e mexendo em seus cabelos.

— Tenho certeza!

— Ok... -beijei sua testa.

Agora aparentemente estávamos de bem, ela entendeu o que eu queria dizer.

Saímos do quarto abraçadas, minha mãe quando viu aquela cena sorriu para nós duas e também veio nos abraçar. Essa sensação é tão boa, a única coisa que ainda me deixa triste é a conversa que não tive com Enid.

Preciso que ela me ouça, ela sempre disse que não importa o que eu faça ela sempre estará do meu lado. Uma pena essas palavras não valerem quando o meu erro foi com ela..

~ Gente eu nem já postar hj. Ando meio mal com ânsia de vomito, dores na barriga, toda hora tomando  água e indo no banheiro aff tirando q eu tô tão avoada q mds 😟 (esqueci meu cllr 2x no banheiro público)
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Insônia - Wednesday & EnidWhere stories live. Discover now