Após um misterioso pedido aos deuses, Aegon Targaryen é transportado no tempo e se vê numa versão da realidade que vivia. Lá, ele se envolve em um romance intenso e proibido com Jacaerys, desafiando as convenções sociais e políticas. Paralelamente...
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Aegon se sentia sufocado.
Ele sentia que a qualquer momento iria desmoronar, ele estava assim desde o momento que Aemond tinha arrasto ele de volta para a Fortaleza Vermelha, seu tolo irmão mais novo, sempre fazendo oque sua mãe e seu avô queriam, nunca pensando nele mesmo porque se pensasse já teria indo embora, afinal, Aemond tinha a porra do maior dragão de toda Westeros e ainda parecia ser o cachorrinho que sua mãe mandava e desmandava, mas Aegon não queria isso, ele não queria obedecer eles, ele não queria aquele trono, ele nunca quis na verdade.
— Você devia pelo menos parecer agradecido por está aqui vivo. — A voz de Alicent faz com que ele vire o rosto a encarando enquanto a carruagem se move. — Muita gente lutou para colocar você no seu lugar de direito, seu pai queria isso.
— Meu pai? Meu pai que só tinha olhos para Rhaenyra? Meu pai que me odiou desde de sempre? — Ele ergue uma sobrancelha. — Perdão, minha mãe, mas estamos falando do mesmo homem? Ou assim como minha irmã, você teve um caso fora do casamento?
— Olha como fala comigo, Aegon! Você pode até ser o rei, mas eu ainda sou a sua mãe!
— Mãe? Você não sabe ser mãe, você ao menos já me amou? — Alicent encara o filho como se ele fosse louco.
— Você é um imbecil.
E assim eles seguiram em silêncio, Aegon não precisava falar mais nada para saber que sua mãe nunca lhe amou, não apenas ele, mas todos os seus irmãos, eles eram apenas objetos para o propósito dela e de seu avô, para Otto, Aegon só serviria se estivesse sentado no trono, Aemond só serviria se fosse o fiel obediente, Helaena era melhor calada e distante de todos e Daeron... ele não via seu irmão desde que o mesmo tinha 5 anos, eles eram apenas os peões nesse jogo de xadrez deles.
Quando ele chegou ao fosso dos dragões sentiu que iria vomitar, todo o seu corpo estava doendo, seu rosto estava dolorido por causa do soco que Aemond tinha dado e sua barriga se revirava, ele queria ir embora, queria não subir naquele palco e receber aquela coroa, por que ele não merecia, não assim.
— Por favor, se existe alguém aí, pare com isso. — Ele sussurra em Valiriano olhando para o topo do fosso como se estivesse orando. — Eu não quero isso, não quero ser rei assim. Não é meu direito.
Sabendo que poderia não ser ouvido, Aegon respirou fundo seguindo o caminho que levava ele até onde o alto septão estava, por um momento ele quis acreditar que tinham ouvido ele, olhou para todos ali não acreditando que tinham vindo ver ele fazer aquilo, foi quando seu olhar parou numa mulher que tinha os cabelos fogo e os olhos laranjas, aquilo não era normal, um sorriso brincava nos lábios dela e ao lado dela tinha outra morena que o olhava com desdém.
— Ouvimos seu pedido, dragãozinho. — A voz ecoou em Valiriano mesmo que as bocas delas não se abrissem para falar. — Tem certeza do que está pedindo?
— Claro que ele tem certeza, ele sabe que morrerá no minuto que colocar aquela coroa. — Outra diz fazendo Aegon engolir em seco. — Cuidado com o que deseja, dragãozinho.
Ele desviou o olhar para saber se alguém mais tinha visto elas, mas todos só olhavam para ele, quando Aegon voltou a encarar onde elas estavam encontrou o local vazio, ele tinha ficado louco? Engolindo em seco ele encarou sua mãe no palco esperando por ele, pelo menos elas estavam certas, na hora que ele colocasse aquela coroa saberia que estava morto.
Usurpadores não vivem por muito tempo, não nesse mundo.
