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_Eles falaram tudo isso? -Minho perguntou surpreso

_Falaram -Bangchan concordou com a cabeça- Eles são bem espertos

_Deu pra perceber mesmo

_E então? Qual nosso próximo passo? -Hyunjin perguntou impaciente, girando uma faca na mão enquanto a outra estava na cintura de seu ômega

_Nenhum -Minho respondeu dando de ombros- Até eles nos incomodarem, isso pra mim não faz diferença. Nosso foco aqui é o problema da Corazón de fuego

Corazón de fuego é a primeira boate que a máfia construiu, sendo a mais visitada e mais bem requisitada em toda a cidade. O nome foi escolhido por Jeongin. O significado? Ninguém sabe. Diz o Yang que veio na cabeça dele e achou bonito

_Alguém pode me explicar o que aconteceu? -Bangchan perguntou. Ele havia chegado depois, então não estava ciente de tudo

_O carregamento de armas que deixamos lá foi roubado e as câmeras de segurança estão fora de funcionamento -Minho explicou- Ninguém tem autorização de entrar lá a não ser quem é parte da máfia. Então rapazes, deem seus palpites

_Ou tem alguém aqui que está nos traindo, ou pode ter rolado um nocaute -Hyunjin comentou pensativo

_Mais alguma sugestão? -Minho perguntou, mas ninguém respondeu- Certo então. Felix descubra o que aconteceu com as câmeras de segurança e tente restaurá-las. Quero que tente encontrar algo que possa ter servido de distração para um possível nocaute a quem estava de olho na porta

_Mas e se alguém realmente estiver nos traindo? -Hyunjin perguntou

_Nesse caso, Felix vai procurar algum movimento suspeito e identificar quem nos traiu -Parou de falar para beber um pouco de água- Se alguém realmente tiver nos traído, procurem essa pessoa em cada canto e tragam ela viva para mim

_Sim senhor -Todos responderam

_Felix, passo o comando pra você. Qualquer coisa que encontrar faça o que achar melhor -Se levantou- Eu vou atrás de quem me deve

_Mas o Bangchan não vai, ele pode ficar no comando... né? -Felix perguntou parecendo nervoso

Minho até entendia o lado de Felix. Ele o encontrou quando o ômega estava em seu pior momento. O Lee mais novo cresceu num lar onde os alfas eram quem ordenavam e os ômegas apenas obedeciam calados. Sua vida toda ele foi subjugado por ser um ômega macho, e entrar num mundo onde os ômegas são prioridade, ainda é algo novo para ele, mesmo que ele esteja a uns dois anos nisso

_Eu confio em você -Deu um sorriso reconfortante a Felix, que retribuiu com um sorriso nervoso- Qualquer coisa o Yunho ou o Yeosang te ajudam

Yunho e Yeosang são os ômegas mais confiantes que tem naquela máfia. A história deles não é muito diferente da de Felix, mas eles estão a mais tempo nesse mundo, e como ômegas são prioridade, eles fazem o que der na telha e ninguém opina, só protege

Se fossem contra ao que esses ômegas quisessem fazer, ou então só se olhassem pra eles com desdém, Jongho o alfa de Yeosang e Mingi o alfa de Yunho, fariam da vida daquela pessoa um pesadelo

Mas isso não se aplica apenas aos dois, se aplica a todos os ômegas. Eles podem fazer o que bem entendem, tudo dentro dos limites, e nenhum alfa ou beta reclama, só protege

_T-tudo bem então -Suas mãos tremiam levemente só de pensar que ele estava no comando de tudo

"Hyunjin está aqui, eu vou ficar bem". Era isso que Felix pensava. Hyunjin não era muito diferente de Jongho e Mingi quando o assunto era seu ômega, então com esse pensamento, Felix ajeitou a postura e deu um olhar confiante a Minho, que sorriu orgulhoso

_Me avise se algo acontecer -Pegou uma faca e escondeu dentro da manga de sua jaqueta

Saiu andando para fora daquela mansão com a certeza de que Felix daria conta. Não o resgatou atoa, sabia que ele tinha potencial. Enquanto dirigia a direção da casa de seu alvo, recebeu uma ligação de Jisung. Havia comprado um celular pra ele esses dias. Atendeu a ligação no primeiro toque e colocou o celular no ouvido

_Ji? Aconteceu algo?

_Minho um tal de Jonghyuk disse que quer te ver e que não ia sair da frente da casa até você falar com ele. Um segurança perguntando o que ele faz e eu não sei o que dizer

_Passa o celular pro segurança -Ouviu um silêncio do outro lado da linha por breves instantes, até escutar a voz de seu segurança

_Senhor Lee -Saudou

_Sem formalidades Soobin, sabe que não precisa disso. Você tem minha autorização pra atirar na cabeça desse verme se ele se recusar a sair. Aproveita e diz que se eu vê-lo mais uma vez, não vou excitar em matá-lo e dar os restos pros tigres comerem

_Certo

_Leve Jisung e Seungmin para passearem um pouco. Diga ao Han que deixei um cartão no meu criado mudo para eles usarem. Não os perca de vista ou você vai pagar com a sua vida

_Ok

_Devolve o celular pro Jisung -Mais um momentinho de silêncio e Minho percebeu que o celular já estava de volta com o dono- Meu amor não deixe o Soobin desesperado, ele é bom demais pra ser morto

_Do que falando? -Perguntou confuso

_Ele vai te explicar. Beijo, te amo, tchau -Não se deu conta do que falou até desligar. Deu de ombros e prestou atenção no trânsito. Mais uns quinze minutos e ele chegou. Estacionou o carro na frente da casa e saiu. Bateu na porta e olhou as horas no relógio enquanto esperava. Sorriu de canto ao ver a cara surpresa do alfa- Surpreso com a minha visita?

_S-senhor Lee -Gaguejou totalmente nervoso

_Vamos ser rápidos? Tenho mais o que fazer -Empurrou o alfa para dentro e trancou a porta depois de entrar- Você me deve mais do que pode contar e eu sei que tem todo o dinheiro. Te dei um prazo pra me pagar, mas você apenas ignorou. Não vou ser mais generoso com você. Minha paciência se esgotou. E sabe o que eu faço com pessoas como você?

_N-não -Respondeu um pouco nervoso. A presença do Lee era intimidade

_Eu mato -Sussurrou no ouvido do alfa que tremeu de medo- E assim que eu te matar vou pegar todo o dinheiro

_Não é só mais fácil pegar todo o dinheiro? -Perguntou receoso. Minho riu soprado rente ao rosto do alfa, que tremeu novamente

_É sim, bem mais fácil, mas não seria divertido

Com um movimento só em seu braço direito, uma faca apareceu em sua mão e Minho a cravou na barriga do alfa, no ponto exato para prolongar a dor por horas. Pisou em cima do homem jogado no chão, indo para o segundo andar da casa, abriu o cofre com um tiro no cadeado e pegou todo o dinheiro que havia ali. Depois desceu novamente e saiu pela porta da frente, agindo como se aquele homem nunca existisse e a causa dele estar morrendo não fosse sua culpa

Os mafiosos e os infantilistas Where stories live. Discover now