Aceita uma bebida? | jikook

33- O inicio da guerra

-Ah Jimin, primeiro que para você viver esse conto, teria que ser o príncipe que dança com a garota e nem de meninas você gosta.

-Seriam dois príncipes!

-Você viu na escola! Nessa época era feio meninos juntos. Você só tá sonhando. - Diz se levantando enquanto bufava. O amigo era bobinho. - Eu vou ver um filme.

Park ficou ali sozinho, sonhando com seu príncipe encantado que nem ao menos existia. Abre o livro novamente, lendo as iniciais que tanto gostava.

"Para ter seu principe, mentalize o que você iria querer nele e depois diga aos céus seus desejos e espere que ele irá aparecer."

Fecha os olhos com força desejando uma última vez.

-Quero ele tenha cabelos e olhos escuros como a noite. Um sorriso fofo e que use vestes escuras. É tão bonito. - Diz sorrindo como se declarasse um poema. - Que ele cuide de mim, e que me ame e proteja como se não precisasse de mais ninguém... E, que dance comigo, por favor céu!

Seus tempos de terror começaram poucos anos depois. Perdeu completamente as esperanças de que seus sonhos se tornassem reais e consequentemente, esquecesse para trás seu livro favorito.

As memórias pareciam ter voltado em cheio quando depois de alguns dias, decidiu junto ao noivo, adotar as crianças. Todo seu tempo foi focado em comprar uma casa grande e decorá-la do estilo mais alegre possível.

Sua felicidade estava resumida em ver Jungkook chegando com os pequenos,  pronto para lhes apresentarem seu novo lar. Um palácio segundo eles.

E sua mente só parecia ter se dado conta de que o clichê que tanto sonhou, agora era real, quando a menina tirou de sua bolsa um livro.

-Dona Shin gostava de ler esse livro para mim, pode ler papai? - Pergunta deitada em sua cama fofinha, em meio ao quarto decorado com heróis fictícios e desenhos de flores. As coisas que mais amava.

Fez questão de que todos pintassem parte por parte juntos. O banho em seguida foi necessário, estavam cobertos de tinta.

Jungkook esperava o marido do lado de fora do quarto, encostado na parede cor salmão. Escutava a conversa com um sorriso no rosto.

Jimin segurava o livro com cuidado. O mesmo que lia quando era mais novo. Se surpreendeu ao perceber que a filha era completamente apaixonada pelo mesmo conto que si.

"O príncipe apaixonado."

Abre em uma das últimas páginas, relembrando uma das partes que gostava e ajudaria a menina a pegar no sono.

"O coração da princesa, cujo as feridas se cicatrizaram, agora pertenciam ao seu rei, enquanto sentia o anel de compromisso ser colocado em si.

O coração do príncipe, cujo os traumas conseguiu superar, agora pertencia a sua rainha, enquanto colocava o anel de compromisso nos dedos finos da mulher mais bonita que uma noite estrelada, mesmo que os cabelos parecessem raios de sol.

Eram um do outro. Prometeram ali mesmo, se amarem, se protegerem, cuidarem um do outro. Chorarem juntos, sorrirem juntos, terem sua família unida. Confiarem completamente até que a morte os separassem.

O amor mais puro, antes que fosse dada mais uma dança, da qual também não se esqueceriam."

Fecha o livro olhando para a filha que mantinha um grande sorriso no rosto.

-A princesa e o príncipe me lembram você e o papai.

-Sério? - Pergunta um tanto surpreso.

-Sim! Você parece ser forte como ela e se o papai passou pela mesma coisa que eu e superou, talvez eu também consiga... Não é?