Dreams And Other Deceptions

Capítulo 28: Passado: O Prêmio, O Veneno

Harry se deslocou contra a almofada, sua mão esfregando círculos nervosos no ponto macio entre o polegar e o dedo indicador, claramente ansioso para falar sobre o assunto.

"Conversamos sobre Draco e Snape e o que aconteceu depois da festa de Slughorn. Ele nem piscou no noticiário. Ele não ficou nada surpreso com isso. Nem mesmo quando mencionei o voto inquebrável", disse ele, com as sobrancelhas enrugando enquanto procurava uma resposta no tapete sob seus pés.

"Se ele não está preocupado com isso, Harry, então talvez você também não deva estar. Afinal, Dumbledore faria algo se isso significasse algo importante. Talvez você tenha ouvido mal - estávamos bebendo naquela noite de qualquer maneira."

Ela esperava que a mentira ficasse, manchando a memória dele que ela sabia que era verdade.

"Eu sei o que ouvi, Hermione. Eu não entendo como isso não poderia significar nada. Deve ser." A frustração obscurecia seu tom.

Com um aperto de mão dele, ela ficou de boa noite e "vamos conversar novamente no café da manhã", antes de sair da sala comum, indo para um banho antes de desaparecer durante a noite.

Na verdade, não havia mais nada a dizer sobre o assunto. Ela não sabia nenhuma das respostas de qualquer maneira.

Muito depois que ambos os meninos se dirigiram para o treino de Quadribol, Hermione escapou do buraco do retrato e foi para a Sala de Exigências.

Ela passou a primeira parte da noite sentada de pernas cruzadas com Draco no sofá transfigurado, lendo um livro sobre magia incomum ao longo dos tempos e vendo-o colocar uma maçã entre as mãos, curvado sobre um livro próprio. Ela havia passado o grande volume atualmente sob seus dedos como parte de seu novo e extremamente vago projeto de pesquisa que Harry a encarretou extra-oficialmente antes de chegar até aqui.

Os bibliotecários e outros alunos não a pouparam de um segundo olhar enquanto ela flertava com a borda da seção restrita. Ser a melhor amiga da pessoa escolhida tinha vantagens às vezes, ela supunha. Ninguém se atreveu a assumir que ela estaria fazendo algo que não seria usado para ajudar Harry ou a Ordem de alguma forma - as informações na seção Restrito não estavam restritas a ela como resultado.

Ocasionalmente, Draco lia algo e saía da cama com a maçã e o texto apenas para retornar alguns momentos depois, maçã ainda na mão e um carranca frustrado em seu rosto. Os dois trabalharam silenciosamente em seus respectivos projetos, sem divulgar nenhum detalhe.

Isso fazia parte do acordo deles. Ambos queriam estar juntos em seu pequeno consolo seguro que fizeram da Sala de Coisas Ocultas, no entanto, Draco recusou a ajuda ou a observação de Hermione enquanto trabalhava no armário estranho. E, embora ela tenha falado sério quando ofereceu sua assistência, ela entendeu por que seu envolvimento só complicaria mais as coisas e deixaria o problema ir quase que imediatamente.

Ocasionalmente, ela ouvia o encantamento desconhecido no eco da sala enquanto ele murmurava suavemente, mas mais frequentemente, ela ouvia suspiros exacerbados e o bater da porta de madeira, sinalizando sua contínua falta de progresso.

Ela não conseguia decidir se se sentia aliviada ou dolorida com cada um de seus fracassos. Ela queria sucesso para ele, mas saber que ele estava se enfraqueando em algo escuro a deixou grata por, por enquanto, seu progresso parecer estagnado.

Ela tentou o seu melhor para ignorá-lo cada vez que ele voltava, fingindo ler enquanto ele relia as mesmas páginas repetidamente até desistir da noite, comendo a maçã verde amargamente.

"O que você está lendo, Granger?" Ele perguntou depois de sua última mordida, irritação e frustração pesadas em sua voz, embora ela soubesse que não era direcionado a ela. Ela era a distração dele dos problemas e frustrações.