Capitulo 1

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  Oi! Meu nome é Margot e essa é a história de amor da minha vida, se você não gosta de romance sugiro procurar outra coisa para ler.

Eu moro com meu pai e minha tia no Rio de Janeiro, você deve estar se perguntando onde esta a minha mãe não é mesmo? e a resposta é..... eu não sei! Minha mãe foi embora quando eu tinha cinco anos, desde então nunca mais ouvi falar dela.

Mais mudando de assunto, vamos pro que realmente interessa? Ótimo!

01/JUN/2021

  Tudo começou no primeiro dia de junho bem no meu aniversário de dezoito anos, eu tinha sido aceita na escola de belas-artes UFRJ que sempre sonhei em estudar.

  — Boa tarde, eu vim pegar o material para as aulas de artes.

  — Qual seu nome por favor?

  — Margot Moraes.

  — Hum!?, não estou encontrando seu nome na lista de alunos do professor Cássio.

  — Sério? Você pode ver de novo? Eu fiz minha inscrição online.

  — Sinto muito, estamos com problemas no sistema.

 — E agora? Não posso participar das aulas sem o material.

  Para minha sorte o destino queria que eu conhecesse uma pessoa nova, e te agradeço por isso destino.

  — Licença? Eu ouvi que esta sem o material pras aulas de artes?

  — Sim, infelizmente, eu fiz minha inscrição pelo site e agora estão sem sistema.

  — As aulas começam só semana que vem, provavelmente na parte da tarde o sistema já vai ter voltado e você pode pegar o seu material.

  — Sério? Ai que maravilha já estava ficando preocupada.

  — Prazer, Celina.

  — Margot, você também é aluna do professor Cássio?

  — Na verdade, não, eu faço aula de dança com a professora Simone.

  Enquanto conversávamos, alguém apareceu por trás dela e colocou a mão no seu ombro fazendo com que ela voltasse sua atenção para ele, e como o destino é cheio de surpresas boas, ele era muito gato, tinha cabelo cacheado não muito longo, olhos castanhos claros, e uma boca que não da nem para descrever, e a pele então? Morena nem tão clara e nem tao escura, ele estava com uma blusa regata que deixava a mostra os braços musculosos que brilhavam sob o sol, de repente senti um calor percorrer meu corpo.

  — Ai, cê não disse que ia ser rápido?

  — Uau a educação passou longe né Nego. Margot, esse é meu irmão mais velho Nico.

  — Oi! Nico.

  Ele me olhou de cima a baixo, como se estivesse me analisando, fiquei bem desconfortável no momento, além de ser um pouco rude encarar alguém assim certo? E sabem oque eu recebi por ser educada? Nem se quer um oi de volta, ele só se virou e foi embora.

  Enfim! Me despedi da Celina rapidamente enquanto aquele bruto saia arrastando ela pelo braço para fora da escola, só vi quando ele entregou um capacete para ela, subiram na moto e fomos cada um pro seu canto.

  — Tia? Cheguei! Ta em casa?

  — Oi! To aqui na cozinha!

  Entrei e fui até ela já olhando em volta procurando meu pai, para minha decepção ele não estava.

  — Meu pai ainda não chegou?
 
  — Ainda não, ele ligou e disse que estava cheio de trabalho e talvez chegava atrasado pro jantar.

  — Pensei que ele viria para casa mais cedo já que hoje é meu aniversário.
 
  — Ownn minha flor, sinto muito..... eu estou fazendo seu prato favorito quer provar?
 
  — Obrigada Tia, mas acho que vou tomar um banho primeiro.

  Eu e meu pai sempre foi muito próximo, ainda mais depois que minha mãe foi embora, mais o trabalho às vezes tira alguns momentos nossos juntos.
 
  Deixei a água correr pelo meu corpo tirando todos os sentimentos tristes, me sequei, me troquei e voltei para a cozinha pro jantar.

  — SURPRESA.

  Levei um baita susto com o grito, mas depois percebi que meu pai estava segurando um bolo de aniversário, talvez fosse por esse motivo o atraso.

  Abracei ele com toda a minha força, e deixei algumas lagrimas cair, mesmo cansado do trabalho ele teve tempo de buscar um bolo para mim.

  — Feliz aniversário minha pequena, dezoito anos já.

  — Obrigado pai, mas não precisava disso.
 
  — Claro que precisava, não é todo dia que se faz dezoito anos, já é uma mulher.

  Sorri e abracei ele e minha tia, agradeci aos dois pelos presentes e por sempre estarem comigo e me amarem.
 
  Depois do jantar ajudei minha tia com a louça, assistimos um filme comendo pipoca, rimos e nos divertimos até o sono tomar conta.

  Enquanto me trocava para dormir, me lembrei da minha mãe e como às vezes ela fazia falta em momentos assim como meu aniversário, mas logo em seguida o pensamento de que ela foi capaz de ir embora e me abandonar tomou conta e a raiva que eu sentia dela apareceu.
 
  — Você perdeu a chance de ver eu me tornar uma mulher mamãe.
 
  Mesmo que aquelas palavras ditas em quarto, sozinha, tenham me magoado, também me deram um certo alívio.

Ingrideduarda232

#Afilhadopolicial

A filha do PolicialWhere stories live. Discover now