CAPÍTULO UM.

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CAPÍTULO UM.


A família do conde James, tinha grande poder sobre a Inglaterra, com o terceiro título em ordem de importância, assessorava a rainha em diversos assuntos. No recebimento de impostos a combates militares. Também administravam os condados, áreas menores.

A família da condessa Jenny, que recebeu o título de condessa depois de se casar, também era de grande influência, mas não carrega um título. Com suas vinícolas de cidra espalhadas por várias partes do país, Charles Williams se tornou também um renomado banqueiro. Unindo as duas famílias, se tornaram os mais poderosos da pequena cidade do interior, na Inglaterra.

E com isso, veio o legado da família, em manter os negócios entre eles, para assim, manter a descrição da riqueza e realizações de negócios apenas em família.

E por Jenny não conseguir dar herdeiros para a família Spencer, tudo piorava ainda mais a cada ano que se passava.

Tanto os pais da Jenny, quanto os pais do James já eram de idade, e os dois, eram filhos únicos, para seguir o legado eles precisavam ter herdeiros. Apenas o conde Edmund tinha uma irmã adotiva, mais nova, mas morava fora da Inglaterra e não era tão próxima a ele.

Apesar da pressão que mantinha sobre a condessa Jenny, ela finalmente engravidou. Depois de dez anos de casados, finalmente seu sonho se tornaria realidade e teria a família que sempre sonhou.

Tudo era motivo para festa na família. O baile que fizeram para celebrar, foi digno da rainha da Inglaterra, afinal de contas, a família Spencer era uma família muito poderosa com negócios internacionais multimilionários.

Tudo parecia finalmente estar entrando nos eixos. Jenny teria a família que sempre sonhou ao seu lado, um marido maravilhoso, que sempre amou e um filho, ou filha,  que sempre foi seu sonho, de poder ser mãe. Não existia mais nada que ela pudesse desejar, agora, ela tinha tudo!

Só que a vida nem sempre é tão boa e às vezes é dolorosa, até demais! Em uma viagem que James precisou fazer a negócios fora da Inglaterra, pegou uma grave doença e mesmo com tanto poder e riqueza, sua vida foi levada e Jenny ficou desolada.

Poucos meses para dar à luz, precisou enterrar o marido, o único homem que amou em toda sua vida, já não existia mais um casal, era apenas ela, sozinha!

Não podia contar com seus pais, muito menos com seus sogros. Ela se afastou de todos, não queria a ajuda de ninguém, por nunca terem lhe apoiado e estarem sempre lhe julgando, por não ser capaz de engravidar e agora, que finalmente ela recebeu a bênção que sempre desejou, não os traria para sua vida novamente.

Aos trinta e um anos, ela precisou cuidar sozinha de tudo. Jenny ficou viúva e prestes a dar a luz ao novo herdeiro da família Spencer, mas ainda assim, se manteve firme, por James e também pelo filho deles que estava prestes a vir ao mundo. Faltava menos de um mês.

Só que a surpresa veio no dia do nascimento. Não era apenas um bebê, mas sim dois, gêmeos idênticos!

Jenny não esperava por nada assim, mas alegrou muito seu coração, em ter dois bebês. Foi o que a manteve forte depois que perdeu seu marido. Mais uma vez, ela tinha motivos para sorrir. A alegria de sua vida, eram os pequenos Henry e Andrew.

E a cada dia que passava, Jenny se sentia viva novamente. Aquela tristeza, pela morte do seu marido ainda existia em seu coração e ela sabia que levaria para a vida toda, mas com o crescimentos dos gêmeos, Jenny podia ver a semelhança deles com o pai e se alegrava por James ter deixado um pedacinho dele para ela, antes de partir.

Os olhos verdes, os cabelos cor de mel. Até mesmo os rostos eram parecidos. Podia ver o sorriso do James em seus filhos e Jenny sabia que tinha duas fotocópias de James em casa.

Os irmãos Spencer foram crescendo e a semelhança cada dia maior. Era quase impossível separá-los. Os criados que trabalhavam na casa muito antes deles nascerem, não conseguiam distingui-los. Mas Jenny sim! Mãe é mãe e conhece os filhos! A semelhança era às vezes assustadora para as pessoas de fora, mas Jenny conseguia identificar cada um deles.

Sem camisa o único que tinha uma marca era o Andrew, que caiu do cavalo com oito anos e cortou a barriga, mas sem isso, era impossível separá-los.

Ao conviver com eles, era mais fácil apartá-los. Henry era mais calmo e sorridente, já Andrew, estava sempre de mal humor e brigando por qualquer coisa.

— Esse brinquedo é meu! — Andrew gritou com seu irmão, por causa de um cavalinho de madeira que Henry estava brincando.

— Eu peguei primeiro. — Henry falou, dando de ombros e continuou brincando, sentado no grande tapete da sala.

— Ele é meu. — Andrew retrucou, olhando tão furiosamente para o seu irmão.

— Parem com isso, meninos. — Jenny os repreendeu. — Vocês já tem dez anos e são bem grandinhos para entenderem e até mesmo dividir os brinquedos. Vocês não podem brigar por algo que é único. Devem dividir e não brigar por quem vai brincar primeiro. — Jenny falou, repreendendo agora, seu filho Andrew. — Aprendam a dividir!

— Mas, ele pegou meu brinquedo. — Andrew falou, ainda bravo, vendo seu irmão brincar com o cavalinho de madeira.

— Esse brinquedo não é seu! — Henry falou, olhando para o irmão. — Esse brinquedo é nosso! Você ouviu a mamãe. Não devemos brigar por algo, precisamos aprender a dividir. — Disse ele, entregando o brinquedo para seu irmão. — Eu já brinquei um pouco com ele, agora é sua vez.

Jenny olhava para eles orgulhosa, em ver, que eles se acertavam, apesar de alguns momentos se estranharem. Ela sempre os criou da melhor maneira possível, mesmo os criando sozinha, mas não queria que eles crescessem mimados e tentava ensinar a eles desde pequenos que não precisavam brigar ou querer algo igual ao do irmão. Eles podiam aprender a dividir e assim, ficarem felizes da mesma maneira.
E esse ensinamento, eles levaram para a vida…


A ESCOLHIDA:irmãos Spencer!Where stories live. Discover now