Dreams And Other Deceptions

Capítulo 12: Passado: A Indiferença, O Interrogatório

Ela não sabia o que fazer com aquela garota, exceto olhar para ela e sua incapacidade de ter uma espinha dorsal quando ele tanto olhou para ela com fogo nos olhos.

Ela nunca, afinal, deixou ninguém ditar suas emoções como ela permitiu. Nem foi uma rendição voluntária, foi algo totalmente diferente. Como se ela não pudesse deixar de ser atraída por ele como uma mariposa por uma chama.

Eles eram duas extremidades opostas de um ímã batendo juntos e se arrancando um do outro novamente, nunca esquecendo o puxão que os uniu em primeiro lugar.

O resto da classe passou em um borrão sem cerveja de poção real para mantê-la ocupada. Ela se desculpou rapidamente na conclusão da palestra de Slughorn, saindo da sala de aula antes que Harry ou Ron pudessem ficar de pé. Ela foi direto para o banheiro da garota e se permitiu cinco minutos para chorar pelo cruel garoto loiro.

Depois que seu tempo auto-alocado passou, Hermione enfiou sua dor e sentimentos feridos no fundo de sua mente, encaixotando-os para que ela não pudesse mais sentir a picada.

Ela passou o resto do dia planejando seu retorno ao corredor e se castigando por ser tão facilmente manipulada por suas mudanças de humor e ações.

Ainda havia muito a fazer para permitir a fraqueza que obscurecia seu julgamento.

...

Ginny deu a ela o mapa roubado assim que eles voltaram para o dormitório, então Hermione rapidamente o encorou profundamente em sua bolsa encantada.

Harry havia perdido a cabeça como esperado, tanto pelo momento do seu desaparecimento quanto simplesmente pela perda de algo tão importante para ele. Hermione se sentiu incrivelmente culpada, quase a ponto de devolvê-lo a ele dizendo que o havia encontrado em algum lugar.

Mas, as apostas eram muito altas para desistir ainda.

Ela não terminou com Malfoy, e ter Harry vendo seus passos circulando um ao outro no corredor solitário só a implicaria em quaisquer que fossem os esquemas de Draco.

Ela devolveria. Ela faria.

Apenas quando a hora era certa e as coisas estavam mais resolvidas.

Ela procurou a figura rotulada Draco Malfoy no mapa. Encontrando-o ainda em seu dormitório, Hermione parte para o castelo durante a familiar calmaria noturna entre o final das aulas e o início do jantar.

Os corredores não estavam silenciosos ou vazios enquanto ela passava por rostos familiares a caminho da escadaria sul, mas felizmente ninguém se importou em perguntar sobre o destino pretendido.

Depois de confirmar que ela o havia espancado, Hermione decidiu montar um acampamento e se esconder em uma esquina de um salão que corria paralelo ao que levava à Sala de Exigências. Ela não queria que ele a avisasse e desaparecesse antes de registrar sua abordagem.

Dessa forma, ela poderia surpreendê-lo e levá-lo cativo desta vez - de uma maneira muito mais literal do que ele.

Hermione pretendia forçá-lo a explicar o que ele quis dizer quando lhe disse para não ir a Hogsmeade ontem, juntamente com mil outras perguntas se ela pudesse lidar com isso.

O mapa estava aberto em seu colo e seu livro sobre a primeira guerra de feiticeiros foi posicionado em suas mãos quando Hermione se instalou para esperar. Determinada, ela começou a estudar para maximizar seu tempo enquanto esperava que a Sonserina aparecesse.

Ela estava em seu poleiro há cerca de uma hora e meia quando viu sua figura animada no mapa aparecer no sétimo andar, andando pelo corredor paralelo a ela.