"Irmão"

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[Quebra de tempo]
[🌄De manhã🌄]

*Eu tive aquele pesadelo de novo e acordei soando frio e ofegando. Algumas lágrimas decidiram cair enquanto aquelas imagens se repetiam na minha cabeça.
Enxuguei as lágrimas e me levantei da cama. Dobrei os lençóis e os guardei no guarda-roupas.
Como era sábado, nem me preocupei em me trocar logo. Saí do meu quarto e fui até a cozinha tomar café, onde minha mãe estava pondo o café na mesa. Lá tinham dois pratos com panquecas com calda e manteiga e um copo de suco de laranja ao lado. Minha mãe percebeu que eu estava lá*

Violeta: Bom dia, querido! O café tá na mesa.

Tronco: Bom dia, mãe.

*Nos sentamos à mesa e começamos a comer. Foi então que eu senti algo quente escorrendo em minha virilha . Olhei para baixo e percebi que eu não tinha tirado a fralda. Senti minhas bochechas fervendo e rapidamente me levantei*

Tronco: Ai que droga!

Violeta: O que que ouve?

Tronco: Eu esqueci de tirar a fralda de manhã e ela vazou!

Violeta: Vai se trocar e tomar um banho.

Tronco: Já volto!

*Saí da cozinha e fui ao meu quarto. Entrem no banheiro e tomei um banho. Me vesti e voltei para a cozinha terminar de comer.
Terminei após alguns minutos e coloquei o meu prato na pia*

Tronco: Tava uma delícia, mãe!

*Minha mãe foi até a pia e começou a lavar a louça*

Violeta: Obrigada, querido. Aliás, você pode me fazer um favor?

Tronco: Claro, mãe!

Violeta: Você pode procurar aquela torradeira quebrada no sótão? Eu vou tentar concertar ela. Quer dizer, isso se eu já não tiver jogado ela fora e não me lembro.

Tronco: Posso sim, um instante.

*Eu saí da cozinha e fui até o corredor onde ficava a passagem para o porão. Segurei a corda da entrada e puxei, fazendo a escada cair.
Subi a escada e cheguei no sótão. Comecei a procurar a torradeira entre as caixas, o que não era muito difícil já que estava tudo muito bem organizado pela minha mãe. Eu fiquei fuçando por um tempo, mas nada de encontrar aquela bendita torradeira.
Eu abri mais uma caixa, mas ao envés de achar a torradeira, eu encontrei o Garry, o urso de pelúcia que o meu pai tinha feito pra mim antes de morrer. Peguei o urso e, em um movimento quase instintivo o abracei.
Nesse momento eu senti conforto, carinho e aconchego. Era quase como se o meu pai estivesse me abraçando.
Fiquei um bastante tempo abraçando aquele urso velho e empoeirado, até que ouvi a campainha e um grito da minha mãe*

Violeta: TRONCO! VAI ATENDER A PORTA!

Tronco: JÁ VOU!

*Desci do sótão ainda segurando o urso e passei pela cozinha, por onde eu tinha que passar para atender a porta*

Violeta: Você achou a torradeira?

Tronco: Não, só o Garry.

Violeta: Mais tarde eu procuro. Agora vai lá ver a porta.

Trolls - Minha curaWhere stories live. Discover now